No ano, a estatal acumula ganhos de R$ 23,7 bilhões, maior valor desde 2011 e 4,7 vezes superior ao mesmo período do ano anterior. Mas resultado trimestral é menor do que o esperado pelo mercado
A Petrobras registrou lucro de R$ 6,64 bilhões no terceiro trimestre de 2018, resultado aquém do esperado pelo mercado, que estimava ganhos semelhantes ao segundo trimestre, quando a estatal lucrou R$ 10 bilhões. No ano, a petroleira acumula R$ 23,7 bilhões de lucro, maior valor desde 2011 e 4,7 vezes superior ao mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o chamado Ebitda ajustado, atingiu o recorde histórico, de R$ 85,7 bilhões, com margem de 33%. Esse desempenho se deve a maiores ganhos nas exportações e vendas de derivados no Brasil, impulsionadas pelo aumento do preço do barril de petróleo Brent e pela depreciação do real frente ao dólar. Além disso, contribuíram para esse resultado o aumento nas vendas de diesel, a disciplina de controle de gastos e as menores despesas com juros, devido à redução do endividamento, informou a companhia.
“Nossos resultados financeiros comprovam que já estamos colhendo uma série de frutos decorrentes de nossa recuperação. É o terceiro trimestre seguido em que registramos lucro líquido”, disse o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. “Arrumamos a casa. A retomada do nosso crescimento é positiva não só para a Petrobras, como também para o país, uma vez que a empresa gera recursos para a sociedade por meio de tributos e participação nos lucros, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil pela cadeia de valor do nosso negócio”, afirmou.
O resultado teria atingido R$ 10,3 bilhões no trimestre, como estimado por especialistas, não fossem os acordos de R$ 3,5 bilhões firmados com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Securities and Exchange Commission (SEC, órgão norte-americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários) para encerramento das investigações sobre o esquema de corrupção que deu origem à Operação Lava-Jato.
Dívida
O endividamento líquido da companhia diminuiu 14% nos primeiros nove meses deste ano em relação a dezembro de 2017, atingindo US$ 72,9 bilhões em setembro, o menor nível desde 2012. Com a queda da dívida, a despesa de juros caiu de US$ 5,7 bilhões, nos nove primeiros meses de 2017, para US$ 4,5 bilhões, no mesmo período de 2018. Além disso, a gestão ativa da dívida possibilitou o alongamento do prazo médio para 9 anos, com taxa média dos financiamentos de 6,2%.
A relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado (geração de caixa) prosseguiu em queda, caindo de 3,67 dezembro de 2017 para 2,96 em setembro de 2018. Se não fossem os recursos provisionados para o acordo com as autoridades norte-americanas, a empresa teria atingido relação entre dívida líquida e Ebitda de 2,66, próxima à meta anunciada no planejamento estratégico de reduzir de 2,5 vezes até o fim de 2018.
O lucro operacional atingiu R$ 51,5 bilhões, refletindo um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. A estatal alcançou esse resultado apesar da queda no volume total de vendas de derivados no mercado interno e dos maiores gastos com participações governamentais.
O fluxo de caixa permaneceu positivo pelo 14º trimestre consecutivo, totalizando R$ 37,5 bilhões no acumulado do ano. Houve, ainda, maior realização de investimentos nos nove primeiros meses do ano, totalizando R$ 32,3 bilhões, 10% superior ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 89% foram destinados para a área de exploração e produção.
Produção
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras em 2018 foi de 2 milhões 617 mil barris de óleo equivalente (boe), 6% menor em relação ao mesmo período de 2017. Esse desempenho se deve, principalmente, ao desinvestimento dos campos de Lapa e Roncador.
Em comparação aos nove primeiros meses do ano passado, a produção de derivados no Brasil caiu 2% e a venda doméstica, 4%, devido à redução nas vendas de nafta para a Braskem e à perda de participação de mercado da gasolina para o etanol. As vendas de diesel, no entanto, aumentaram 6% devido ao ganho de market share e ao aumento da demanda, a partir do programa de subvenção do governo federal.
Crédito: Simone Kafruni/Correio Braziliense – disponível na internet 07/11/2018
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