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A pandemia da COVID-19

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Com 474 novas mortes, Brasil registra mais vítimas da COVID-19 que a China.

Ministro da Saúde reconhece gravidade de pandemia no Brasil.

Pfizer diz que vacina para COVID-19 pode estar pronta no final de 2020.

Contra Covid-19, Portugal cria selo de qualidade para limpeza em estabelecimentos turísticos.


Com 474 novas mortes, Brasil registra mais vítimas da COVID-19 que a China

O Brasil passou nesta terça-feira (28) a registrar mais mortes decorrentes da COVID-19 do que a China, que foi o epicentro do novo coronavírus.

Segundo o Ministério da Saúde, 474 novas mortes foram confirmadas nas últimas 24 horas, totalizando 5.017 no país. É a maior elevação diária do número de mortes para um único dia, lembrando que esse número diz respeito aos óbitos que foram confirmados no período, independentemente da data em que tenham ocorrido.

De acordo com os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a China registra 4.643 mortes decorrentes da COVID-19. De acordo com a atualização divulgada pelo governo federal, o número de casos no Brasil cresceu 8,1%, chegando a 71.886 (acréscimo de 5.385 casos). Na China, são 84.347 casos.

O Brasil vive um problema crônico de falta de testes. Algumas das mortes que receberam confirmação somente agora se referem a óbitos ocorridos no final de março.

Dada a velocidade com que novas mortes são registradas, o Brasil tende a ampliar essa diferença com a China daqui pra frente, mesmo que o país asiático faça mais revisões pra cima do seu número de mortos. O Brasil caminha para ser o 4º epicentro da COVID-19.

A China conseguiu interromper o avanço da epidemia utilizando medidas duras, com isolamento social radical e bloqueio de cidades. Mas isso não eliminou o vírus. Ela ainda possui 898 casos ativos e teme uma segunda onda da doença em seu território, já que sua população permanece suscetível.

Os chineses foram os primeiros a serem afetados pela pandemia causada pelo Sars-Cov-2, um novo tipo de coronavírus, que foi relatado a primeira vez na cidade de Wuhan, na região central do país, a partir de um mercado de animais silvestres. Desde então, o vírus tem se espalhado pelo mundo, desafiando os sistema de saúde, a ciência, os líderes mundiais e a economia global.

Panorama

Segundo o Ministério da Saúde, dos 71,8 mil diagnosticados com COVID-19 no Brasil, 5.017 morreram,  o que corresponde a 7% dos casos conhecidos. O número de mortes ainda pode ser maior, considerando 1.156 óbitos ainda sem causa conhecida e suspeitos de relação com o novo coronavírus.

Dos demais, 32.544 são considerados recuperados e outros 34.325 seguem em acompanhamento.

Estados

No Brasil, segundo os números do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo é aquele que concentra o maior número de casos, com 24.041 registros da doença e 2.049 mortes. Na sequência, em números totais, há 8.504 casos confirmados e 738 mortes no Rio de Janeiro. O Ceará registra 6,9 mil casos e 403 mortes, Pernambuco registra 5,7 mil casos e 508 mortes e o Amazonas registra 4,3 mil casos e 351 mortes.

Proporcionalmente, a maior incidência média está nos estados do Amapá e do Amazonas, que possuem, respectivamente, 1.085 e 1.046 casos a cada um milhão de habitantes. Ceará (758/milhão), Roraima (702/milhão), Pernambuco (599/milhão) e São Paulo (524/milhão) são os demais quatro estados com 500 casos ou mais a cada 1 milhão de habitantes.Boletim Coronavírus - 28/04

Boletim da pandemia do novo coronavírus, divulgado nesta terça (28) pelo Ministério da Saúde Foto: Reprodução/Ministério da Saúde
Crédito: Cecília do Lago e Guilherme Venaglia da CNN Brasil – disponível na internet 29/04/2020
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Ministro da Saúde reconhece gravidade de pandemia no Brasil

Depois de minimizar a pandemia e diante do aumento do número de mortes em decorrência do coronavírus no Brasil, o ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu que houve “um agravamento da situação” no país.

