Os ministros do presidente Jair Bolsonaro e os novos comandantes das Forças Armadas.

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Novo governo toma posse no dia 1º de janeiro; veja os nomes anunciados.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já definiu 12 ministros integrantes do futuro governo:

Onyx Lorenzoni (Casa Civil)

O médico veterinário de 64 anos terá um dos principais postos da Esplanada dos Ministérios. Ele está no 4º mandato consecutivo como deputado federal e foi reeleito com 183.518 votos.

Em 2016, Onyx foi relator na Câmara do pacote de medidas de combate à corrupção e fez mudanças no texto apresentado no plenário, descumprindo acordo com os demais parlamentares, o que gerou diversas críticas a ele.

No ano passado, admitiu ter recebido R$ 100 mil em caixa 2 da empresa JBS para pagar dívidas de campanha de 2014. O deputado alegou que, na ocasião, não tinha como declarar o valor na Justiça Eleitoral.

Paulo Guedes (Economia)

O economista de 69 anos vai assumir um superministério, que reúne Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.

De perfil liberal, Paulo Guedes defende a menor participação possível do Estado na economia.

Nascido no Rio de Janeiro, Guedes se formou em economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fez mestrado e doutorado na Universidade de Chicago (EUA). Ele nunca teve cargo público e fez fortuna no mercado financeiro.

O juiz de 46 anos ganhou projeção nacional ao julgar processos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.

No governo, assumirá o ministério que reunirá as pastas da Justiça e da Segurança Pública. Será responsável, por exemplo, pela Polícia Federal, pelo Departamento Penitenciário Nacional e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Nascido em Maringá (PR), Sérgio Moro formou-se em direito pela Universidade Estadual de Maringá e tem mestrado pelo Universidade Federal do Paraná. É juiz federal há 22 anos.

General Augusto Heleno (Segurança Institucional)

O militar de 71 anos chegou a ser cotado para vice na chapa e para ministro da Defesa, mas vai assumir a pasta da Segurança Institucional.

Na reserva desde 2011, o general comandou a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, foi comandante militar da Amazônia e chefiou o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército.

Antes de definir que iria para o Gabinete de Segurança Institucional, o general Heleno foi anunciado no Ministério da Defesa. Será o novo responsável pela área de inteligência do governo, pela segurança pessoa do presidente da República e pela prevenção de crises.

Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)

Ele ficou conhecido no Brasil e no mundo como o primeiro e único astronauta brasileiro a ir para o espaço. Foi aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.

Atualmente na reserva, Marcos Pontes nasceu em São Paulo, em 1963, tem mestrado em Engenharia de Sistemas e é engenheiro Aeronáutico.

Segundo o site do tenente-coronel, ele também já foi embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.

Tereza Cristina (Agricultura)

Atual presidente da Frente Parlamentar Agropecuária do Congresso Nacional, conhecida como a bancada ruralista, Tereza Cristina foi indicada pela FPA para o cargo. Ela é engenheira agrônoma e empresária.

No Mato Grosso do Sul, ocupou o cargo de gerente-executiva em quatro secretarias: Planejamento, Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo. Também foi diretora-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e da Empresa de Gestão de Recursos Minerais.

No Congresso, Tereza Cristina foi uma das principais defensoras do projeto que muda as regras no registro de agrotóxicos. A futura ministra está no primeiro mandato como deputada e, durante a campanha eleitoral, manifestou apoio à candidatura de Bolsonaro à Presidência.

General Fernando Azevedo e Silva (Defesa)

O general da reserva de 64 anos foi chefe do Estado-Maior do Exército, chefe de Operações na Missão de Paz da ONU, no Haiti.

Atualmente, assessora o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Ele ainda chefiou a Autoridade Pública Olímpica durante a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Azevedo e Silva foi contemporâneo de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde o presidente eleito concluiu o curso de formação em 1977, um ano depois de seu futuro ministro.

Ernesto Araújo (Relações Exteriores)

É diplomata de carreira há 29 anos. Atualmente, é diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos.

Nascido em Porto Alegre, formou-se em letras pela Universidade de Brasília e, na década de 1990, entrou no Instituto Rio Branco.

Ele é filho de Henrique Fonseca de Araújo, ex-procurador-geral da República e ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.

Wagner Rosário (Transparência e CGU)

Rosário é o atual ministro da Transparência e CGU e permanecerá no cargo. Até o momento, ele é o primeiro ministro do governo de Michel Temer que permanecerá na gestão de Bolsonaro.

Natural de Juiz de Fora (MG), é auditor federal de Finanças e Controle desde 2009. Ele também já trabalhou como oficial do Exército.

