Orientações para compra de álcool gel. Leia o comunicado do Inmetro

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CNCP, Anvisa e Inmetro alertam que o consumidor não deve adquirir produtos como álcool gel de fornecedores que não sejam supermercados, mercados e farmácias.

O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), a Anvisa e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alertam que o consumidor não deve adquirir produtos como álcool gel de fornecedores que não sejam supermercados, mercados e farmácias, atentando para a presença do selo do Inmetro e a marca do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade (Sbac).

A compra desses produtos de fornecedores não autorizados coloca o consumidor, sua família e seus vizinhos em risco. Se não conseguir comprar álcool gel de revendedores autorizados, substitua o uso desse produto pela higienização das mãos com água e sabão. Lavar as mãos é tão eficiente na prevenção da Covid-19 quanto usar álcool gel.

FONTE: Ascom/Anvisa 02/04/20202. Com informações do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual.


O Inmetro estabelece requisitos de segurança das embalagens destinadas ao envasilhamento de álcool, nas formas líquida e em gel, passíveis de certificação conforme regras estabelecidas por meio da Portaria Inmetro nº 269/2008 (disponível em https://bit.ly/3bAA2fF ). Assim, a presença do selo do Inmetro e da marca do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade significa que a embalagem atendeu a tais critérios de segurança. Já os requisitos relacionados ao álcool propriamente dito são de competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

É fundamental adquirir produtos como álcool em gel de fornecedores legalmente constituídos, como supermercados, mercados e farmácias, conforme alertam, em parceria, o Inmetro, a Anvisa e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e aos Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP). A compra desses produtos de fornecedores não autorizados coloca o consumidor, sua família e seus vizinhos em risco. Se não conseguir comprar álcool gel de revendedores autorizados, substitua por lavar as mãos com água e sabonete. Lavar as mãos é tão eficiente na prevenção quanto usar álcool gel

Fonte: Inmetro 02/04/2020


Álcool gel: se falsificado, não use; se legalizado, use com cuidado

A falta de álcool gel no mercado tem levado muitas pessoas, no desespero de conseguir o produto, a comprá-lo sem os devidos cuidados quanto à procedência. Caseiro, falsificado ou legalizado, o produto pode representar um risco alto de queimaduras. O alerta foi feito pelo gerente de fiscalização do Conselho Regional de de São Paulo, Wagner Contrera, que é também conselheiro suplente do Conselho Federal de Química.

Depois de passar o produto nas mãos é preciso ter cuidado ao acender um cigarro ou o fogão da cozinha.

Contrera disse já ter recebido relatos sobre o uso exagerado do produto. “Neste momento de tensão, em que todos estão com medo da covid-19, muitas pessoas cometem excessos. Usam máscaras até quando dirigem sozinhas no carro. No caso do álcool gel, as pessoas usam em grande quantidade e a todo momento. Aí esquecem e vão acender um cigarro ou mesmo o fogão, para preparar as refeições. É um verdadeiro perigo”, disse o gerente do conselho de química.

Segundo o químico, entidades ligadas a tratamentos de queimaduras relatam casos de pessoas que se queimam ao se aproximar de fontes de calor logo após passar  álcool gel nas mãos. “O gel também é inflamável e, conforme mostram as embalagens, não pode ser deixado ao alcance de crianças nem de animais domésticos.”

“Se o produto industrializado já é perigoso, o que dizer do falsificado?”, alertou o gerente. 

No caso do álcool em gel falsificado – ou mesmo dos caseiros, que seguem receitas disponibilizadas na internet – os riscos são ainda maiores, colocando em perigo não só a vida do consumidor como a do fabricante e a do vendedor

“Mesmo que a pessoa tenha a receita, há que se considerar vários outros fatores, inclusive a matéria-prima utilizada. Se elas não são fáceis de ser compradas por empresas legalizadas, imagina por leigos. Isso de misturar álcool líquido com gelatina ou gel para cabelo é tudo conversa fiada de pessoas que, infelizmente, se acham geniais por inventar isso em cinco minutos de reflexão. A manipulação por pessoas não preparadas é de extremo perigo”, disse à Agência Brasil.

Efeito oposto

Segundo o químico, dependendo do caso pode, em vez de propiciar assepsia, os produtos podem ter efeito oposto, por desenvolver microrganismos, mesmo que tenham mesma aparência e consistência.

“O álcool gel é produzido a partir de álcool com alta concentração, uma mistura que fica em 70%. Quando feito por processo industrial, há todo um cuidado. Mas, se feito em casa ou de forma improvisada, é extremamente perigoso, por se tratar de um produto altamente inflamável. Não à toa, a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] publicou há quase 20 anos uma resolução proibindo a venda de álcool líquido acima de 54 graus nos mercados”, argumentou.

Ele explicou que é muito difícil identificar a “olho nu” as diferenças entre o produto legal e o falsificado. “Em alguns casos, quando a falsificação é grosseira, dá para se notar na embalagem, mas, em outros casos, e já vimos isso até mesmo em shampoos e produtos de limpeza, a embalagem é tão bem feita que o consumidor acaba não percebendo.”

Coordenador da Divisão de Química Tecnológica do Instituto de Química, da Universidade de Brasília, o professor Floriano Pastore afirma que, normalmente, ao se colocar gelatina em uma solução aquosa, ela fica mais viscosa. “E se essa solução tiver um pouco de álcool, vai ter cheiro típico de álcool gel. No entanto, não terá a principal característica, que é o porcentual aproximado de 70% de etanol, para proporcionar a qualidade bactericida e desinfetante ao produto.”.

Uma boa dica é levar em consideração o local onde o álcool em gel está à venda. O ideal é comprar em farmácias e supermercados, ou estabelecimentos similares, que respondem pela garantia do produto, evitando adquiri-lo no mercado informal..

Crime contra a saúde pública

Além de representar riscos para quem o manipula, fabricar e comercializar álcool gel falsificado é crime, passível de punição tanto pela autoridade sanitária como, administrativamente, pelos conselhos regionais e federal de química.

“Tanto quem fabrica como quem comercializa está praticando crime contra a saúde pública, e respondem por isso. E se houver envolvimento de um profissional de química, nosso conselho abre processo administrativo paralelo ao criminal. Se ele for conivente, poderá ser suspenso ou impedido de exercer a profissão”, disse Contrera.

Segundo o químico, só empresas registradas junto à Anvisa, e tendo profissional responsável técnico, têm autorização para fabricar álcool gel. As empresas são fiscalizadas pelos conselhos regional e federal de química, que verificam se os profissionais são habilitados. Já a vigilância sanitária é responsável por verificar se as boas práticas de fabricação são seguidas e se o estabelecimentos está de acordo com o que a legislação sanitária determina.

Agência Brasil de Notícias 02/04/2020

2 Comentários

  1. comprei o alcool em gel na farmacia . No momento não verefiquei que o simbolo do Inmetro não constava . O que devo fazer? Obrigado

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