A Justiça do Rio converteu, neste sábado, as prisões em flagrante dos oito fiscais do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) – acusados de se passarem por investigadores da Polícia Civil para extorquir empresários e comerciantes da Baixada Fluminense — em preventiva. A decisão é do juiz Alex Quaresma Ravache.
A audiência de custódia aconteceu na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Para o magistrado, em liberdade o bando poderia atrapalhar as investigações, praticar outros crimes e “dar continuidade” as extorsões. Entre os presos está Fábio Mathias Bullos, chefe de gabinete do presidente da autarquia, o engenheiro Luís Machado dos Santos. O presidente será exonerado nesta segunda-feira.
Uma advogada do Ipem ainda tentou que os acusados respondessem o inquérito soltos e solicitou o relaxamento da prisão. Segundo a defensora, na audiência de custodia, “houve equivoco na prisão dos servidores”. Entretanto, a Justiça entendeu que não houve irregularidade nas detenções.
De acordo com o magistrado, “há provas da existência dos crimes e indícios suficientes de autoria, materialidade nos depoimentos das vitimas e testemunhas”.
Segundo investigação da Polícia Civil, os fiscais Tancredo Torres de Souza, Leonardo Antunes Xavier, Tiago Lira Gonçalves, Leandro Macedo Peixoto, Marcelo Leite Ribeiro, Mario Jorge Lima de Carvalho, Fabio Mathias Bullos e Jorge Oliveira Duarte Júnior, estavam se passando por policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) para achacar comerciantes com algum tipo de irregularidade. No momento da prisão, com os agentes do Ipem a polícia encontrou R$ 4 mil oriundos de uma extorsão.
Ainda de acordo com o juiz, Fábio Bullos, durante a extorsão, “teria se identificado como chefe do presidente do órgão de fiscalização”. Alex Quaresma Ravache prossegue na sua decisão: “os fatos narrados revelam fortes indícios de que os custodiados, valendo-se da função pública que exercem, se associaram para fim específico de praticar corrupção e concussão (recebimento de vantagem indevida) de forma habitual”.
Por fim, Quaresma afirma que se os fiscais fossem libertos e respondessem o inquérito fora da cadeia eles poderiam atrapalhar as investigações, praticar outros crimes “dando continuidade” as extorsões.
O grupo vai responder por organização criminosa, extorsão e corrupção. O bando será levado para o Complexo de Gericinó, em Bangu.
O EXTRA não conseguiu falar com a defesa dos servidores citados.
Presidente do Ipem será exonerado
Após o governador Wilson Witzel saber que oito fiscais do Ipem haviam sido presos por extorsão, ele mandou exonerar o presidente da autarquia. A decisão aconteceu um dia após o escândalo ser publicado pelo Jornal EXTRA. No sábado, Witzel afirmou que Luís Machado, a partir desta segunda-feira, não faz mais parte do comando do órgão. A decisão do governador deverá sair no Diário Oficial do Estado nesta segunda.
Um dia após as prisões, o Ipem afirmou que “os funcionários com cargos em comissão foram exonerados e os servidores efetivos foram afastados e responderão à sindicância, cabendo a eles as sanções legais caso seja confirmada a participação nos crimes investigados”. Entre os demitidos está Fábio Bullos.
Luís Machado terá que dar explicações à polícia
A Polícia Civil vai intimar nesta segunda-feira o agora ex-presidente do Ipem. Os investigadores querem saber a ligação que ele tem com o esquema criminoso. Na manhã de sábado, a reportagem teve acesso a um vídeo do momento da prisão de um dos oito servidores.
— Será intimidado a prestar depoimento hoje. Quero saber se ele tinha conhecimento do que estava acontecendo — afirmou o delegado Mauricio Demétrio Afonso Alves, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
O EXTRA apurou que a investigação, que corre em diversas especializadas, poderá complicar Machado. Além da DRCPIM, ele terá que dar explicações na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e na Delegacia do Consumidor (Decon). É que fiscais do Ipem estavam extorquindo também donos de postos de gasolinas e de supermercados.
Uma fonte da Polícia Civil, sob condição de anonimato, garante que a investigação aponta a vértice da pirâmide criminosa está na Alerj.
Presidente do Ipem-RJ será exonerado. Fiscais são presos após se passarem por policiais civis para extorquir comerciantes na Baixada
Presidente do Ipem será intimado a depor
A Polícia Civil vai intimar Luis Machado na próxima semana. Os investigadores querem saber a ligação que ele tem com o esquema criminoso. Na manhã deste sábado, a reportagem teve acesso a um vídeo do momento da prisão de um dos oito servidores.
