Reajuste Salarial: Mobilização dos servidores do BC, PF, PRF

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Servidores do BC suspendem greve por duas semanas, após promessa de reunião com Ciro Nogueira

Servidores do Banco Central suspendem a greve por duas semanas, diante da possibilidade de reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda em abril, para discutir um percentual maior de reajuste a analistas e técnicos do BC.

A promessa foi feita nesta segunda-feira, em encontro do sindicato que representa a categoria com o presidente do órgão, Roberto Campos Neto.

Além da possibilidade do encontro com o ministro, Campos Neto garantiu a implementação de duas das seis pautas não salariais pleiteadas pela categoria, que incluem alterações na estrutura da carreira, e há avanços significativos nos demais pleitos.

O reajuste linear de 5% a todas as categorias foi confirmado pelo presidente do BC, segundo o sindicato dos servidores do Banco Central (Sinal).

No encontro, ainda foi apresentada uma contraproposta pelos servidores, que abrem mão do reajuste de 27%, referente às perdas inflacionárias desde a última correção, retroativo a janeiro. O novo pleito concorda com a aplicação do aumento a partir de julho, por meio de Medida Provisória — mesmo mês em que é prometido o percentual de 5% a todo o funcionalismo, referente a junho.

Apesar de suspenderem a greve, ficam mantidas as operações-padrão no BC, que atrasam a divulgação de indicadores financeiros e do boletim Focus, e paralisações diárias.

Policiais federais definem estágio de mobilização diante do possível reajuste linear de 5%

Policiais federais entraram em estado de mobilização permanente nesta terça-feira, para demonstrar indignação com o reajuste linear de 5% a todo o funcionalismo federal. A decisão foi tomada em reunião com os dirigentes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

No encontro, os presidentes estaduais dos sindicatos de policiais federais se comprometeram a organizar assembleias gerais extraordinárias nos estados para discutir a possibilidade de mobilizações. A reunião ocorreu um dia depois do encontro com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Desde a última quarta-feira, quando foi anunciada a possibilidade de reajuste linear de 5% a todos os sevidores federais, as categorias policiais expressam indignação, porque o presidente Jair Bolsonaro já teria firmado acordo com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional de reajuste entre 16% e 20% para a reestruturação das carreiras.

— Temos que mostrar a nossa insatisfação junto ao governo, e a forma que a gente fez inicialmente foi de fazer assembleias em todos os estados para que todos fiquem em prontidão — afirmou o presidente da Fenapef, Marcus Firme.

Crédito: Julia Noia / Jornal Extra – @disponível na internet 20/04/2022


NOTA CONJUNTA – Reestruturação das carreiras das polícias da União

Os representantes de entidades das Polícias da União reuniram-se na tarde desta segunda-feira (18) com o Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, para tratar de questões relativas à reestruturação das carreiras policiais vinculadas ao ministério. Também estiveram presentes os Deputados Federais Sanderson (PL-RS), Aluísio Mendes (PSC-MA), Jorielson (PL-AP) e José Medeiros (PL-MT).

Os policiais levaram ao ministro o sentimento de surpresa e descontentamento das categorias com as notícias veiculadas em torno de um reajuste linear para todo o serviço público federal, passando a ideia de que a reestruturação das Polícias da União, que conta com previsão orçamentária suficiente, não seria sequer encaminhada ao Congresso Nacional.

As informações divulgadas pelos veículos de imprensa mobilizaram as forças de segurança pública e motivaram a convocação de assembleias para avaliação do que vem sendo discutido e ações que podem ser tomadas caso o governo confirme oficialmente a continuidade ou não das tratativas de reestruturação das respectivas carreiras.

Na reunião desta segunda-feira, o ministro da Justiça comunicou que existe o interesse do governo federal em trabalhar parcela da recomposição inflacionária para todo o serviço público federal.

As entidades que subscrevem esta nota entendem que tal ação não obsta o andamento da reestruturação das polícias da União e destacam que o projeto de recomposição inflacionária é diferente da proposta de reestruturação. Mais ainda, quando os valores citados em diferentes meios exigirá a apresentação de novo Projeto de Lei. Lembraram também que os 1,7 bilhões de reais destinados à reestruturação das polícias da União constam da LOA 2022.

O ministro manifestou-se no sentido de que ainda não havia uma decisão oficial e os Deputados Federais presentes se comprometeram a se reunirem com o Presidente Jair Bolsonaro em busca de uma solução definitiva.

Por fim, informam que defendem pleito histórico da necessidade de recomposição inflacionária constitucional, mas que, neste momento, trabalham pela efetiva reestruturação das Polícias da União e lembram que ela já foi concedida às demais carreiras federais em passado recente, criando distorções que merecem correção.

Nesta semana, as entidades de classe realizarão assembleias gerais extraordinárias com suas bases para deliberar sobre as próximas medidas a serem adotadas no contexto de mobilização  para que a medida provisória da reestruturação das polícias seja assinada com urgência. Protestos e paralisações não foram descartados diante do cenário que surgiu com a mudança de destinação do orçamento de 1,7 bi.

Brasília, 18 de abril de 2022

Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF)
Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)
Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF)
Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF)
Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL)
Federação Nacional dos Policiais Penais Federais do Brasil (Fenappf)
Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal
(SINPECPF)

Fonte: FenaPRF 20/04/2022

2 Comentários

    • Nós não somos das carreiras dos policiais. Nos apoiamos as reivindicações deles, mas a nossa negociação é com o ministério da economia e com o inmetro.
      No campo nacional somos representados pela CONDSEF e FONASEFE.
      Acesse nossas reivindicações: 5 anos sem reajuste salarial. Pauta de reivindicações dos servidores do Inmetro “>

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