Ação da PF combate fraudes durante fiscalização do Inmetro em postos de combustíveis de Goiás

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Operação Pesos e Medidas apura recebimento de propina por parte de fiscais do órgão; são cumpridos mandados em Goiânia, Anápolis e Brasília.

A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (17), uma operação para combater crimes de corrupção dentro do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Goiás. De acordo com a corporação, fiscais do órgão são suspeitos de receber propina durante a fiscalização em postos de combustíveis no estado.

G1 entrou em contato, por email e telefone às 7h50 desta terça-feira, com o Inmetro e com a assessoria de imprensa do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), e aguarda um posicionamento dos mesmos sobre o caso.

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Polícia Federal faz operação contra fraudes em postos de combustíveis Click na foto e assista a reportagem

 

A Polícia Federal

A operação, denominada “Pesos e Medidas”, foi deflagrada nesta manhã, e cumpre 10 mandados de prisão em GoiâniaAnápolis e Brasília. Do total, sete são de prisão preventiva e três são de prisão temporária. Segundo apurou a TV Anhanguera, cinco pessoas já haviam sido presas até as 8h desta terça-feira.

Segundo a PF, os investigados deveriam fazer testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível dos postos para evitar prejuízos aos consumidores. No entanto, a partir da investigação, constatou-se que, além de receber propina para fazer vistas grossas na fiscalização, os servidores realizavam inspeções em alguns estabelecimentos, a mando de donos de postos, para dificultar a concorrência.

Conforme a corporação, os investigados devem ser indiciados pelos crimes de corrupção passiva, ativa e alinhamento de preços, com penas que pode chegar a 12 anos de prisão.

Credito: Murillo Velasco, G1 GO – disponível na internet 17/10/2017

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (17) a Operação Pesos e Medidas, que visa desarticular uma associação criminosa que vinha atuando em desfavor do Inmetro em Goiás, voltada para o cometimento de crimes de corrupção.

De acordo com a PF, a investigação começou em 2015, em Anápolis, após a constatação do recebimento de propina por fiscais do Inmetro durante a fiscalização em postos de combustíveis no Estado, na ocasião em que os investigados deveriam realizar testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível dos postos para evitar lesão aos consumidores. Os valores das proprinas chegavam até R$ 6 mil, dependendo da situação do posto, não havia um tabelamento.

Os investigados, além de receberem propina dos proprietários de postos de combustível, também realizavam fiscalização a mando de outros proprietários de postos, para dificultar a ação da concorrência. Conforme depoimento dos donos de postos, os primeiros relatos de cobrança por parte dos fiscais foram em 2010. Dois fiscais chegaram a ser presos em flagrante em 2016, no entanto, não foram demitidos e foi necessário um trabalho minuscioso para que a Polícia tivesse provas concretas e efetivasse a prisão deles.

Segundo a PF, os fiscais iam aos postos, detectavam as irregularidades, quando não existiam, eram inventadas, o que viabilizava a cobrança ao propritário do estabelecimento. De acordo com a apuração, eram os fiscais que permitiam as fraudes e ainda ofereciam os lacres do Inmetro.

Estão sendo cumpridos dez mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal de Goiás, sendo sete mandados de prisão preventiva (fiscais) e três mandados de prisão temporária (empresários), nas cidades de Luziânia, Anápolis e Goiânia (GO).

Os investigados foram indiciados e devem responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e alinhamento de preços, com penas que podem chegar a doze anos de prisão.

Eles serão encaminhados à Superintendência da Polícia Federal em Goiás e após os procedimentos serão levados para o sistema penitenciário onde permanecerão Pa disposição da Justiça Federal.

Crédito: Redação do Diário de Goiás – disponível na internet 17/10/2017

1 Comentário

  1. Sou aposentado do INMETRO, fico triste por ver o ÓRGÃO que ajudei a fundar com seu nome e prestígio jogado na lama por 10 funcionários, espero que os mesmos paguem bem alto por não respeitar tudo que nós fundadores fizemos para levar o nome e prestígio que conseguimos com muito trabalho e suor em um tempo que a ditadura dificultava o nosso trabalho, os servidores deixavam suas famílias por longo tempo para implantar todas as inovações tecnológicas e apoio nas dificuldades apresentadas pelos ÓRGÃO DELEGADOS EM TODO TERRITORIO NACIONAL.

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