Superintendentes da CVM pedem isonomia nos reajustes e quatro carreiras de servidores públicos cruzarão os braços.

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Superintendentes da CVM pedem isonomia nos reajustes para servidores federais

Os funcionários da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediram que o governo dê isonomia para todos os trabalhadores das instituições públicas que integram o “núcleo financeiro” do governo federal em eventuais propostas de reajustes salariais ou de reestruturação de carreiras. 

A manifestação dos funcionários do órgão, responsável pela regulamentação do mercado financeiro, ocorre depois de uma proposta do Banco Central (BC) vir a público, prevendo um reajuste de 22% na remuneração de técnicos e analistas da autarquia. O texto também previa aumento de 69,6% para diretores do BC e 78,53% para o presidente do órgão. Após a divulgação da proposta, o BC recuou e retirou o pedido ao Ministério da Economia. 

Uma carta assinada pelos 15 superintendentes da CVM destaca “extrema preocupação com qualquer tentativa de tratamento diferenciado entre as carreiras do serviço público, especialmente as que compõem núcleos com instituições cujos mandatos são complementares, como as que integram o Núcleo Financeiro”.

“Isso poderia acarretar desequilíbrios e impactos significativos aos nossos servidores e, no limite, ao regular funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Nesse sentido, e como integrantes de um sistema, destacamos que seguiremos alinhados às futuras ações de mobilização do corpo de carreiras que formam o núcleo de reguladores do sistema financeiro”, diz um trecho da carta, enviada ao presidente da CVM, Marcelo Barbosa, na quarta-feira, 11.

Segundo nota do Sindicato Nacional dos Servidores da CVM (), a carta assinada pelos superintendentes é mais um passo da mobilização por reajustes salariais. A mobilização já inclui uma “operação padrão”, com redução de 50% das metas dos servidores, aprovada em assembleia do SindCVM.

Na carta do último dia 11, os superintendentes ressaltam que solicitaram a Barbosa “apoio especial junto ao Ministério da Economia” para pleitear o reajuste, em outra carta, de janeiro deste ano. 

“Gostaríamos de reconhecer o empenho contínuo da Presidência (da CVM) em nos apoiar. Contudo, os avanços observados desde então foram tímidos, ao passo que novas preocupações e variáveis se somaram nesse ínterim. As mobilizações realizadas por diversas carreiras do serviço público federal parecem ter sensibilizado, ou pelo menos sinalizaram ao governo, sobre a importância de se manter um equilíbrio remuneratório entre os órgãos da administração pública federal”, diz outro trecho da carta

Crédito: Vinicius Neder / O Estado de S.Paulo – @ disponível na internet 14/05/2022


Quatro carreiras de servidores públicos cruzarão os braços na próxima semana por reajustes

Insatisfeitas com a falta de negociação com o governo e com a proposta de um reajuste salarial de 5%, pelo menos quatro carreiras do serviço público federal farão paralisações dos trabalhos na próxima terça-feira,17. Os servidores do Tesouro Nacional, os analistas de comércio exterior, os especialistas em políticas públicas e gestão, além da carreira de planejamento e Orçamento cruzarão os braços.

A carreira do Tesouro Nacional marcou para o mesmo dia uma assembleia para deliberar sobre a possibilidade de greve. Se o movimento for aprovado, será mais uma categoria de braços cruzados por tempo indeterminado para pressionar o governo.

Em greve desde 3 de maio pela segunda vez no ano, os servidores do Banco Central (BC) pleiteiam um reajuste salarial de 28%. O BC chegou a enviar ao Ministério da Economia um pedido de aumento de 22% para seus técnicos e analistas, de 69,6% para os diretores e de 78,53% para o presidente da autarquia. Sob pressão, o BC retirou a solicitação no mesmo dia.

Segundo o BC, o motivo do recuo foram “inconsistências” no texto. A reportagem apurou que a proposta causou mal-estar no Ministério da Economia e foi considerada uma “vergonha” por membros da equipe econômica.

Segundo o presidente da Associação de Analistas de Comércio Exterior (AACE), Guilherme Rosa, a categoria está em operação padrão desde 2 maio e a mobilização tem afetado diversas atividades.

Além da paralisação da próxima terça-feira, a categoria cruzará os braços em 24 de maio e realizará nova assembleia em 27 de maio para definir os próximos passos do movimento.

“Houve um atraso na divulgação dos dados da balança comercial e na emissão das licenças de importação, com um atraso de 15 dias. As licenças eram expedidas em até um dia. Isso acaba represando importações diárias de US$ 100 milhões”, disse.

Rosa ainda afirmou que que a categoria vai iniciar um esforço para entrega de cargos comissionados até meados de junho.

“A gente espera alguma negociação com o governo. Nossa principal queixa é de que não há nenhuma negociação. Estamos preocupados com a atratividade no serviço público. O governo permite um processo inflacionário acelerado para garantir superávit orçamentário. Mas os servidores públicos pagam a conta”, disse.

Crédito: Antonio Temóteo / O Estado de S.Paulo – @ disponível na internet 14/05/2022


5 anos sem reajuste salarial. Pauta de reivindicações dos servidores do Inmetro

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