Asfoc-SN amplia resistência contra o desmonte da Previdência: PEC 287 no alvo dos trabalhadores

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No calendário já aprovado anteriormente pelos trabalhadores da Fiocruz e referendado simbolicamente na última Assembleia Geral na sexta (17/02) está a mobilização contra a Proposta de Emenda Constitucional (287/16), que pode significar a extinção da Previdência Pública e dos direitos dos trabalhadores de se aposentarem.

No dia de lançamento oficial da Campanha Unificada 2017 dos servidores públicos Federais, quarta-feira (22/02), os trabalhadores estarão em força-tarefa nos aeroportos dos estados e no Congresso Nacional, num trabalho de convencimento e pressão junto a deputados e senadores para votarem contra a medida que afetará a vida de milhões de pessoas.

O vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, atualizou os trabalhadores, nas agendas do Sindicato (Assembleia e Seminário), sobre as mobilizações previstas para o dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher). Paulinho também falou que a Asfoc constrói o Dia Nacional de Paralisação em 15 de março, que será pautado para deliberação dos trabalhadores em Assembleia no início do próximo mês.

SEMINÁRIO – Dando continuidade às atividades de mobilização, a Asfoc-SN realizou ontem (20/02) o seminário “Desmistificando a Reforma da Previdência”, na sede do Sindicato. Durante o evento, mediado pelo coordenador do Programa Radis, o ex-presidente da Asfoc Rogério Lannes, os palestrantes fizeram duras críticas à Proposta de Emenda Constitucional 287.

O presidente da Central Pública do Servidor, Nilton Paixão, criticou a pressa do governo em colocar a matéria para votação. De acordo com ele, nenhum país do mundo faz Reforma da Previdência a toque de caixa. “Mas o Michel Temer, o exterminador do futuro, compete com o Arnold Schwarzenegger (ator do filme “Exterminador do Futuro”). O Temer ficou com inveja e também quer exterminar o futuro. Ele quer extinguir a realidade social e acabar com o futuro dos brasileiros, empobrecendo ainda mais a sociedade brasileira”, afirmou Nilton, acrescentando que a Asfoc-SN já é reconhecida como um polo de resistência nacional.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Petrus Lima da Silva, ressaltou que o principal interessado (e beneficiário) com a Reforma da Previdência é o mercado financeiro. “Precisamos deixar claro que os parlamentares que votarem a favor dessa tentativa de assalto ao trabalhador não voltarão em 2018. E não voltarão porque nunca mais terão o nosso voto. Sepultaremos os mandatos daqueles que sepultarem nossos direitos”.

O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon), Rudinei Marques, alertou que a reforma se dá num contexto mundial de acumulação de capital. E usou como exemplo os dados divulgados no relatório do banco Credit Suisse (2015): pela primeira vez na história da Humanidade, o 1% mais abastado da população mundial equivale à riqueza dos 99% restantes. Segundo Rudinei, a concentração de renda no Brasil é muito pior e o resumo da Reforma da Previdência é uma espécie de Robin Hood às avessas. “O governo tira dos pobres para dar aos ricos”, frisou.

Para a presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Suzani Andrade Ferraro, a Reforma da Previdência como está posta pelo governo “é cruel e inconstitucional, porque viola princípios, aprofundando retrocessos sociais em curso. Então, diga não à PEC 287”, finalizou.

Clique aqui para ver a gravação do Seminário. Veja as fotos do evento no portal da ASFOC-SN

Fonte: ASFOC-SN 21/02/2017

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