Reforma Tributária chega ao Congresso

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  • Maia e Alcolumbre recebem de Paulo Guedes proposta do governo de reforma tributária.
  • Projeto do governo cria nova contribuição unificando PIS e Cofins.
  • Líderes partidários destacam em Plenário a retomada de discussão da reforma tributária
  • Reforma tributária. Quando todos pagam, todos pagam menos – apresentação em PDF.
  • Assista o Vídeo: Proposta de reforma tributária do governo chega ao Congresso

Maia e Alcolumbre recebem de Paulo Guedes proposta do governo de reforma tributária

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, receberam nesta terça-feira (21) do ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta do governo de reforma tributária. O texto cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual e vai tramitar em conjunto com as demais propostas sobre o tema que estão em análise no Congresso Nacional.  

Rodrigo Maia elogiou a iniciativa do governo e afirmou que a reforma tributária vai garantir segurança jurídica para o setor produtivo. Segundo ele, independentemente do texto que vai ser aprovado (se a unificação de todos os impostos ou apenas os federais), o importante é avançar na proposta.

“Antes de ouvir os críticos, que a imprensa ouça os que prepararam a proposta do governo e as que tramitam na comissão mista para compreender o real objetivo. A gente sempre vê críticas de pessoas que têm o legítimo direito, mas não sabem o que está escrito nem qual o objetivo. O importante é discutir a reforma da forma como está redigida”, disse Maia.

Simplificação
Davi Alcolumbre afirmou que a entrega da proposta é histórica e defendeu um texto de consenso entre as duas Casas e o governo. “É o primeiro passo para fazer a reforma. Hoje, temos um emaranhado de resoluções, portarias e leis que complicam a vida dos investidores e atrapalham os empresários. É preciso criar um novo ambiente de negócios”, disse Alcolumbre.

Paulo Guedes afirmou que confia no caráter reformista do Congresso Nacional e disse apoiar o “acoplamento” das propostas do governo e do Parlamento. Ele reconheceu que o Executivo atrasou o envio da proposta por “circunstâncias políticas”.

Segundo o ministro, o governo apoia a unificação de todos os tributos – federais e municipais – que incidem sobre o consumo, mas que, em respeito à Federação, apresentou ao Parlamento apenas a unificação de impostos federais. “Trazemos o IVA dual e, por isso, em respeito à Federação e ao Congresso, não nos cabe invadir o território dos estados”, afirmou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias 22/07/2020


Projeto do governo cria nova contribuição unificando PIS e Cofins

Projeto que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços é a primeira etapa da reforma tributária, entregue hoje pelo ministro Paulo Guedes aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre

O Projeto de Lei 3887/20 cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%, em substituição ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O texto, que está sendo analisado pela Câmara dos Deputados, corresponde à primeira etapa da reforma tributária pretendida pelo governo federal.

Atualmente, o Congresso Nacional já discute duas propostas de reformulação do sistema tributário brasileiro. Uma prevê a substituição de cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), e está sendo analisada por um comissão especial da Câmara (PEC 45/19). A outra, que unifica nove tributos e tramita no Senado, está sendo debatida por uma comissão mista de deputados e senadores (PEC 110/19).

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, no caso de PIS e Cofins é necessário fazer um realinhamento com o padrão mundial de tributação do consumo: a tributação do valor adicionado. “Essa nova legislação garante neutralidade, alinhamento internacional, simplificação e transparência na tributação do consumo”, diz a justificativa apresentada.

O projeto enviado ao Congresso estabelece que a CBS será apurada e recolhida pelas empresas mensalmente, e incidirá sobre operações com bens e serviços no mercado interno e em importações. Receitas decorrentes de exportação estão isentas da nova contribuição.

A base de cálculo será a receita bruta auferida pela empresa em cada operação, excluindo o ICMS, o ISS, a própria CBS e descontos incondicionais indicados no documento fiscal.

Cesta básica
A CBS não incidirá sobre entidades beneficentes de assistência social (imunes), produtos in natura – não industrializados nem embalados –, templos religiosos, partidos políticos, sindicatos, federações, confederações e condomínios residenciais.

Também são isentas receitas obtidas com a venda de produtos da cesta básica e com a prestação de serviços de transporte público coletivo municipal de passageiros (rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário).

