Moreira Franco nega ter recebido propina de R$ 3 milhões da Odebrecht

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Revista Veja publicou uma reportagem na edição desta semana sobre um trecho do anexo da delação do ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. No depoimento dado aos investigadores da Lava Jato, o executivo afirma ter pago propina de R$ 3 milhões ao atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco. O repasse teria acontecido em 2014, quando um dos principais conselheiros de Michel Temer ainda era ministro da Secretaria de Aviação Civil do governo Dilma.

O executivo frisou que o pagamento não se tratava de doação eleitoral, visto que o peemedebista não disputou as eleições de 2014. Segundo Cláudio Melo Filho, o valor é referente à propina paga ao ministro para desistir da ideia de construir um terceiro aeroporto em São Paulo, o que iria contra os interesses da Odebrecht. A empreiteira lidera o consórcio que venceu o leilão de concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e sairia prejudicada com a criação de um novo aeroporto no estado vizinho.

De fato, o aeroporto de Caieiras não saiu do papel. No entanto, a delação do ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht ainda precisa ser homologada, e o executivo terá que apresentar provas de tudo o que diz. Cláudio de Melo Filho é um dos 50 executivos da empreiteira que negociam um acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.

Moreira Franco comentou a publicação em seu perfil no Twitter neste sábado (15). Ele classificou a acusação como “uma mentira afrontosa”. “Jamais falei em dinheiro com ele [Cláudio Melo Filho]“, escreveu o peemedebista. “Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia”, acrescentou. Moreia Franco disse ainda que a não aprovação do aeroporto de Caieiras se deu por “questões técnicas”.

Para embasar as explicações, o responsável pelas concessões e privatizações na área de infraestrutura do governo Temer citou o artigo 2º do Decreto 7.871, de 21/12/2012, que impede aeroportos privados de explorarem linhas aéreas regulares, “como se queria”, concluiu Moreira Franco.

Crédito: Congresso em Foco – disponível na web 17/10/2016 

Moreira Franco nega pedido de dinheiro a ex-executivo da Odebrecht

O secretário-executivo do Programas de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Temer, Moreira Franco, negou neste sábado que tenha pedido dinheiro ao ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, conforme reportagem da nova edição da revista Veja.

A reportagem diz que o pedido não seria relativo à doação eleitoral porque em 2014, quando teria ocorrido, Moreira Franco não disputou nenhum cargo eletivo. Diz também que Melo Filho não explicou em delação qual o motivo que o levou a fazer o pagamento ao peemedebista, que era ministro da Secretaria de Aviação Civil no governo Dilma.

Mas, segundo a reportagem, advogados da Odebrecht dirão que a propina era para Moreira Franco garantir que um terceiro aeroporto em São Paulo não saísse do papel.

Em declarações no Twitter neste sábado, Moreira Franco negou que tenha conversado sobre dinheiro com Melo Filho e justificou como técnica a decisão de não construção de mais um aeroporto em São Paulo.

“A denúncia do senhor Cláudio Melo Filho é uma mentira afrontosa, pois jamais falei em dinheiro com ele. Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia”, disse Moreira Franco.

“Quanto à não aprovação do aeroporto, como disse, se deu por razões técnicas, pois o artigo 2º do Decreto 7.871, de 21 de dezembro de 2012, impede aeroportos privados de explorarem aviação regular, como se queria.”

Crédito: Reuters Brasil – disponível na web 17/10/2016

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