A plenária nacional da Condsef, que reuniu representantes de cerca de 80% dos servidores federais de todo o Brasil, referendou a participação da Confederação e suas entidades em todos os movimentos em defesa da classe trabalhadora e pelo fortalecimento dos serviços públicos. Isso inclui atividades de rua e também ocupações que vem ocorrendo em setores como cultura e saúde. O objetivo é promover debates com a categoria nos estados e garantir que esses movimentos sejam ampliados.
Outro foco é reforçar o diálogo com a sociedade para que todos compreendam a importância fundamental de se lutar para assegurar investimentos de qualidade no setor público. Não se pode permitir que políticas que impõem o estado mínimo avancem. É urgente garantir a unidade em torno desse debate, essencial para a população que paga impostos deve exigir do Estado serviços públicos com qualidade.
Nesta sexta, diversos movimentos de protestos contra o governo interino de Michel Temer tomaram conta de capitais e também cidades do interior. Milhares de cidadãos estão dando recado de que não vão admitir retrocessos em políticas públicas e não vão tolerar a retirada de direitos conquistados com muita luta pela classe trabalhadora. Essa não é uma crise criada pelos trabalhadores e, portanto, não vamos aceitar que essa conta seja transferida a nós. Não devemos admitir nenhum golpe contra a democracia e contra nossos direitos.
A tendência, portanto, é que movimentos de resistência se ampliem. Os debates não descartam a deflagração de uma greve geral da classe trabalhadora em defesa de direitos e contra retrocessos. Para a Condsef, o caminho deve ser o da luta permanente. Vamos cobrar e exigir que nenhum direito seja retirado. Pelo SUS, pela Cultura, pela soberania de empresas públicas, por educação, saúde, transporte, segurança, agricultura, pelo direito a uma aposentadoria digna e por todos os serviços essenciais à população. Todos às ruas neste dia 10. Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás.
Condsef 11/06/2016