Ministro da Economia quer mudar as regras do funcionalismo público, acabando com a estabilidade e equiparando os parâmetros aos do setor privado
O congelamento de salários de servidores públicos de todo o país (União, estados e municípios), até o fim de 2021, foi considerado uma vitória do governo federal.
Isso porque o veto a reajustes é defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, desde o início de sua gestão.
Mas o titular da pasta deixou claro também, na última sexta-feira, que haverá todo esforço para avançar com a reforma administrativa, que vai mudar as regras do setor público, equiparando alguns parâmetros aos da iniciativa privada.
Mais tempo para subir na carreira
Com a reforma do setor público, há também a intenção de limitar o salário inicial da maioria das categorias e criar um intervalo maior para a ascensão na carreira. O argumento usado por integrantes da equipe econômica do governo é de que, atualmente, dependendo do cargo, o profissional chega ao topo da carreira muito cedo, sem margem para crescimento maior o que prejudica a motivação.
Condição para ajuda
O congelamento salarial de servidores públicos municipais, estaduais e federais, até o fim do próximo ano, foi colocado como uma das condições para o governo federal ajudar todos os entes da federação durante a pandemia. A União liberou o repasse de R$ 60 bilhões a estados e municípios e suspendeu temporariamente o pagamento das dívidas que prefeituras e governos estaduais têm com o Tesouro Nacional