Reverberações da IV Oficina Lucro Social ASMETRO-SN – FenaPRF realizada nos dias 13, 14 e 15 de dezembro 2018 em Brasília – 18 de dezembro de 2018 – 1323 acessos
Para especialista, ações da PRF não podem estar em “pacote único”
“Sustentabilidade” foi o tema da palestra da administradora Alda Marina Campos, sócia fundadora da Pares Estratégia & Desenvolvimento, no primeiro dia (13/12) da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negócios e Transparência no Setor Público. Assessorando empresas e empreendedores desde 2010, com trabalhos em redes, ela ficou impressionada com os números de indicadores apresentados pelos policiais rodoviários federais, na IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negócios e Transparência no Setor Público.
“Soube no evento que a Polícia Rodoviária Federal foi responsável por 51% da apreensão de drogas no país no ano passado. Eu não tinha noção disso. De que forma isso pode ser explanado para que a sociedade entenda a relevância de um trabalho que muitas vezes é colocado num pacote único? Isso tem que ser repensado”, comentou a palestrante.
O “pacote único”, observou, é quando também o trabalho da PRF é incluído em outros setores do serviço público, não tão bem avaliados pela população, como é a categoria. “É interessante ver o protagonismo de uma instituição de querer olhar para si, ver o que pode e precisa mudar para valorizar o que tem, e depois aprimorar o que tem, e ainda poder fazer isso usando uma ferramenta que permite o diálogo com outras instituições públicas”.
E completou: “Para mim está claro que o propósito do evento de trazer uma ferramenta de medição e de transparência, de clareza, de como um trabalho é eficaz ou não para a sociedade sobre outras lentes é extremamente relevante para o processo de desenvolvimento de qualquer instituição e organização, grupo ou rede”.
Rodrigo Felix: empenho e dedicação dos participantes foram grandiosos
“Quando você pode medir e expressar em números, você sabe algo sobre o assunto; mas quando você não consegue expressar em números, seu conhecimento é escasso e insatisfatório”. (Lord Kelvin (1824-1907), cientista britânico nascido na Irlanda).
Chefe do Laboratório de Ultrassom e Coordenador do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia do Inmetro, Rodrigo Félix, falou sobre o tema “a metrologia e o lucro social”. Para ele, é fundamental a utilização da ferramenta lucro social para medir as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outras, de expressiva complexidade de ações em benefício da sociedade. Medir, segundo ele, é fundamental. Por isso, na IV Oficina de Lucro Social, ministrada pelo Asmetro-SN, para a FenaPRF, iniciou a sua fala com a frase do cientista britânico.
Com a discussão de muitos indicadores, traduzidos em números estimados e projetados, para Rodrigo Felix, doutor em Engenharia Biomédica, a IV Oficina de Lucro Social, foi um absoluto sucesso. “Os servidores da PRF deixaram evidente a alta qualificação de seu quadro de pessoal. Foram discutidos indicadores para cinco relevantes atividades da PRF em todo território nacional, totalizando mais de R$ 3,1 bilhões de lucro social”, comentou.
O empenho e a dedicação dos participantes foram grandiosos, avaliou.
“ Certamente eles estão munidos de conhecimentos sobre a ferramenta de Lucro Social capazes de dar maior dinamismo às atividades da corporação, permitindo mais transparência e evidenciando a sustentabilidade das atividades da PRF”.
Na oficina, ressaltou, os princípios fundamentais da metrologia, incluindo a definição de erro e incerteza, foram apresentados de maneira simples e direta. Na sua opinião, “os conceitos de risco do consumidor e risco do produtor foram apresentados e discutidos, incluindo um exemplo prático da importância do uso dos fundamentos da metrologia para evitar avaliações incompletas ou incorretas da conformidade a requisitos da qualidade”.
E completou: “O saldo de três intensos dias de atividade foi muito positivo tanto para a PRF quanto para o Asmetro-SN. Estou muito satisfeito e agradecido por ter tido a oportunidade de contribuir para a IV Oficina de Lucro Social”.
FENAPRF convida IPEA a participar da IV Oficina de Lucro Social
A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) convidou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a participar da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público, para auxiliar na construção de indicadores relacionados aos impactos de acidentes de trânsito. O Ipea foi representado pelos pesquisadores Luiza de Alencar Dusi e Juan Pablo Mikan, nos três dias do evento (13 a 15), em Brasília.
