Brasil cai para 81ª colocação em ranking de competitividade

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É a pior colocação já registrada pelo país, que, desde 2012, já perdeu 33 posições e se distanciou dos demais Brics

O Brasil caiu para a 81ª colocação num ranking de competitividade que inclui 138 nações avaliadas pelo Fórum Econômico Mundial. É a pior colocação já registrada pelo país, que, desde 2012, já perdeu 33 posições e se distanciou dos demais Brics — grupo de economias emergentes que inclui, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo a pesquisa, o Brasil revela sinais fortes de declínio da produtividade e baixo grau de inovação.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, disse que a recessão econômica, aliada às más condições para abrir e manter uma empresa são os grandes fatores que tornam o país menos competitivo. “Não houve nenhum avanço no ambiente regulatório e de logística e nas questões tributárias. O ambiente de negócios brasileiro ainda é caro e moroso, porque há muita demora na abertura e no encerramento de  empresas, que gastam 2.600 horas por ano, em média, só para pagar impostos”, declarou.
No ranking, o Brasil ficou atrás de Índia (39ª), Rússia (43ª) e África do Sul (47ª). Na América Latina, o país também tem pior colocação do que Chile (33ª), México (51ª), Colômbia (61ª) e Peru (67ª). O país mais competitivo, a Suíça, lidera a classificação pelo oitavo ano consecutivo. Cingapura e Estados Unidos ficaram na segunda e terceira posições, respectivamente. O Yemen ficou na lanterna.

A competitividade do Brasil vem caindo desde 2012, quando o país estava na 48ª posição. Agostini observou que, em 2011, já havia sinais de enfraquecimento econômico. “A inflação estava alta, longe da meta, e o PIB já dava sinais de cansaço. Desde lá o país veio se tornando menos produtivo e competitivo. A crise financeira acabou potencializando essas deficiências”, afirmou.
“A inovação é um dos temas mais preocupantes”, disse Ana Burcharth, professora e pesquisadora da Fundação Dom Cabral, que ajudou a organizar o estudo. Nesse quesito, o Brasil passou da 84ª posição, em 2015, para a 100ª neste ano. Na pesquisa, o país ocupa a 8ª posição em tamanho de mercado, mas, nos itens eficiência nos mercados de bens e de trabalho está na 128ª e na 117ª colocação, respectivamente.

Crédito: Correio Braziliense 30/09/2016

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