— Na segunda-feira ele será intimidado a prestar depoimento. Quero saber se ele tinha conhecimento do que estava acontecendo — afirmou o delegado Mauricio Demétrio Afonso Alves, titular da DRCPIM.
O EXTRA apurou que a investigação, que corre em diversas especializadas, poderá complicar Luis Machado. Além da DRCPIM, ele terá que dar explicações na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e na Delegacia do Consumidor (Decon). É que fiscais do Ipem estavam extorquindo donos de postos de gasolinas e de supermercados.
Operação resulta na prisão de fiscais
Uma operação da Polícia Civil resultou na prisão de funcionários do Ipem com cargos em comissão, que foram exonerados. Já os servidores efetivos foram afastados e responderão à sindicância, cabendo a eles as sanções legais caso seja confirmada a participação nos crimes investigados.
A corporaçao informou que empresários e comerciantes estrangeiros estariam entre as vítimas desses oito fiscais do Ipem, presos por suspeita de extorsão, nesta sexta-feira, no Feirão das Malhas, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com as investigações, o grupo estaria se passando por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) para realizar as extorsões. A informação consta em um inquérito da especializada, que investiga a atuação do bando criminoso em todo o estado. Entre os presos está Fabio Mathias Bullos, chefe de gabinete do presidente da autarquia, Luis Machado.
De acordo com o delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, titular da DRCPIM, “os servidores gostavam de achacar comerciantes estrangeiros” já que muita das vezes eles não conhecem e não sabem diferenciar órgãos fiscalizadores de polícia investigativa. E, consequentemente, não tinham como argumentar com os falsos policiais.
— Eles se aproveitavam dos estrangeiros, que não falam português corretamente e não entendem das leis brasileiras, para a extorsão. Esses estrangeiros são legais no país, mas muita das vezes vendem produtos piratas, por isso esses fiscais se valiam dessa irregularidade — destacou Demétrio, que afirmou ter ouvido o depoimento de mais de seis vítimas. Entre elas quatro indianos.
O delegado contou ao EXTRA que começou a investigar o bando criminoso há pelo menos 15 dias quando ele recebeu um disque-denúncia que dizia que seus investigadores estavam cobrando taxas de comerciantes para que eles não fossem presos por irregularidades em seus estabelecimentos.
— Instaurei um procedimento há duas semanas para apurar uma informação de que nossos policiais estavam extorquindo comerciante na Baixada Fluminense. No decorrer da semana, as vítimas disseram que os falsos policiais eram do Ipem. Ontem, durante uma suposta fiscalização desses agentes, encontramos eles recebendo dinheiro de comerciantes no Feirão das Malhas — afirmou Demétrio.
No momento da prisão, os policiais encontraram cerca de R$ 4 mil com os funcionários escondidos em um fundo falso de um dos carros do Ipem. Os fiscais detidos foram Tancredo Torres de Souza, Leonardo Antunes Xavier, Tiago Lira Gonçalves, Leandro Macedo Peixoto, Marcelo Leite Ribeiro, Mario Jorge Lima de Carvalho, Fabio Mathias Bullos e Jorge Oliveira Duarte Júnior. O empresário que foi extorquido pelos fiscais foi levado à delegacia para prestar depoimento.
De acordo com a Polícia Civil, Fabio Mathias Bullos, o chefe de gabinete do presidente do órgão, Luis Machado, em sua defesa, na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio, informou que os fiscais “estavam fazendo uma fiscalização de rotina”.
Todos os oito fiscais do Ipem já estão à disposição da Justiça e na madrugada deste sábado foram encaminhados para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. O grupo vai responder por organização criminosa, quadrilha, extorsão e corrupção. Dois carros do órgão foram apreendidos.
Nos próximos dias, a Polícia Civil vai intimar todos os comerciantes do “Retão da Washington Luiz”, em Caxias, para prestarem depoimentos. O presidente do Ipem também será intimado pela DRCPIM.
Bando gostava de apreender mercadorias caso não recebessem propina
EXTRA teve acesso a todos os depoimentos das vítimas da quadrilha. De acordo com um dos comerciantes, o grupo de fiscais chegou em seu estabelecimento e exigiu que ele pagasse R$ 600. O comerciante bangalês então teria informado que não teria a quantia naquele momento. Em represália, de acordo com a vítima, os fiscais começaram a recolher suas mercadorias. Para não perder seus produtos, o homem então conseguiu a quantia exigida pelos servidores do estado e em seguida teve as mercadorias devolvidas.
O empresário afirmou que o dinheiro foi entregue para o fiscal Marcelo Leite Ribeiro. O servidor foi reconhecido na delegacia pela vítima. Por fim, em depoimento, o comerciante bangalês contou que Ribeiro o ameaçou dizendo que “iria toda semana ao local buscar o dinheiro”.