Lotada na Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura do Ipea (Diset), há cerca de dois anos, a engenheira civil, Luiza Dusi, lembrou que, em 2003, o Instituto realizou uma pesquisa de impactos econômicos de acidentes de trânsito, que teve seus valores atualizados em 2015. “Além disso, em breve serão publicados estudos que atribuem valores monetários a parâmetros que não possuem valor de mercado, mas que precisam ser considerados em avaliações econômicas de projetos”.
Como exemplo, ela citou o custo de mortes causadas por acidentes de trânsito – “dado relevante na construção dos indicadores de lucro social, que é o tema da oficina”.
Na opinião da pesquisadora, a metodologia de construção de indicadores de lucro social abordada na oficina é bem clara e direta. “Viemos aqui para contribuir com nosso conhecimento específico em segurança viária, porém estamos aprendendo e levando de volta muito mais”, comentou.
A tarde de oficina, com a realização do trabalho de grupo, foi bem produtiva, disse Luiza. “Principalmente por proporcionar discussões sobre a metodologia, pois apenas na hora de aplicar é que surgem as dúvidas e em consequência a compreensão de fato”. Contudo, fez questão de lembrar: “É importante ressaltar que os indicadores apresentados foram fruto de um exercício e que não devem ser diretamente aplicados”.
Na própria oficina, acrescentou, foram abordadas metodologias de validação de indicadores, etapa essencial e realizada por especialistas. Foi um evento muito importante para a ampliação de conhecimentos, disse. “Por isso, parabenizo a FenaPRF pela inciativa e a ASMETRO pelo curso. O Lucro Social é uma importante ferramenta de transparência que beneficia tanto as instituições quanto a sociedade”.
Vantagens do lucro social: melhora a percepção da instituição
O engenheiro mecânico Eduardo Ribeiro de Oliveira, no Inmetro desde 2002, palestrou sobre o tema “Instrumentos sujeitos ao controle metrológico legal na área de atuação da PRF”. Ele enfatizou que a ferramenta lucro social tem várias vantagens para todo o serviço público, mas as principais devem estar em primeiro plano: “A ferramenta serve para fazer com que o próprio órgão melhore essa percepção. E depois, num segundo momento, para mostrar esse impacto aos governos e à população”
Em sua palestra, como disse, ele tentou transmitir para os policiais rodoviários federais um pouco do que o Inmetro faz e sua relação com as atividades executadas pela PRF. “Entendo que o lucro social é uma ferramenta que serve não só para o Inmetro, mas para todos os órgãos públicos. Para mostrar que nosso trabalho tem um impacto que, às vezes, não é diretamente percebido”.
O que achou do interesse da FenaPRF em conhecer a metodologia do lucro social? “Fantástico! O pessoal se mostrou muito interessado justamente pela possibilidade de divulgação desse importante trabalho que eles realizam diariamente nas rodovias brasileiras”.
Para o especialista, pelo fato de possibilitar grandes vantagens nas avaliações dos indicadores, nem sempre percebidos e apresentados à sociedade, “ cada vez mais, a ferramenta de lucro social será disseminada nas instituições, ajudando a melhorar o serviço público em geral”.
Ferramenta lucro social gera respeito aos servidores públicos
Representando o Diretor Geral IPEM-ES, Amarildo Selva Lovato, Emerson Marcelo de Moraes Mendes, acredita que a aplicação do lucro social, conforme a metodologia do Asmetro, “fará um diferencial ao país, que só tende a ser mais respeitado e seus servidores públicos também, através dessa ferramenta”.
Ele acredita que a partir da IV Oficina, outras instituições estarão utilizando o lucro social para demonstrar que “não adianta apenas fazer o dever de casa e sim ter um comprometimento maior com a sociedade e o país”. Entretanto, é necessário que haja maior publicidade da iniciativa, pois assim, “as autoridades e gestores públicos verão a importância de seus servidores, para que num futuro próximo possam ser mais valorizados”.
Ele também comentou que nas cinco apresentações feitas de forma coerentes, bem pesquisadas e conservadoras, obteve-se 3,17 bilhões de lucro social, chegando próximo ao orçamento da PRF. “Reitero assim os parabéns aos idealizadores desta nova visão”, que fazem esse trabalho importante no Asmetro-SN.
