Ocupações em prédios públicos e protestos na Funai antecipam greve geral do dia 28.

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Faltando dez dias para a greve geral da classe trabalhadora, os movimentos sociais iniciam uma série de mobilizações como antecipação do 28 de abril. Esta semana, os trabalhadores rurais estão ocupando órgãos públicos, como as sedes do Incra, dentro da programação do Abril Vermelho. Já são oito superintendências do instituto ocupadas. Os agricultores se juntam aos trabalhadores da cidade para protestar contra as reformas do governo federal que retiram direitos trabalhistas.
Mesmo com a sinalização do governo em reduzir a idade mínima para aposentadoria rural de 65 anos para 60 anos – homens e mulheres -, a medida continua representando um retrocesso para o homem do campo, já que a grande maioria começa a trabalhar ainda na infância, sob sol e chuva, e só consegue se aposentar com um salário mínimo. Além do que, pela reforma da Previdência, continua valendo 49 anos de contribuição para garantir uma aposentadoria integral.
Outra mobilização prevista para esta semana é o protesto que os servidores da Funai prometem realizar, nesta quarta-feira, 19, para marcar a passagem do Dia do Índio. Eles vão de denunciar o desmonte ao órgão e o descaso do poder público para com as comunidades indígenas no país. A orientação da Condsef/Fenadsef é que aconteçam atividades em todas as sedes da Funai, tanto nas grandes cidades como nos municípios do interior.
Além disso, os sindicatos dos servidores federais estão realizando, nos estados, assembleias com suas bases para mobilizar a categoria para a greve geral. A Condsef/Fenadsef reforça a necessidade de paralisar o serviço público no dia 28, como resposta ao retrocesso no campo dos direitos trabalhista que o país atravessa.
“Temos a informação que a paralisação do dia 28 está tendo uma boa receptividades dos servidores federais nos estados. A categoria está compreendendo o momento e reconhecendo a necessidade de reagir”, destaca o secretário geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, que pretende chamar uma reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) para a próxima semana, como forma de avaliar o cenário e organizar a paralisação no serviço público em todo o país.

Condsef/Fenadsef 19/04/2017

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