Politica & Lava Jato por Lauro Jardim

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Reforma trabalhista vai regulamentar o trabalho intermitente

Um dos pontos da reforma trabalhista que o Planalto quer votar até o fim do ano no Congresso é a regulamentação do chamado trabalho intermitente, para que o trabalhador seja pago pelo que trabalha ao longo dia, em casa ou ao celular, da rua, por exemplo.

MP propôs oito processos contra JHSF

A JHSF tem mais problemas do que sugerem a busca e apreensão feita na semana passada em sua sede e a condução coercitiva do seu presidente, José Auriemo Neto (foto), no âmbito na Operação Acrônimo. Há oito processos propostos pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo que tem a JHSF como ré. Todas essas ações estão subindo para Brasília. Doações para campanhas do PT estão no alvo.

Delação vai complicar a vida de Blairo Maggi

O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Geraldo Riva (à esquerda), que responde a quase uma centena e meia de processos por corrupção e improbidade, está fazendo delação premiada. Nela, complica a vida do ministro Blairo Maggi.

Funaro pode entregar advogado que usa delações para achacar

 O advogado de Lúcio Funaro  foi à Procuradoria-Geral da República há dez dias e acenou com uma bomba: se Rodrigo Janot topar pedir o relaxamento da prisão de Funaro, o doleiro poderia entregar, mesmo sem fazer delação premiada, a cabeça de um advogado cheio de clientes delatores na Lava-Jato.

Funaro diz a interlocutores ter a prova de que o tal advogado tem liderado uma espécie de mercado de delações, achacando personagens da República, com a promessa de salvá-los das colaborações de seus clientes. A chance de isso ocorrer, sem uma delação premiada negociada, no entanto, é zero.

Funaro prefere cinco anos de prisão à delação premiada

Lúcio Funaro, amigo do peito do notório Eduardo Cunha, preso pela Lava-Jato há 50 dias, tem mandado recado aos mais próximos

Garante que resistirá e não partirá para delação premiada — seria, aliás, sua segunda; ele já delatou no mensalão.

Funaro, conhecido no mercado financeiro pelo sugestivo apelido de “menino maluquinho”, acha que ficará cinco anos preso. E que esse tempo ele aguenta atrás das grades.

Governo Temer: venda de terras a estrangeiros virá acompanhada de reforma agrária

O governo Temer já tem o pulo do gato para afastar qualquer arroubo nacionalista que queira barrar o projeto de lei destinado a liberar a venda de grandes lotes de terras a estrangeiros: vai obrigar quem comprar os lotes a doar 10% da área total para a reforma agrária.

O Planalto avalia que pode, assim, em dois anos, fazer mais pela reforma agrária do que Dilma Rousseff fez em cinco anos. Dilma assentou 140 mil famílias em seu período de governo (FH assentou 540 mil e Lula, 614 mil).

A venda de terras para estrangeiros está proibida desde 2011, primeiro ano da era Dilma, sob o argumento de “assegurar a soberania nacional em área estratégica da economia e do desenvolvimento”.

Justiça instaura ação contra empresa do ministro da Saúde.

O Ministério Público do Paraná abriu uma ação coletiva de consumo contra a Federação Paranaense de Futebol, o Maringá Futebol Clube e a BB Corretora, empresa do ministro Ricardo Barros e de sua filha Maria Victoria, candidata à prefeitura de Curitiba. O caso está na 2ª Vara Cível de Maringá.

Barros detém 99% da empresa e Maria Victoria, 1%.

O processo decorre de um jogo do Campeonato Paranaense, em 2014, quando cerca de quatro mil torcedores ficaram de fora do estádio Willie Davids, em Maringá.

O motivo? Na área coberta havia cerca de quatro mil lugares, mas o clube e sua parceira comercial, a empresa dos Barros, venderam o dobro de ingressos.

Além disso, o grupo prejudicado não poderia entrar no estádio porque a quantidade de pessoas permitida pelo Corpo de Bombeiros seria ultrapassada.

Nessa mesma partida, o MP também alega que pessoas sem ingresso conseguiram ocupar as arquibancadas.

A falta de fiscalização acabou permitindo ainda a entrada dos tradicionais fogos de artifício, que foram disparados contra o campo e policiais militares.

O MP pede que sejam pagos cerca de R$ 177 mil de indenização por danos individuais — morais e coletivos — e por danos morais coletivos.

(Atualização: A assessoria de imprensa de Barros enviou nota em que rebate o MP. A nota diz que “diferentemente da denúncia apresentada pelo Ministério Público, a empresa BB Corretora vendeu um número inferior de ingressos em relação à capacidade da área coberta do Estádio Willie Davids, em 2014, para a final do Campeonato Paranaense”. Ainda de acordo com a nota, foram 21 ingressos a menos do que o local suporta. A assessoria de imprensa diz que “os responsáveis estão à disposição para esclarecer quaisquer informações à Justiça e encerrar a aparente exploração indevida do tema pelo Ministério Público”.)

Crédito Coluna do Lauro jardim do dia 21/08/2016 publicada no Jornal O Globo – disponível na web 22/08/2016

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