ASMETRO-SN 18/12/2018
Presidente da FenaPRF: satisfação da sociedade passa de 85% para 90%
Pesquisa de opinião constatou que a confiança da sociedade em relação ao trabalho dos policiais rodoviários federais teve um importante aumento de cinco pontos porcentuais: passou de 85% para 90%. A informação foi anunciada neste sábado (15/12), pelo presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Deolindo Paulo Carniel, durante o encerramento da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público, realizada em parceria com o Sindicato Nacional dos Servidores de Metrologia Normalização e Qualidade (Asmetro-SN), em Brasília. Eis a entrevista:
Asmetro-SN: Qual a importância da IV Oficina de Lucro Social para a categoria?
FenaPRF: O trabalho dos policiais rodoviários federais (PRF) abrange diversas áreas, compreende multiplicidade de ações e muitas vezes a sociedade não tem conhecimento; nem o próprio governo conhece todos os resultados, obtidos através de suas próprias atribuições ou de parcerias com os mais diversos órgãos. Por isso, a ferramenta do lucro social é muito importante. A sua aplicação vai conseguir pontuar, demonstrar as nossas várias ações. Os policiais rodoviários federais têm papel relevante; com o mínimo que temos, produzimos resultados extremamente expressivos para a sociedade brasileira. Por isso, com a ferramenta do lucro social será possível quantificar e qualificar ainda mais o nosso trabalho para que possamos levar à sociedade e ao governo brasileiro a realidade do que os PRF produzem ao longo de um ano ou de uma década.
Asmetro-SN – A categoria é bem avaliada pela sociedade, com 85% de satisfação.
FenaPRF: É o que buscamos, bons índices de confiança. Essa avaliação dos 85%, no Brasil, foi feita em 2017. Agora vamos divulgar uma nova pesquisa, bem recente, realizada nos meses de novembro e parte de dezembro deste ano. A boa notícia é que esse porcentual de aprovação subiu, chegando bem próximo a 90%. Estamos divulgando aqui em primeira mão.
Asmetro-SN – Quando a pesquisa completa será divulgada?
FenaPRF: Vamos divulgar no final do ano, no fechamento de nosso balanço.
Asmetro -SN: A que o senhor atribui esse aumento de satisfação?
FenaPRF: Acredito que esteja relacionado ao tema da segurança pública, que vem sendo bastante discutido na sociedade. As eleições de 2018 trouxeram essa pauta para todos os candidatos. A pauta segurança pública não era de um ou outro candidato, mas de todos, porque era uma necessidade da sociedade, de todos. Acredito que esse debate, a discussão do tema, contribuiu para melhorar a imagem da Polícia Rodoviária Federal e os resultados.
Asmetro-SN – Há investimentos nessa área?
FenaPRF: Sim, porque é importante buscar a comunicação com a população, informar, prestar esse serviço. O trabalho de divulgação de imagem, certamente, é fundamental. Pode-se ver hoje a imagem das ações da PRF informando as suas ações. É a primeira vez que estamos investindo em índices sociais. Isso está gerando bons resultados nos trabalhos dos policiais.
Asmetro-SN: Durante a IV Oficina foi amplamente debatida a visão negativa que, em geral, a sociedade tem do serviço público, com exceção da PRF, “considerada exceção, uma excelência”.
FenaPRF: É nossa obrigação. Somos servidores públicos da União, trabalhando para a sociedade, que nos transfere a responsabilidade de sermos a força armada do Estado. Por isso, temos a responsabilidade muito grande de prestar um serviço de qualidade. Quanto ao reconhecimento, traduzido nesses números de satisfação, é fruto de toda essa gama de ações. O modelo que temos de carreira única, de uma polícia estruturada, é possível reverter em bons ganhos para a sociedade brasileira. É o que buscamos todos os dias.
PIB nas estradas é lucro social para a Polícia Rodoviária Federal
Para o pesquisador tecnologista em metrologia e qualidade do Inmetro, Arcádio de Paula Fernandez, pela multiplicidade e relevância das ações desenvolvidas, os policiais rodoviários federais possuem uma gama infinita de indicadores no contexto do lucro social. “A gente praticamente não pensa nisso, mas vamos lembrar que a grande parte, talvez uns noventa por cento, do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos pelo país – passa pelas estradas”.
