Líder do governo na Câmara diz que prazo limite para votar Previdência este ano é 15/12

0
737
 O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta quarta-feira que o prazo limite para votar a reforma da Previdência neste ano vence na penúltima semana de trabalhos no Congresso, já que os últimos dias de sessões do Legislativo serão dedicados à votação do Orçamento.

Aguinaldo defende que a proposta seja votada ainda neste ano, e prevê maior dificuldade para a aprovação do texto se a votação for deixada para 2018.

“Eu acho que o esforço de votar deve ser neste ano, porque no ano que vem começa o calendário eleitoral”, disse a jornalistas.

“Temos que votar até a semana do dia 17”, disse. “Antes da última semana (de trabalhos), até porque na última semana temos que votar orçamento.”

O Congresso funciona até o dia 22 e depois entra em recesso parlamentar, retomando suas atividades apenas em fevereiro. Deputados terão como prazo limite para votar a Previdência a semana entre os dias 11 e 15 de dezembro, enquanto o Congresso poderá se dedicar ao Orçamento entre os dias 18 a 22.

CLIMA

Aguinaldo avaliou que a mobilização do governo e a campanha publicitária sobre a reforma amenizaram a pressão sobre os parlamentares em suas bases. O líder disse acreditar que ainda há espaço para convencer seus pares, apesar de a posição de alguns deles estar “contaminada pela peça anterior” da proposta, muito mais abrangente do que a atual.

Na semana passada, o governo apresentou aos líderes da base uma nova versão do texto, mais enxuta do que a aprovada em comissão especial da Câmara. Na ocasião, um jantar com adesão abaixo da esperada, foi divulgado o novo texto que mantém as idades mínimas para aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 para homens), e reduz o tempo mínimo de contribuição de 25 para 15 anos.

Também na intenção de tornar a proposta mais palatável, a nova reforma não traz mais mudanças relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e às aposentadorias de pequenos produtores rurais.

“A gente tem uma pressão na base muito menor do que tinha”, disse Aguinaldo. “Houve um esclarecimento e esse clima externo começa a mudar.”

Aliados devem participar de um jantar no próximo domingo exatamente para aferir o efeito da intensa mobilização do governo pela aprovação da reforma.

Em reta final, Temer participará de jantar com base aliada na busca de votos pela nova Previdência

O presidente Michel Temer vai participar de uma jantar no domingo com presidentes e lideranças partidárias no domingo no esforço do governo para conquistar votos para aprovar a reforma da Previdência enxuta na Câmara ainda neste ano, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento das tratativas.

O encontro será realizado na residência oficial da Câmara e está sendo promovido pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem feito uma dobradinha com o governo para tentar votar a proposta.

Um dos vice-líderes do PMDB na Câmara e cotado para assumir a Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS) elogiou a iniciativa do presidente de participar do encontro. Para ele, a nova versão da reforma ainda não foi “assimilada” pela base aliada.

“O governo está num momento de prestar esclarecimentos”, afirmou Marun. O deputado disse que, até o momento, não houve nenhuma definição sobre a eventual ascensão dele para a Secretaria do Governo, no lugar do tucano Antonio Imbassahy.

Deputados da base têm se queixado também que a minirreforma ministerial não foi concluída –especialmente a completa saída dos tucanos do governo– e que o novo texto da Previdência ainda causará estragos eleitorais para os parlamentares que o apoiarem.

O Palácio do Planalto trabalha para votar a proposta, no plenário da Câmara em primeiro turno, na próxima quarta-feira.

Em entrevista coletiva mais cedo, O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo não aceitará fazer novas concessão ao texto apresentado pelo relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), na semana passada.

Segundo uma fonte, Temer também deverá se reunir com o governador de São Paulo e provável futuro presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, para tratar da saída dos tucanos do governo e do apoio que a legenda –até então principal aliada na agenda econômica– dará ao novo texto da reforma da Previdência.

Na coletiva, Padilha afirmou que o PSDB não é mais da base de sustentação do governo e afirmou que espera o apoio do PSDB na reforma ocorra pela “histórica” defesa do partido à proposta. Ele disse que Alckmin poderá ajudar na aprovação do texto se se manifestar “objetivamente” a favor do texto.

Na conta mais otimista, segundo uma fonte palaciana, o governo teria 280 votos favoráveis à reforma. Precisaria conquistar cerca de 50 votos para ter uma maioria de segurança para passá-lo na Câmara –são necessários os votos de pelo menos 308 dos 513 deputados para aprovar uma emenda à Constituição.

Uma liderança governista tinha um prognóstico mais pessimista antes da apresentação do novo texto, contabilizando 220 votos.

PRAZO LIMITE

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o prazo limite para votar a reforma da Previdência neste ano vence na penúltima semana de trabalhos no Congresso, já que os últimos dias de sessões do Legislativo serão dedicados à votação do Orçamento.

Aguinaldo defende que a proposta seja votada ainda neste ano e prevê maior dificuldade para a aprovação do texto se a votação for deixada para 2018. “Eu acho que o esforço de votar deve ser neste ano porque no ano que vem começa o calendário eleitoral”, disse a jornalistas.

“Temos que votar até a semana do dia 17”, disse. “Antes da última semana (de trabalhos), até porque a última semana temos que votar orçamento.”

O Congresso funciona até o dia 22 e depois entra em recesso parlamentar, retomando suas atividades apenas em fevereiro. Deputados terão, portanto, como prazo limite para votar a Previdência a semana entre os dias 11 e 15 de dezembro, enquanto o Congresso poderá se dedicar ao Orçamento entre os dias 18 a 22.

Crédito: Maria Carolina Marcello, Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello/Reuters Brasil – Disponível na internet 30/11/2017

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor, insira seu comentário!
Por favor, digite seu nome!