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A vacina chinesa e o poder da caneta BIC

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Mourão contraria Bolsonaro e diz que governo comprará vacina contra Covid-19 desenvolvida na China: ‘Lógico que vai’

‘É briga política com o Doria’, afirma o vice-presidente, que também comentou artigo do ex-porta-voz Rêgo BarrosO vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo federal vai comprar a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, se comprovada sua eficácia. Segundo Mourão, as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que disse que não iria comprar o imunizante, é “briga política com o Doria”.
 
“Essa questão da vacina é briga política com o Doria. O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí”, disse, em entrevista à revista “Veja”, publicada nesta sexta-feira.

Na quarta-feira passada, menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tinha a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou que o imunizante contra o novo coronavírus “não será comprado” pelo governo brasileiro. Bolsonaro chegou a dizer que existe um “descrédito muito grande” em relação ao imunizante chinês.

Após a declaração de Mourão, Bolsonaro afirmou ao R7 que “a caneta BIC” é dele, desautorizando o vice-presidente. Bolsonaro costuma se referir à sua “caneta” para destacar que ele que toma as decisões finais no governo.

Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a declaração do vice-presidente é “excelente” e que “demonstra que ele entende a importância da vacina nesse momento crítico da vida nacional:

 

Mourão também afirmou na entrevista que não tem receio em tomar a CoronaVac, caso seja certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele disse ainda que a China é uma “potência global, que pratica um capitalismo de Estado”. E que empresas chinesas que demonstrem compromisso com “soberania, privacidade e economia” têm condições de participar do leilão do 5G no Brasil.

“Agora, é partido único? É partido único. É um regime autoritário ditatorial? É um regime autoritário ditatorial. Mas é o regime deles. A gente tem de entender que a China nunca viveu sob um regime democrático, numa república como nós a entendemos”, disse.

 
Crédito: O Globo – disponível na internet 31/10/2020
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Bolsonaro rebate Mourão sobre compra de vacina chinesa: “A caneta Bic é minha”

Presidente sinaliza que não vai autorizar a compra de doses do imunizante contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan com empresa da China

O presidente Jair Bolsonaro voltou a se colocar contra a aquisição de doses da Coronavac, vacina contra a covid-19 em desenvolvimento pelo Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac, e disse nesta sexta-feira (30/10) que a palavra final sobre o assunto cabe a ele.

 

Em entrevista à revista Veja, o general reconheceu que Bolsonaro está reticente em usar recursos da União para adquirir doses da vacina por conta da “briga política” que ele tem com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Mesmo assim, Mourão afirmou que o Executivo não deixaria de contrbuir para a compra do imunizante.

“Essa questão da vacina é briga política com o Doria. O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí”, garantiu Mourão.

Bolsonaro x Doria

Na última semana, Bolsonaro desautorizou um acordo entre o Butantan, que é vinculado ao Governo de São Paulo, e o Ministério da Saúde que garantiria a compra de 46 milhões de doses da Coronavac menos de 24 horas depois de o documento ter sido assinado.

Desde então, o presidente tem dito que a sua gestão não vai colocar dinheiro em uma vacina que ainda não tem comprovação científica e alertado Doria para “procurar outro” que pague pelo imunizante.

O presidente e o governador paulista também estão em atrito por conta da aplicação da vacina. Enquanto Bolsonaro defende que os brasileiros não devem ser obrigados a se imunizarem, Doria é a favor de que a futura resposta contra o novo coronavírus seja aplicada de forma compulsória.

No início da tarde desta sexta, por exemplo, Bolsonaro comentou com apoiadores que Doria está se transformando em um “autoritário” por conta da sua postura.

“Está acabando a pandemia (no Brasil). Acho que (o Doria) quer vacinar o pessoal na marra, rapidinho, porque (a pandemia) vai acabar e daí ele fala: ‘acabou por causa da minha vacina’. Quem está acabando é o governo dele, com toda certeza”, disse o presidente.

Crédito: Augusto Fernandes/Correio Braziliense – disponível na internet 31/10/2020

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