Cabaré Brasil II

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  • “Banco da propina” da Odebrecht girou US$ 1,6 bi, aponta delator.
  • Paulinho da Força e Beto Mansur são hostilizados em voo para Brasília
  • Movimento Unificado do Funcionalismo vai pedir impeachment do governador do Rio, Francisco Dornelles.
  • Moreira Franco diz que ajuda federal ao RJ será para evitar vergonha na Olimpíada.
  • Cunha pede ao STF autorização para ir à Câmara se defender de cassação. 

“Banco da propina” da Odebrecht girou US$ 1,6 bi, aponta delator.

A empreiteira está negociando acordo de leniência. Seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, está próximo de acertar delação premiada com a força-tarefa da Lava-Jato

O executivo Vinícius Veiga Borin, novo delator da Operação Lava-Jato, afirmou que o Meinl Bank Antigua, supostamente adquirido pela Odebrecht para repassar propinas no exterior, movimentou pelo menos US$ 1,6 bilhão.
Em depoimento prestado no dia 17 ao procurador regional da República Orlando Martello, o delator declarou que “tem conhecimento que o Meinl Bank tem contas operacionais da Odebrecht, da mesma forma em nome de offshores”. Ele não revelou, porém, os nomes das offshores e nem quem as controla.
Vinícius Borin relatou transferências “suspeitas” das contas associadas à Odebrecht que somam ao menos US$ 132 milhões. Ele trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank (AOB), entre 2006 e 2010. Borin e outros ex-executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então integrantes do Departamento de Operações Estruturadas – nome oficial da central de propinas da empreiteira, segundo Lava-Jato – da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank, de Viena, em Antigua, paraíso fiscal no Caribe.
A empreiteira está negociando acordo de leniência. Seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, está próximo de acertar delação premiada com a força-tarefa da Lava-Jato.
Em seu depoimento, Vinícius Borin disse que “não pode afirmar” que Marcelo Odebrecht tinha conhecimento da estrutura financeira do esquema. “Mas pelo volume de dinheiro e da estrutura criada considera ser impossível ele (Odebrecht) não ter tido conhecimento de seu funcionamento”, argumentou o delator.

Crédito: Correio Braziliense – disponível na web 21/06/2016 

Paulinho da Força e Beto Mansur são hostilizados em voo para Brasília

Os deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, e Beto Mansur (PRB-SP) foram hostilizados neste domingo no voo 5495, da Gol, que saiu do aeroporto de Congonhas rumo a Brasília às 20h05. Ambos votaram a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em pleno voo, um grupo de funcionários do Banco do Brasil começou a filmar Paulinho com equipamento profissional, enquanto outros integrantes do grupo gritavam “golpista”, “não vai ter golpe” e “fora Temer” e “Paulinho da Farsa”. Mansur, primeiro secretário da Câmara, levantou-se de seu lugar, na primeira fileira, e foi discutir com o grupo, com o dedo em riste.

A chefe de cabine suspendeu o serviço de bordo e foi ao microfone pedir que os passageiros se acalmassem, avisando que, sem isso, teria de chamar a Polícia Federal (PF) quando o avião pousasse. O bate-boca continuou por alguns minutos, depois acabou. O passageiro que havia filmado Paulinho entregou a mochila com a câmera a um amigo que estava na última fileira e avisou: “Deixo com você para não apreenderem o material se eu for detido pela polícia”. No desembarque, a PF monitorou a saída apenas para evitar tumulto, mas ninguém foi detido nem interrogado.

Assista o vídeo >>> http://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/paulinho-forca-beto-mansur-hostilizado-voo-brasilia23-2/

Crédito: Correio Braziliense – disponível na web 21/06/2016

Movimento Unificado do Funcionalismo vai pedir impeachment do governador do Rio, Francisco Dornelles.

Em assembleia na sede do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (20), representantes de 32 categorias do funcionalismo estadual decidiram que vão pedir o impeachment do governador em exercício, Francisco Dornelles, na próxima quinta-feira (23). O pedido vai ser entregue ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), após manifestação na capital.

“No próximo dia 23, às 14h, vamos fazer um grande ato em frente ao Tribunal de Justiça. Vamos pedir que a Justiça faça justiça. Esse é o nosso lema. Depois, vamos caminhar até a Alerj e vamos entregar o pedido de impeachment do governador do estado”, comentou Jorge Darze, presidente do SinMed.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe) também pretende divulgar uma carta aberta à população para explicar a real situação dos trabalhadores, que envolvem a falta de pagamento de salários e condições precárias de trabalho.

“O que está em estado de calamidade é o servidor público, que não recebe o seu salário. Em calamidade está a saúde pública, que está falida”, afirmou Darze.

Na última sexta-feira (17), o governo estadual decretou calamidade pública. O decreto destaca que a crise financeira estadual impede que a administração honre com os compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O Rio poderá receber cerca de R$ 3 bilhões do governo federal, mas Dornelles já afirmou que a prioridade não é o pagamento dos servidores.