Em outro depoimento à Polícia Civil, uma testemunha ligada a direção do Centro Comercial afirma que ontem os fiscais teriam exigido R$ 4 mil para não fecharem o espaço. De acordo com o relato da vítima, a direção do centro comercial teria pago o valor da propina. Não bastasse isso, ainda segundo a testemunha, os servidores do estado exigiram R$ 100 de cada loja do Feirão “para que elas funcionassem sem problemas”.
Ontem, o presidente do Ipem confirmou que seus fiscais faziam uma inspeção do centro comercial quando foram abordados por policiais. Ainda segundo Luis Machado, “após tomar ciência do acontecimento, um representante jurídico foi imediatamente à delegacia, a fim de apurar informações”. Machado não só não explicou o motivo de o seu chefe de gabinete está em uma “inspeção de rotina”.
Fiscais gostam de extorquir todo mundo
EXTRA apurou que existem pelo menos 20 casos envolvendo essa quadrilha sendo investigadas em diversas delegacias. Segundo fontes da Polícia Civil, o bando gostava de extorquir postos de gasolinas, supermercados, centros comerciais e até shoppings. E não era só na Baixada Fluminense. O grupo atuava em todo o estado.
Procurado pelo EXTRA, o Ipem esclareceu, em nota, que os funcionários com cargos em comissão foram exonerados e os servidores efetivos foram afastados e responderão à sindicância, cabendo a eles as sanções legais caso seja confirmada a participação nos crimes investigados. O órgão afirma, ainda, que acompanha atentamente as investigações da Polícia Civil que culminaram na prisão dos fiscais e está atuando para esclarecer os fatos.
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Fiscais do Ipem-RJ são presos após se passarem por policiais civis para extorquir comerciantes na Baixada.
O grupo começou a ser monitorado há alguns dias após uma denúncia anônima indicar que supostos investigadores da Polícia Civil estavam cobrando taxas de comerciantes para que eles não fossem presos por irregularidades em seus estabelecimentos.
Após a informação, a polícia começou a monitorar os fiscais do Ipem.
No final da tarde desta sexta-feira, os policiais encontraram os fiscais Tancredo Torres de Souza, Leonardo Antunes Xavier, Tiago Lira Gonçalves, Leandro Macedo Peixoto, Marcelo Leite Ribeiro, Mario Jorge Lima de Carvalho, Fabio Mathias Bullos e Jorge Oliveira Duarte Júnior no centro comercial após extorquirem um empresário.
O dinheiro, R$ 4 mil, estava escondido em um fundo falso que a quadrilha criou dentro do veículo do Ipem. O empresário que foi extorquido pelos fiscais foi levado para a delegacia para prestar depoimento.
De acordo com a Polícia Civil, Fabio Mathias Bullos, um dos presos é chefe de gabinete do presidente do órgão, Luis Machado. Em suas defesas, na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio, os fiscais afirmaram que “estavam fazendo uma fiscalização de rotina”. O EXTRA ainda não conseguiu localizar a defesa dos acusados.
O delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, titular da DRCPIM, afirmou que o grupo vai responder por organização criminosa, quadrilha, extorsão e corrupção. Dois carros do órgão foram apreendidos.
O EXTRA tenta contato com a assessoria de imprensa do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), mas ainda não obteve resposta.
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Por qual motivo os 4 mil só foram aparecer na terceira revista ao carro Amarok, sendo que conforme filmagens demostram que o fundo falso relatado na matéria trata-se do encosto de braço do banco do motorista. Ou seja não havia nada escondido. Mas não foi localizado nas duas primeiras perícias.
Por qual motivo os funcionários do Ipem foram mantidos em uma sala enquanto os polícias ficaram em poder das chaves dos veículos e somente em momento posterior foram chamados para acompanhar a segunda revista nos carros. Sendo a primeira revista realizada na porta do centro do comercial onde nada foi encontrado ?
Por qual motivo a advogada do Ipem foi impedida de acompanhar os depoimentos das vítimas e testemunhas na delegacia ? O que será que o delegado queria montar com a vítima que não é alfabetizada sem a presença de nenhum advogado de defesa para os funcionários do Ipem ?
Por qual motivo a mídia nunca noticiou que a delegacia Drcpim é investigada por praticar crimes contra comerciantes no em todo Rio de janeiro. Crimes que são apurados pela corregedoria de polícia e pelos grupos GAECC e GAECO do Ministério Público.
Bandido prendendo funcionários públicos.
Nem é tão difícil desvendar esse caso. Só ler o processo e pesquisar .
Pra aprender a não meter a mão na merenda da delegacia de pirataria.
Bandido prendendo criminoso
Hahahahah