O papel fundamental da categoria, dentro da questão do lucro social, na avaliação de Arcádio, merece ampla visibilidade da sociedade. “A polícia rodoviária federal está nas estradas também fazendo análises, verificando notas fiscais, parando carros com mercadorias, orientando sobre a necessidade de mais atenção em acostamentos, entre outras centenas de atividades, pouco reconhecidas”, comentou.
“Ferramentas da qualidade para apoiar a elaboração de indicadores” foi o tema da palestra de Arcádio. Ele acredita que a parceria da FenaPRF com o Asmetro-SN trará grandes possibilidades de produção de indicadores do lucro social. “A iniciativa da FenaPRF é louvável e fortalece a categoria demonstrando quais os resultados estão sendo gerados para a sociedade”, disse.
E completou: “A gente sabe que a sociedade está cansada de ter serviços sem muita qualidade e presteza. A Policia Rodoviária Federal é um caso a parte, de excelência e deve mostrar isso através de indicadores de lucro social. Repensar isso, será ótimo”.
“Consolidar o trabalho que a categoria realiza e quantificar o que produzimos como, apreensão de drogas, armas e munições; redução de acidentes e o combate ao crime ambiental”. É o que o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Dovercino Borges Neto, espera da parceria com o Asmetro-SN, na realização da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público.
Com três dias de duração, o evento começou quinta-feira (13) e termina neste sábado (15), no Villa Velluti Hotel, em Brasília, reunindo cerca de 35 representantes de 12 Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais em todo o país, do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Inmetro.
O vice-presidente da FenaPRF lembrou que pesquisa recente apontou que a categoria tem a confiança de 85% da sociedade brasileira. “Precisamos de uma forma técnica, com números auditáveis, traduzir tudo isso para apresentar ao governo e a sociedade”.
Dessa forma, ele acredita que será possível a sociedade conhecer, de forma inconteste, o trabalho dos policiais rodoviários federais. “Para isso, estamos investindo na realização da oficina do lucro social, fundamental para que posamos fazer a leitura desses números e dar credibilidade para que possamos falar com autoridade sobre o que produzimos”.
“Estamos muito felizes com a parceria com o Asmetro-SN, entidade séria, respeitada, uma referência. Por isso estamos gratos pela disponibilidade e parceria”, finalizou.
Mulher PRF: oficina oferece vastidão de vantagens
Grávida de nove meses, formada em Direito, a policial rodoviária federal, Stefani Juliana Vogel, 32 anos, preferiu deixar o conforto de sua casa, para participar da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público.
“Apesar do avançado estado de gravidez, a proposta de aprender sobre essa ferramenta de negociação e transparência é muito relevante para o Órgão; por isso não quis perder a oportunidade. Estou bastante impressionada com a vastidão de vantagens que o levantamento do lucro social oferece”, comentou Stefani.
Atualmente ela trabalha na Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal. Natural de Santa Catarina, onde trabalhava como Procuradora da Câmara de Vereadores no município de Indaial, daquele estado, a sua história profissional na PRF tem estrada: começou em 2016, quando Stefani foi convocada para o curso de formação realizado em Florianópolis.
“Como a atividade burocrática de escritório havia me estafado, resolvi aceitar a proposta de uma nova vida sem rotina e com muita adrenalina que a PRF me oferecia. Ao entrar no curso de formação, após um mês e meio comecei a me relacionar com meu colega de sala, natural de Brasília e hoje meu marido”. O amor falou mais forte. Faltando um mês para terminar o curso e tendo apenas algumas poucas semanas de relacionamento, o casal abriu mão das classificações para a realização do sonho de serem lotados juntos. “Fomos, assim, colocados ao final da fila da classificação e enviados para atuar no interior de Rondônia”, relatou Stefani.
Um ano e meio após essa experiência de trabalho operacional de muito aprendizado, conforme contou, ela recebeu proposta para trabalhar na sede da Instituição em Brasília, para onde o marido também foi transferido. A combinação de coragem e determinação, mostra que tudo valeu à pena, avalia Stefani, única mulher da PRF na oficina.
Hoje, no meu nono mês de gestação estou presente na IV Oficina de Lucro Social promovida pela FenaPRF e pelo Asmetro. “Estou aprendendo muito. Apesar do avançado estado de gravidez, a proposta de aprender sobre essa ferramenta de negociação e transparência é muito relevante para todos nós. Eu não podia perder essa oportunidade”.