De acordo com Darze, o decreto influenciou o ânimo do funcionalismo, que está mais mobilizado: “O decreto facilitou a mobilização”.

Crédito: JB Online – disponível na web 21/06/2016 

Moreira Franco diz que ajuda federal ao RJ será para evitar vergonha na Olimpíada

O Estado do Rio de Janeiro vive uma situação distinta dos demais que justifica uma ajuda financeira emergencial do governo federal, disse nesta segunda-feira o secretario-executivo do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, que acrescentou que a União precisa ajudar o Estado que receberá os Jogos Olímpicos para evitar uma vergonha internacional.

Moreira frisou que a imagem do Brasil já está muito desgastada no cenário internacional em razão das crises econômica e política, e que o não cumprimento de obrigações olímpicas poderia piorar ainda mais a situação do país.

“O Brasil, que já está com a imagem muito arranhada em função de erros de política econômica, não pode pagar um mico deste tamanho no maior evento esportivo que a humanidade e o planeta presenciam de quatro em quatro anos”, disse o secretário a jornalistas, após participar de seminário na Fundação Getúlio Vargas, no Rio.

“Acredito que essas circunstâncias impõem uma atitude do governo federal no sentido que façamos aqui grandes Jogos Olímpicos”, acrescentou.

O Estado do Rio decretou na sexta-feira situação de calamidade pública diante da grave crise financeira enfrentada pela administração estadual. Com a medida, o Estado espera receber cerca de 3 bilhões de reais de ajuda do governo federal para o pagamento da folha de servidores, bônus para policiais que vão trabalhar na Olimpíada e para concluir as obras da Linha 4 do metrô, fundamental para os Jogos Olímpicos.

A possível concessão de recursos federais ao Rio de Janeiro foi prometida na quinta-feira pelo presidente interino Michel Temer em reunião com o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, segundo uma fonte do governo fluminense, o que estaria pressionando o governo federal a conceder vantagens também a outros Estados que passam por dificuldades financeiras.

Governadores vão se reunir com Temer mais tarde nesta segunda-feira em Brasília para discutir a situação financeira dos Estados. Segundo Moreira Franco, se espera uma solução para a situação do Rio de Janeiro no encontro.

“Há compromissos do governo federal com a Olimpíada e com o COI (Comitê Olímpico Internacional)… Nesse quadro terrível do Rio de Janeiro é preciso ajudar para evitar um mico internacional. Há uma questão que distingue o Rio de outros Estados que é a Olimpíada. Não se pode esquecer isso”, afirmou.

Crédito: Reuters Brasil – disponível na web 21/06/2016 

Cunha pede ao STF autorização para ir à Câmara se defender de cassação

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu nesta segunda-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para frequentar a casa legislativa para, segundo ele, se defender no processo de cassação de seu mandato. A ação questiona o alcane da decisão do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte, que o afastou da presidência da Câmara no mês passado e suspendeu o mandato dele.

Até a última atualização desta reportagem, o processo de Eduardo Cunha ainda não havia sido definido, por sorteio, qual ministro irá relatar o caso. Como o recurso questiona o alcance da decisão de Teori Zavascki, a ação será distribuída para outro gabinete, à exceção do presidente do tribunal, ministro Ricardo Lewandowski.

A liminar (decisão provisória) concedida pelo relator foi chancelada por unanimidade pelos outros 10 ministros do tribunal. Na ocasião, o Supremo atendeu pedido da Procuradoria Geral da República, que alegou que o peemedebista vinha atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato e do próprio processo de cassação.

Na semana passada, o Conselho de Ética da Câmara aprovou relatório que recomenda a cassação do mandato do peemedebista por quebra de decoro parlamentar. A acusação é de que Cunha mentiu à CPI da Petrobras no ano passado ao negar ter contas no exterior. O parlamentar diz que é apenas beneficiário de “trustes” na Suíça, cujo patrimônio é administrado por terceiros.

A PGR pediu a prisão preventiva do parlamentar no início deste mês com base nos mesmos argumentos que motivaram o afastamento dele da presidência da Câmara.

No pedido para acessar o Legislativo, os advogados de Cunha pedem direito à ampla defesa e dizem que Teori ainda não esclareceu o “alcance” da decisão que o afastou do cargo. Além disso, a defesa alegou que Cunha tem sido prejudicado com o afastamento no processo na Câmara.

“Resta evidente o prejuízo ao ora paciente, que tem deixado de exercer sua autodefesa perante o processo administrativo, uma vez que o exercício desse direito tem sido interpretado pela acusação como descumprimento da decisão proferida no bojo da AC nº 4070 [afastamento], ensejando, assim, pedido de prisão em seu desfavor”, alegam os advogados.

Crédito: Portal G1 – disponível na web 21/06/2016

 

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