COVID-19: Variante Ômicron preocupa autoridades sanitárias

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Covid-19: ministro anuncia proibição de voos oriundos de seis países

O Brasil fechará as fronteiras aéreas com seis países da África diante de uma nova variante de coronavírus, informou nesta sexta-feira o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.Segundo ele, a restrição afetará, a partir da próxima segunda-feira (29), os passageiros oriundos da África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia).

“O Brasil fechará as fronteiras aéreas para seis países da África em virtude da nova variante do coronavírus. Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país. Uma portaria será publicada amanhã e deverá vigorar a partir de segunda-feira”, publicou o ministro no Twitter.

A nova variante do coronavírus identificada na África do Sul, batizada de ômicron, foi declarada nesta sexta uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais cedo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ao governo que restrinja os voos e viajantes de países do sul do continente africano, entre eles a África do Sul.

A decisão brasileira seguiu restrições de viagens impostas por diversos países, como Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia.

Covid-19: Fiocruz alerta sobre cuidados com nova onda na Europa

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reafirmaram 0ntem (26) a importância dos cuidados com a nova onda de transmissão da covid-19 na Europa.

“O alerta é importante para a América do Sul, que vive um momento de baixa transmissão. O recomendado seria manter bom controle sanitário dos viajantes e prever a restrição de entradas, seja pela exigência de passaporte de vacinação, seja de testes negativos, conforme o que já vem sendo feito por vários outros países”, destaca a edição do Boletim do Observatório Covid-19, divulgado pela Fiocruz.

As últimas duas semanas epidemiológicas (SE) pesquisadas pelo boletim, no período de 7 a 20 deste mês, mostram que os indicadores de transmissão da covid-19 continuam em queda no país. A média diária notificada ao longo da SE 45 e da 46 ficou em 9,8 mil casos confirmados e 230 óbitos por covid-19. Os valores representam a redução do número de casos registrados (-1% ao dia) e do número de óbitos (-1,2% ao dia).

Apesar da queda, os pesquisadores alertam para a necessidade de cuidados nas festas de fim de ano. “É quando pode haver decisões relevantes quanto à flexibilização de algumas medidas que, equivocadamente, poderiam estar apoiadas em dados de notificação com atrasos ou sujeitos a represamento e/ou não disponibilizados de modo oportuno”, afirmam os pesquisadores no boletim.

No mesmo período pesquisado, o boletim registra “ligeiro aumento” no número dos casos de síndrome respiratórias aguda grave (SRAG), que subiu de 2,7 por 100 mil habitantes para 2,8 casos por 100 mil habitantes. As pesquisas nas últimas cinco semanas mostram oscilação entre 2 a 3 casos de SRAG para cada 100 mil habitantes.

As internações de adultos em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) por covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) estão em níveis baixos em quase todo o país. A exceção é o Pará, que se juntou a Rondônia e passou para a zona de alerta intermediário, em torno de 125 leitos.

Entre as capitais, destacam-se as elevadas taxas observadas em Porto Velho (87%), Fortaleza (94%) e Brasília (84%), com respectivamente 30, 18 e 37 leitos disponíveis no dia 22

Agência Brasil de Notícias 27/11/2021


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a B.1.1.529 como uma “variante de preocupação” e escolheu como nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta (leia mais abaixo sobre as classificações das variantes

A omicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal: a própria OMS diz que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.

Ao menos 10 países e/ou territórios já anunciaram restrições a voos de nações africanas devido à B.1.1.529 até o momento. O Brasil, inclusive, anunciou que fechará fronteiras aéreas para seis países da África a partir de segunda-feira (29).

Origem da variante

A variante B.1.1529 foi reportada à OMS pela primeira vez em 24 de novembro de 2021, pela África do Sul. A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.

Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus têm aumentado abruptamente, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529. O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.

De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, sendo que algumas delas trazem preocupação. 

“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com esta variante, em comparação com as outras versões do coronavírus. O número de casos da B.1.1.529 aparenta estar crescendo na maioria das províncias da África do Sul”, afirma a OMS.

OMS convoca reunião de emergência após nova variante detectada na África do Sul
 

OMS convoca reunião de emergência após nova variante detectada na África do Sul

Classificação das variantes

A OMS classifica as variantes do novo coronavírus em 3 categorias: VOC (variante de preocupação), VOI (variante de interesse) e VUM (variante sob monitoramento). São elas:

 
  • VOC (variantes de preocupação): alfa (detectada pela primeira vez no Reino Unido), beta (detectada na África do Sul), gama (no Brasil, também conhecida como P.1), delta (na Índia) e ômicron (também detectada na África do Sul);

São consideradas VOC as que demonstram estar associadas a uma ou mais das seguintes alterações em um grau de significância para a saúde pública global:

  1. Aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da COVID-19; ou
  2. Aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença; ou
  3. Diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública ou diagnósticos, vacinas e terapias disponíveis.
  • VOI (variantes de interesse): lambda (detectada pela primeira vez no Peru) e mu (na Colômbia);

É considerada VOI aquela variante que foi identificada como causadora de transmissão comunitária, de múltiplos casos ou de clusters (agrupamentos de casos) de COVID-19 ou foi detectada em vários países.

  • VUM (variantes sob monitoramento): 7 cepas que não recebem nome de letras do alfabeto grego

Constelação de mutações

O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da nova variante na quinta-feira (25), afirma que a B.1.1.529 carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, afirma Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas.

O instituto de pesquisa de Túlio de Oliveira é vinculado à Universidade de Kwazulu-Natal e foi responsável pelo descobrimento da variante beta, uma das quatro VOCs.

Nova variante impacta o mercado financeiro no mundo todo: Ibovespa está em queda e dólar em alta

Crédito: Portal do G1 – @disponível na internet 27/11/2021

 

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