Criada no reinado de Dom Pedro I, a instituição científica, então chamada de Observatório Astronômico, teve sua primeira sede na Ladeira da Misericórdia, no extinto Morro do Castelo, próxima ao prédio hoje ocupado pelo MHN.
A exposição apresenta os principais marcos institucionais ao longo da história do Observatório e também pesquisas feitas atualmente nas áreas de astronomia, geofísica e metrologia em tempo e frequência.
“O Observatório tem uma história muito rica. Foi criado em 1827 e é uma das primeiras instituições científicas do Brasil. Participou da demarcação das fronteiras do Brasil com a Bolívia, da demarcação do Distrito Federal, da expedição a Sobral (CE) que comprovou a Teoria da Relatividade”, disse o diretor do Observatório Nacional, João dos Anjos.
Ele lembra que a instituição também participou de descobertas recentes na área da astronomia como a de um exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) nomeado de Corot-32b feita por um grupo de pesquisadores brasileiros. O trabalho foi resultado de uma tese de doutorado na pós-graduação em Astronomia do Observatório Nacional.
Outra importante descoberta de pesquisadores do Observatório Nacional foi a de que asteroides também podem ter anéis como o planeta Saturno. Segundo a instituição, a descoberta expandiu o conhecimento dos cientistas, que não imaginavam que corpos pequenos como o Chariklo, com 250 quilômetros de diâmetro, poderiam ter este tipo de estrutura.
O Observatório Nacional também é responsável pela geração e disseminação da Hora Legal Brasileira – o “horário de Brasília”.
A mostra de comemoração dos 190 anos da instituição é realizada em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins e tem o apoio do Instituto Nacional de Tecnologia. A exposição fica em cartaz até 25 de fevereiro de 2018.
Agência Brasil de Notícias 24/11/2017