Fundos de pensão: Deficit de R$ 80,6 bilhões e inscrição automática no CNPC é aposta para crescimento.

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Os fundos de pensão acumulam deficit de R$ 80,6 bilhões até novembro de 2016, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). O resultado negativo é registrado por 82 fundações.

Apesar disso, 137 fundos de pensão acumulam superávit de R$ 19,1 bilhões. Com a crise econômica e juros em alta, as entidades fechadas de previdência complementar adotaram uma postura cautelosa e aplicaram R$ 71,6% do seu patrimônio em renda fixa.

Até novembro, as fundações possuíam R$ 754,5 bilhões de ativos. Desse total, somente 18,8% estavam aplicados em renda variável.

Inscrição automática é aposta para crescimento dos fundos de pensão

A aprovação da inscrição automática no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é uma das apostas do presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, para fomentar o crescimento dos fundos de pensão. Na prática, o empregado de uma empresa que possui uma entidade fechada de previdência complementar passará a ser participante assim que for contratado.

Nas contas da da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, pelo menos 500 mil pessoas trabalham em companhias que oferecem um plano de benefícios, mas não são participantes. “Se nada mudar, em 2034 cumprimos nosso papel e o sistema acabará”, alerta Martins.

Os fundos de pensão brasileiros possuem 2,5 milhões de participantes e pagam R$ 34 bilhões em benefícios ao ano. Para Martins, a criação dos fundos de pensão de estados e municípios é importante para garantir renda aos trabalhadores e ajudar a reequilibrar as finanças públicas dos entes da federação. Além disso, ele defende a criação de planos setoriais.

Com isso, um setor da economia pode oferecer a categoria um plano instituído, em que os próprios trabalhadores contribuem para formação de sua poupança previdência. Martins ressalta que além de buscar medidas para fomentar o crescimento do setor, trabalhará para capacitar os gestores dos fundos de pensão.

Conforme ele, com a perspectiva de queda de juros, as entidades fechadas de previdência complementar terão de buscar investimentos alternativos aos títulos públicos para bater as metas atuariais. “Para que isso ocorra, os gestores precisam estar capacitados para encontrar as melhores alternativas para os fundos pensão”, comenta.

Crédito: Antônio Temóteo/Blog do Vicente/Correio Braziliense – disponível na web 31/01/2017

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