Segurança
A candidata defendeu a desmilitarização e a unificação das polícias, bem como a definição de um plano estratégico de segurança para combater a violência no país. Disse ser contrária ao uso das Forças Armadas em ações de segurança pública. “É preciso definir um plano de emprego para a classe trabalhadora e para a juventude. Quanto maior o desemprego e a desigualdade social maior a violência”, argumentou.
Drogas
A candidata disse ser favorável à legalização das drogas no país. “De todas as drogas, para você saber quem vende, quem compra, tratar o viciado como um problema de saúde pública e fazer campanha educativa”, disse. Segundo ela, o tráfico de drogas é lucrativo e alimenta o tráfico de armas.
Crise carcerária
Para resolver a crise carcerária, segundo a candidata, é preciso levar a julgamento os presos provisórios. “Vários deles são primários e (estão presos) por portar pequenas quantidades de drogas. Esse é o problema que precisamos tratar”, disse.
Violência no campo
“Só é possível resolver a violência no campo pondo fim ao latifúndio. A violência é resultado da grilagem”, disse. Segundo a candidata, a reforma agrária resolverá a violência no campo.
Reforma Agrária
A candidata defendeu uma reforma agrária sem compensação dos proprietários das terras. “Somos a favor da reforma agrária sem indenização, porque esta terra é nossa”, disse. Para ela, a terra no país pertence ao descendentes de indígenas e dos negros. “Fazer a reforma agrária para atender o conjunto da classe trabalhadora e quem precisa produzir e sobreviver é uma necessidade”, afirmou.
Agronegócio
A candidata defende a expropriação das 100 maiores empresas privadas do país e também do agronegócio brasileiro. Para ela, a tecnologia deve ser usada para produzir alimento para a população.”O agronegócio planta capim, planta soja, engorda boi para exportar, planta cana e planta fruta. Tudo para exportar”, disse, apotando como solução o incentivo à agricultura familiar.
Mulheres
Para Vera Lúcia, mulheres e homens trabalhadores têm um adversário em comum que é o opressor. “Precisamos fazer uma campanha contra o machismo e punir os agressores”, afirmou.
Emprego
A candidata disse que, se o país deixar de pagar a dívida pública, vai ter mais 40% de recursos para gerar empregos e renda. Ela defende a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem diminuir salários, e um plano de obras públicas para a criação de vagas. “Investidores vêm aqui para buscar mão de obra farta e barata. Teríamos que diminuir a jornada de trabalho e rever as reformas feitas contra a classe trabalhadora”, disse.
Juventude
“Essa juventude antes de ser violenta é violentada”, afirmou. A candidata afirmou que é precisa garantir emprego aos pais dos jovens e a eles o direito à alimentação e à educação. “É preciso que os jovens tenham perspectiva de futuro. A juventude não pode ser tratada como um caso de polícia”, disse.
Saúde
A candidata do PSTU defende a estatização de hospitais, laboratórios e clínicas privados. Para resolver os problemas da saúde pública, segundo a candidata, o governo não deve destinar recursos para a iniciativa privada por meio da compra de leitos e a realização de exames. “Se tiver o público, não precisa do privado. Hoje o que ocorre é a concorrência do público e do privado”, afirmou.
Educação
Vera Lúcia disse que a educação brasileira “está no fundo do poço”, porque a rede pública concorre com a particular.
“A desgraça que a escola pública está vivendo vai piorar. Precisamos proteger a escola pública. Para isso, precisamos que a escola se organize”, disse. Sobre o ProUni e Fies, a candidata afirmou que “foram grandes negócios para as universidades privadas”. Ele propõe “pegar os recursos públicos para investir nas universidades públicas”. Vera Lúcia quer a estatização das faculdades privadas. “Tira o dono e torna público”, disse.
Congresso
Vera Lúcia disse que as eleições não vão resolver imediatamente a vida dos brasileiros e pediu para que os trabalhadores abracem o programa do PSTU. “Somos contra esse Congresso de carta marcada e submetido ao poder econômico”, acrescentou. Em relação à proposta de fechar o Congresso, a candidata do PSTU disse que “a decisão deveria ser dos trabalhadores organizados”.
rurais também devem passar por um processo de reforma agrária.
“Doença não pode ser um negócio”, disse a candidata. “Hoje tem direito à saúde e à longevidade quem tem dinheiro para pagar”, completou. Para Vera Lúcia, em vez dar bolsas de estudo ou financiar o ensino superior na rede privada, o governo deve expropriar as estruturas de universidades já existentes, ampliando o sistema público.
>> Assista a entrevista na íntegra:
Agência Brasil de Notícias 13/09/2018