Setor público fará ofensiva contra austeridade prometida por Guedes

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Agenda de mobilizações começa em fevereiro e inclui campanha salarial

O ministro Paulo Guedes (Economia) tem falado sobre um período de austeridade para o funcionalismo federal e vem defendendo o mesmo para estados e municípios. Na última terça, ele destacou, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que uma das medidas importantes para conter despesas é o congelamento salarial, que está previsto por pelo menos dois anos na PEC Emergencial (que tramita no Congresso). O setor público, por sua vez, prepara uma ofensiva e já tem uma agenda de mobilizações a partir de fevereiro.

No próximo dia 11, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) fará uma reunião ampliada, em Brasília, com a presença de todo o conjunto do funcionalismo para que a pauta que seja entregue ao Ministério da Economia. Inclusive já foi pedida uma audiência com Paulo Guedes nessa mesma data.

Um dos coordenadores do Fonasefe, Rogério Expedito ressaltou que a campanha salarial para recomposição das perdas salariais é um dos itens da pauta, que tem como foco “a defesa do serviço público”.

E em 12 de fevereiro, representantes dos servidores terão reunião o dia todo no Congresso com integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público para organizar atuações frente aos projetos do governo federal. “Vamos agir contra o desmonte do serviço público, que é o que o governo vem fazendo”, disse Expedito.

Funcionalismo acumula perdas

O Fonasefe aponta que o funcionalismo federal amarga defasagem de 33,9% desde 2010 — os dados são de estudo do Dieese e Sindicato dos Funcionários do Banco Central.

“A maior parte do serviço público teve reajustes abaixo da inflação nesse período e está sem recomposição desde 2017. Então, essas afirmações do ministro de que congelar salários é uma das soluções não se justificam”, disse Rogério.
Ele frisou que cada sindicato vai mobilizar suas categorias para a paralisação de 18 de março, em ato pelo setor público.
 
Crédito: Paloma Savedra/O Dia – dipasonível na internet 24/01/2020

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