“O que tem que ficar claro é que é um número que vem crescendo. Há uns dias atrás eu falei que poderia ser um acúmulo de casos de dias anteriores, que foi simplesmente resgatado. Mas como a gente tem a manutenção desses números elevados e crescentes, temos que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, como um agravamento da situação”, disse Teich.

O ministro, porém, destacou que o agravamento está restrito a algumas regiões, como Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

A contagem diária de mortes por covid-19 no Brasil atingiu número recorde nesta terça-feira, com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. Até agora, o número mais alto de mortes registrado em apenas um dia era de 407, no dia 23 de abril.

Ao ser questionado por jornalistas sobre as mortes, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que não faz milagres. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”. Posteriormente durante uma entrevista, Bolsonaro disse que é função de Teich falar sobre os números da covid-19 no país e baixou o tom.

“Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas, mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente que a gente quer, se um dia morrer, ter uma morte digna, né? E deixar uma boa história para trás”, afirmou Bolsonaro.

Crédito: Deutsche Welle Brasil – disponível na internet 29/04/2020


Pfizer diz que vacina para COVID-19 pode estar pronta no final de 2020

A farmacêutica americana Pfizer afirmou nesta terça-feira (28) que uma vacina para a COVID-19 pode estar pronta para uso emergencial nos Estados Unidos, durante o outono americano, que ocorre de setembro a novembro. A aplicação, entretanto, precisa ser aprovada em testes de segurança. 

Os testes da vacina, que já começaram na Alemanha, podem iniciar nos EUA na próxima semana, se as autoridades reguladoras permitirem, afirmou o CEO da companhia, Albert Bourla, em uma entrevista. Segundo o empresário, os resultados do estudo podem estar disponíveis em maio. 

Segundo a Pfizer, se os testes de segurança forem bem-sucedidos, a distribuição da vacina para uso emergencial poderia começar a partir de setembro e a autorização para uso geral, no final de 2020. 

Crédito: CNN Brasil – disponível na internet 29/04/2020


Contra Covid-19, Portugal cria selo de qualidade para limpeza em estabelecimentos turísticos
Portugal ainda vive sob o estágio de emergência, imposto em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mas o país já começa a pensar em como retomar a confiança de visitantes internacionais e viajantes domésticos quando a pandemia passar. Uma das medidas foi a criação do selo “Clean & Safe”, para empresas do setor turístico que atenderem a novos padrões de qualidade de limpeza e higiene.

O certificado já pode ser pedido por estabelecimentos como hotéis e agências de viagem, registrados junto à Autoridade Turística Nacional. O selo será dado às empresas que assegurem o cumprimento de requisitos de higiene e limpeza para prevenção e controlo da Covid-19 e de outras eventuais infeções.

Ele terá validade de um ano e exige a implementação nas empresas de um protocolo interno que, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, assegura a higienização necessária para evitar riscos de contágio e garante os procedimentos seguros para o funcionamento das atividades turísticas.

Quem for aprovado neste processo poderá exibir o certificado em seus estabelecimentos, tanto fisicamente quanto em páginas na internet e perfis em redes sociais. A ideia é dar ao consumidor mais um parâmetro de escolha na hora de contratar um serviço turístico.

A crise sanitária do novo coronavírus 19 atingiu em cheio o setor do turismo português, responsável por 8,7% do PIB daquele país. Segundo um estudo da  consultoria britânica Oxford Economics,  2020 terá, no total, sete milhões de visitantes internacionais a menos do que os registrados em 2019, uma queda de 40% de um ano para o outro. Na Europa, só Itália e Espanha, os países mais afetados pela Covid-19 no continente, terão resultado pior.

Crédito: O Globo – disponível na internet 29/04/2020

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