O ministro tem graduação em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras (Aman) e mestrado em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

Luiz Henrique Mandetta (Saúde)

Mandetta cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e especialização em ortopedia em Atlanta (EUA). Trabalhou como médico em hospitais militares e na Santa Casa de Campo Grande.

Em Mato Grosso do Sul, presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004 e, ao encerrar sua gestão, assumiu a Secretaria de Saúde de Campo Grande, que comandou entre 2005 e 2010, durante a gestão do então prefeito Nelsinho Traud.

Mandetta era filiado ao MDB e migrou para o DEM para concorrer a deputado federal em 2010. Foi eleito e reeleito. Neste ano, decidiu não disputar o terceiro mandato.

André Luiz de Almeida Mendonça (AGU)

O advogado André Luiz de Almeida Mendonça é pós-graduado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB).

Em 2008, foi nomeado Diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União. Em 2016, assumiu o cargo de corregedor-geral da AGU.

Mendonça foi advogado concursado da Petrobras e, atualmente, é consultor jurídico da CGU (Controladoria-Geral da União). Além disso, é pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília.

Gustavo Bebbiano

O advogado de 54 anos é um dos conselheiros de Jair Bolsonaro e foi uma das figuras mais próximas ao presidente eleito durante a campanha deste ano.

Faixa preta de jiu-jítsu, Bebianno foi apresentado a Bolsonaro em 2017 e se ofereceu para atuar de graça em processos judiciais do deputado, de quem conquistou a confiança, a ponto de ter assumido a presidência do PSL, partido do presidente eleito.

Também acompanhou de perto a recuperação de Bolsonaro, depois que o então candidato levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Bebianno deixou o comando do PSL em outubro.

Ministros do governo Bolsonaro — Foto: Editoria de Arte / G1
Ministros do governo Bolsonaro — Foto: Editoria de Arte / G1

Crédito: Portal do G1 – disponível na internet 22/11/2018

General Fernando Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa, e os futuros comandantes das Forças Armadas, durante entrevista coletiva em Brasília — Foto: Roniara Castilhos/TV Globo

O futuro ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, anunciou nesta quarta-feira (21) os nomes dos novos comandantes das Forças Armadas:

  • Marinha: almirante Ilques Barbosa Júnior;
  • Exército: general Edson Leal Pujol;
  • Aeronáutica: tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez.

O anúncio de Azevedo e Silva foi feito no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona o gabinete de transição. Segundo ele, ainda não há data definida para a posse.

Na Marinha, Ilques Barbosa Júnior substituirá Eduardo Bacellar Leal Ferreira; no Exército, Edson Leal Pujol assumirá no lugar de Eduardo Villas Bôas; e na Aeronáutica, Antônio Carlos Bermudez substituirá Nivaldo Luiz Rossato.

Os atuais comandantes das Forças Armadas estão nos cargos desde janeiro de 2015, nomeados pela então presidente Dilma Rousseff.

Futuros comandantes

Conheça algumas informações sobre os futuros comandantes das Forças Armadas:

Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica)

De acordo com a Força Aérea Brasileira, o futuro comandante nasceu em Santo Ângelo (RS). Desde 1975 na Aeronáutica, foi promovido ao posto de tenente-brigadeiro em novembro de 2014.

Durante a carreira, ocupou cargos como comandante da Base Aérea de Brasília; chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica; diretor-geral do Departamento de Ensino da Aeronáutica; e adido de Defesa e Aeronáutico nas embaixadas do Brasil na França e na Bélgica. Atualmente, é o comandante-geral de Pessoal da FAB.

Edson Legal Pujol (Exército)

De acordo com o Exército, o general nasceu em Dom Pedrito (RS). Na Força, ocupou os cargos de comandante Militar do Sul; secretário de Economia e Finanças; chefe do Centro de Inteligência do Exército; e instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras.

Segundo o Exército, Pujol também já foi secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, comandou a Força de Paz Minustah, no Haiti, e atuou como observador militar da ONU em El Salvador.

Ilques Barbosa Júnior (Marinha)

Segundo a Marinha, o futuro comandante entrou na Força em 1976, como guarda-marinha. Nos últimos 40 anos, foi promovido e chegou ao posto de almirante de esquadra em novembr de 2014.

Na Marinha, exerceu funções como diretor de Portos e Costas; comandante do Primeiro Distrito Naval; comandante-em-chefe da Esquadra; secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha; e comandante do Controle Naval de Tráfego Marítimo.

Crédito:  Roniara Castilhos e Filipe Matoso, TV Globo e G1 — Brasília – disponível na internet 22/11/2018

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