A nova contribuição não incide ainda sobre a venda de imóvel residencial novo ou usado para pessoa natural nem sobre valores recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) a título de prestação de serviços de saúde por entidades particulares. Estão igualmente isentas receitas de operações entre as cooperativas e associados.

Créditos
A CBS permite que empresas acumulem créditos correspondentes ao valor da contribuição recolhida para a aquisição de bens ou serviços. Os créditos poderão ser usados para o abatimento da CBS incidente em outras operações no mesmo período. A cada trimestre, o saldo acumulado poderá ser ressarcido ou usado para compensar débitos com outros tributos federais.

Empresas optantes pelo Simples Nacional mantêm as atuais regras, mas deverão, segundo o projeto, destacar nos documentos fiscais que emitirem, o valor da CBS efetivamente cobrado na operação. Isso permitirá que empresas tributadas sob outros regimes possam apurar créditos ao adquirem bens e serviços de empresas optantes do Simples.

Importações
No caso das importações, a contribuição deverá ser recolhida pelo importador. Se for feita por pessoa física, caberá ao fornecedor estrangeiro efetuar o recolhimento.

Fonte: Agência Câmara de Notícias 22/07/2020


Líderes partidários destacam em Plenário a retomada de discussão da reforma tributária

Líderes partidários destacaram, durante a sessão do Plenário da Câmara dos Deputados, a retomada da discussão da reforma tributária pelo Congresso Nacional. O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta terça-feira (21) as sugestões do governo, que serão analisadas pela comissão mista sobre o tema.  
 

O texto do governo trata da unificação de tributos federais sobre consumo e outros pontos que serão incorporados aos temas já discutidos pelo Parlamento.

Para o relator da comissão mista da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é importante que a proposta seja aprovada ainda neste ano pela Câmara e pelo Senado.

“O Parlamento segue na mudança da estrutura do nosso País, modificando um sistema tributário perverso, que traz distorções – penaliza quem ganha menos e privilegia quem ganha mais. Este é o debate que está posto”, disse Ribeiro.

O presidente da comissão especial da reforma tributária, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), disse que a proposta em discussão no Congresso tem condições de ser votada ainda neste ano. Essa proposta é mais ampla que a apresentada hoje pelo governo federal.

Construção de consenso
O líder do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), disse que a reforma tributária será um marco histórico. Ele destacou a união de Câmara, Senado e do Executivo no tema. “É o momento de trabalharmos juntos para, depois de 30 anos, aprovar a reforma tributária”, disse.

Baleia Rossi é autor da proposta de reforma que já vem sendo discutida (PEC 45/19).

Simplificação de tributos
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse que o envio da proposta pelo governo é motivo de celebração. “A proposta vai simplificar o sistema tributário no Brasil, diminuir a carga tributária e desenvolver a área produtiva”, declarou.

O líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), disse que é importante retomar a agenda reformista. “Sabemos quanto o sistema tributário complexo e custoso dificulta os investimentos e os empreendedores do País”, disse.

Ele defendeu ainda a votação da reforma administrativa e de duas propostas que estão no Senado: a PEC emergencial e a revisão dos fundos públicos.

Oposição
O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) disse que é preciso avançar muito na reforma tributária. “Ela não poderá se resumir a unificar impostos, mantendo a carga tributária atual”, disse.

O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), chamou a proposta do governo de uma reforma “tímida”. “A proposta do governo não oferece aquilo que o País precisa, que é uma reforma que toque no ponto central: a taxação das grandes fortunas e dos lucros e dividendos. Não pode haver reforma tributária sem tratar da concentração de renda”, ressaltou.

O líder do PSB, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que é preciso simplificar a estrutura tributária brasileira e enfrentar o fato de a tributação ser maior nas classes mais pobres. “Nosso sistema é um desastre completo, e os super-ricos não pagam impostos”, criticou.

Ele afirmou que a oposição quer enfrentar essa questão da desigualdade durante a discussão da proposta na comissão da reforma tributária.

Fonte: Agência Câmara de Notícias 22/07/2020

Reforma tributária. Quando todos pagam, todos pagam menos – apresentação em PDF  FINAL_Reforma Tributária versão 11-15 (2) (vale esta 16h55)


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