Sérgio Mendonça: Poupar vidas nas estradas é o maior instrumento da Policia Rodoviária Federal
“Poder trabalhar preventivamente para poupar vidas nas estradas é o maior instrumento da polícia rodoviária federal. O ganho social é de tamanha importância que não há como ser mensurado, afinal, o que está centro da questão é o bem mais precioso: a vida”.
Essa é a avaliação do economista Sérgio Mendonça, ex-secretário de Recursos Humanos e de Relações do Trabalho, do Ministério do Planejamento, um dos palestrantes na quinta-feira (13), da IV Oficina realizada pelo Asmetro SN, para a FenaPRF. Ele falou sobre o tema “lucro social como potencial impacto em negociações sindicais”.
O economista considera muito positiva a parceria da FenaPRF com o Asmetro-SN, no aprendizado e domínio das técnicas e dos conceitos do lucro social, elementos fundamentais para serem colocados à mesa com os patrões, no caso, o governo federal, no momento da negociação.
“Esse conhecimento é relevante, porque a categoria precisa de elementos para qualificar a negociação coletiva a fim de defender os seus interesses. Quanto mais tiverem ferramentas, instrumentos e indicadores de fundamentação da pauta de reivindicação, estarão mais aptos a dialogar com os interesses mais amplos da sociedade. E a intenção do lucro social é essa”, explicou o economista.
Ele acrescentou que, no caso da policia rodoviária federal, no que se refere a sua missão específica, mas também para resultados gerais, de interesse de toda sociedade, “quanto mais indicadores de lucro social a categoria possuir, melhor será o resultado da negociação, porque ajudará a defender a sua pauta de reivindicação”.
E acrescentou: “Não estou dizendo que isso vai levar ao atendimento da pauta. Mas na hora da negociação, coloca o empregador – no caso o governo federal – a ter a necessidade de fundamentar a sua concordância com eventuais itens da pauta de reivindicação, concordância parcial ou até a uma posição negativa à pauta. Mas essa posição, seja lá qual for, requer qualificação”. Segundo ele, portanto, daí, a importância do domínio sobre as ferramentas e os indicadores do lucro social na mesa de toda negociação.
Jornalista debate a visão da população sobre o funcionalismo público
A IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público, realizada pelo Asmetro-SN, para a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), contou com palestras sobre temas relevantes para a categoria. Na quinta-feira (13), a primeira a falar foi a jornalista Vera Batista, do Correio Braziliense, que apresentou o tema “A visão da população sobre o funcionalismo público”.
Ao colocar em debate questões que ainda hoje merecem ser repensadas – como a forma negativa que a população define esse atendimento – ela ressaltou que, o caso da PRF, com 85% de aprovação da sociedade, é uma exceção. “Mas pesquisas mostram que, em geral, a sociedade vive insatisfeita com o atendimento que recebe das instituições públicas”, comentou.
Pesquisas e a própria população, reiteram a necessidade de o setor público reduzir o tempo de espera no atendimento às pessoas, observou a jornalista. Segundo ela, o contato diário com a população e a falta de retorno às solicitações de informações, muitas vezes básicas, elementares para a produção de uma reportagem, retratam essa postura, que resulta na visão desfavorável à imagem do setor púbico.
“Percebemos que é preciso aprimorar o atendimento ao usuário, aumentando a eficiência na prestação de serviço, para gerar satisfação na população. Reconhecemos que nem todos os setores são assim, mas em geral os servidores não são bem informados. Vimos que a polícia rodoviária federal é muito bem avaliada. O interesse em participar da oficina é um ponto muito positivo”, comentou a jornalista.
Créditos : Imagens Sergio Vinícius da FenaPRF e matéria da Jornalista Tania Malheiros
ASMETRO-SN 15/12/2018
IV Oficina de Lucro Social- ASMETRO-SN/FenaPRF dias 13, 14 e 15 de dezembro em Brasília
O ASMETRO-SN foi convidado pela diretoria executiva da FenaPRF para coordenar os trabalhos de desenvolvimento dos indicadores de Lucro Social da PRF.
