A fala vem em momento em que o governo do presidente Temer tem prometido votar em 19 de fevereiro sua proposta de reforma previdenciária, que enfrenta forte oposição de sindicatos e partidos de oposição.
Na semana passada, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marum, disse que o governo contabiliza no momento 275 votos, dos pelo menos 308 necessários para aprovar a medida na Câmara dos Deputados.
“Eu acho que a esta altura, do jeito que está, a reforma da Previdência, sem causar problema para ninguém, apenas cortando alguns privilégios, já está sendo absorvida pela população…tenho certeza de que em fevereiro nós vamos conseguir fazer a reforma da Previdência”, disse Temer.
Na entrevista, transmitida pela TV Bandeirantes, Temer afirmou ainda que não será candidato à reeleição neste ano e que quer ser “lembrado lá na frente como o sujeito que fez as reformas indispensáveis para o país”.
Ele disse também que o recente rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s aconteceu justamente devido às dúvidas em torno da aprovação da proposta para a Previdência.
“O que levou a essa nota de crédito foi a história de que não vai se conseguir fazer a reforma da Previdência…isso é fundamental para o Brasil”, defendeu.
O presidente disse ainda que um fracasso na aprovação das mudanças agora resultaria em uma necessidade de “reforma radical” na Previdência no futuro e citou exemplos de países que reduziram aposentadorias, como Portugal e Grécia.
Crédito: Luciano Costa/Reuters Brasil – disponível na internet 29/01/2018