Produção industrial do Brasil cai menos do que o esperado em janeiro e dá sinais positivos

0
316

Os dados do IBGE mostraram que a categoria de Bens Intermediários apresentou alta de 0,7 por cento na comparação mensal e de 0,8 por cento na anual. Os Bens de Consumo subiram 0,3 e 2,3 por cento, respectivamente.

O grupo Bens de Capital, uma medida de investimento, mostrou contração de 4,1 por cento em janeiro sobre dezembro, mas subiu 3,3 por cento na comparação com um ano antes.

O IBGE informou ainda que, dos 24 ramos pesquisados, 12 apresentaram taxas negativas em janeiro na comparação mensal, com destaque para o recuo de 10,7 por cento em veículos automotores, reboques e carrocerias.

Na outra ponta, a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis avançou 4,0 por cento e a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos teve alta de 21,6 por cento.

“A indústria dá sinais de estabilização, talvez esteja parando de cair. Em momentos de transição, temos uma dinâmica (de resultados entre as categorias) mais heterogênea”, avaliou o economista-sênior do banco Haitong Flávio Serrano, destacando a recuperação na produção de petróleo em janeiro.

Depois de sofrer com a recessão e fraqueza da confiança, indicadores sobre o setor já vinham apontando alguma melhora este ano. Em fevereiro, a contração da indústria perdeu força segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

A confiança apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou com força em janeiro e voltou a cair no mês seguinte, porém num movimento de acomodação. A FGV não descarta nova melhora, diante de sinais mais favoráveis da economia como a queda dos juros.

“Olhando à frente, esperamos que o setor industrial comece a se beneficiar gradativamente da estabilização da economia, juros mais baixos e da reversão do ciclo de estoques”, disse o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs, Alberto Ramos, nota.

Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central também apontam melhora neste ano, com projeção de crescimento de 1,09 por cento da produção industrial, chegando a 2,19 por cento em 2018.

Crédito: Reuters Brasil – disponível na internet 09/03/2017

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor, insira seu comentário!
Por favor, digite seu nome!