A oficina ocorrerá em Brasília, entre os dias 13 e 15 de dezembro e contará com a presença de vários especialistas, entre eles os servidores do Inmetro: Arcádio Fernandez, Bruno Couto, Eduardo Oliveira, Henrique Alves, Léssio Nunes, Marcelo Nascimento, Rodrigo Félix, Rodrigo Ozanan e Sérgio Ballerini.
IV OFICINA DE LUCRO SOCIAL: LUCRO SOCIAL COMO FERRAMENTA DE TRANSPARÊNCIA, NEGOCIAÇÃO E AUXILIO A GESTÃO NA PRF
Ao longo dos anos a sociedade tem demandado das empresas ações cada vez mais específicas e voltadas para questão social. Com o intuito de atender aos anseios de cidadãos cada vez mais exigentes, foi criada no século XX uma série de Ferramentas que possibilitam as empresas apresentarem-se de modo cada vez mais transparente, quantificando suas ações, outrora despercebidas, apresentando-as sob a forma do que se convencionou chamar “Balanço Social”. Estes balanços que retratam as questões de sustentabilidade social e o relacionamento entre as instituições, os shareholders e stakeholders, no setor privado, já tem uma metodologia consagrada e bastante difundida, destacando-se no Brasil o modelo Ibase.
No setor público, contudo, apontar o retorno social, não pode ser encarado da mesma forma. Assumindo que a sociedade é o patrão e beneficiário direto das ações oriundas de empresas públicas, qual é o retorno ao cidadão, economicamente falando, das ações ou dos processos gerenciados/fiscalizados por entidades públicas? Como mensurar o ganho ou a economia gerada pela ação direta ou indireta do Estado?
Para responder esta pergunta no âmbito da Polícia Rodoviária Federal, a FENAPRF vem utilizando a ferramenta desenvolvida pelo ASMETRO-SN e voltada exclusivamente para o setor público: o “Lucro Social”.
Lucro Social é um conceito adaptado do modelo Embrapa e consiste na criação de indicadores sociais devidamente validados e alimentados por bases de dados críveis, elaborados por profissionais com profundo conhecimento de suas respectivas áreas / instituições,
O Lucro Social, segundo o ASMETRO-SN é definido como:
“quantificação do retorno e/ou economia, em prol da sociedade, dos investimentos feitos em função da ação de um órgão governamental, quer seja diretamente, através das ações de fiscalização, regulação e controle, ou indiretamente, através de desdobramentos de duas ações”. (Ozanan, et al)
Entre outras vantagens, o lucro social pode ser usado como ferramenta de transparência das ações sociais para aproximação com os diversos setores da sociedade e, por parte dos sindicatos e associações, em mesas de negociação.
O objetivo desta oficina é transferir a Polícia Rodoviária Federal, através de sua Federação, mecanismos para elaboração de indicadores de lucro social críveis de modo a apresentar à sociedade a importância das ações desempenhadas por esta instituição, apresentando números concretos de seu desempenho, ou seja: explorar o Lucro Social da PRF como uma ferramenta de TRANSPARÊNCIA DAS AÇÕES SOCIAIS.
Outro objetivo é trazer à tona os números, abrangência e impacto das ações da PRF junto à sociedade para que estas possam ser utilizadas como moeda de troca de alto valor agregado em mesas de negociação com o governo federal, ou seja: utilizar o Lucro Social como uma ferramenta de NEGOCIAÇÃO.
Finalmente, mas não menos importante, possibilitar ao gestor, através do entendimento correto do processo e do impacto do desdobramento de suas ações nos processos, a análise mais correta dos recursos da instituição, maximizando seu potencial no cumprimento de sua missão institucional, ou seja: utilizar o Lucro Social como mais uma ferramenta de GESTÃO.
A oficina abordará os seguintes temas:
- Apresentação da visão da população sobre o funcionalismo público.
- Sustentabilidade e os Desafios da Transparência
- Conceito de Lucro Social, a importância do domínio da mesma e seu potencial impacto em negociações sindicais.
- Ferramentas necessárias para identificação dos processos relevantes da PRF e elaboração de indicadores de lucro social.
- Criação dos indicadores de lucro social da PRF para os processos identificados na oficina.
O evento terá a participação de especialistas em cada um dos temas abordados, estudos de caso, mesa redonda, elaboração e apresentação do esboço de cada indicador de Lucro Social da PRF.
saiba mais : www.asmetro.org.br/workshopII/
ASMETRO-SN 11/12/2018