Governo federal segura PDV do funcionalismo

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Os planos do governo Temer para manter o Programa de Demissão Voluntária (PDV) de servidores federais tiveram que ser adiados. A União queria publicar a medida provisória (MP) que relançaria o projeto ainda no início deste ano, especificamente em janeiro, mas está segurando o texto na Casa Civil da Presidência da República.

Oficialmente, a pasta informa que “o texto está em análise”. Mas, nos bastidores, fala-se que só quando Temer tiver certeza de que a MP será votada no Congresso é que será publicada. A intenção é gerar economia aos cofres com a diminuição da máquina pública.

Fontes afirmam que o Executivo tem o objetivo de que a MP vire lei. Assim, o PDV será um ‘instrumento’ permanente e não terá uma validade curta, como o de 2017 teve foi de 26 de julho a 28 de novembro.

Essa ideia ficou ainda mais sólida após a fraca adesão ao programa. Ao todo, 240 pessoas se inscreveram nas três modalidades do projeto demissão, licença não remunerada e redução de jornada. A expectativa do governo era de alcançar cinco mil funcionários públicos.

E mesmo que em janeiro as articulações entre governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), davam como certo de que o parlamentar colocaria o texto para votar com urgência, agora, o cenário é de indefinição. E Temer está no aguardo.

Projeto mais atrativo

O Ministério do Planejamento já sinalizou que pretendia fazer um texto mais atrativo aos servidores. E o ministro da pasta, Dyogo Oliveira, declarou diversas vezes que a União insistirá no PDV, como um meio definitivo para “flexibilizar” o serviço público. No entanto, agora, fala-se que o conteúdo não será diferente ao do projeto lançado em 2017.

“As três propostas dotam a Administração Pública de um instrumento moderno, ajustado às condições fiscais atuais, que se apresenta como um caminho prudente e gradual para o servidor que deseje um dia deixar o serviço público em definitivo”, disse Oliveira em novembro do ano passado.

Do total de 240 inscritos, 153 se interessaram pela redução de jornada, 76 pela saída do setor público, e 11 pela licença incentivada.

Crédito:  Paloma Savedra/Jornal O Dia – disponível na internet 10/03/2018

5 Comentários

  1. Espero que os administradores entendam que alguns servidores publicos, incluindo minha pessoa, tem interesse em deixar o serviço público em definitivo através de um programa de incentivo financeiro, mas que seja justo.
    Em vez 1,25 do salário atual que tal, no mínimo 2,50, ou 1 salário mínimo por mês trabalhado, o que for mais vantajoso para o servior.
    Afastamento por 3 anos, em vez de 3 salários do servidor, por que não 6 ou algo parecido ?
    Se o governo quer economizar, então que ofereça um incetivo mais justo, se é que teria !

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