ALERTA: Bandidos usam dados de servidores federais para golpes

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Os criminosos usavam as informações pessoais das vítimas para pegar empréstimos bancários e, no momento da retirada do montante, substituíam apenas as fotos dos servidores por de integrantes da quadrilha

Professor da Universidade de Brasília foi vítima dos golpes – (crédito: Divulgação/Polícia Civil)

Agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) cumpriram, na manhã desta quarta-feira (28/10), cinco mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em golpes e fraudes contra servidores públicos federais.

Segundo o delegado Dário Taciano de Freitas Junior, a apuração teve início por meio da denúncia de um professor da Universidade de Brasília (UnB). A vítima relatou aos policiais que informações pessoais dela tinham sido utilizadas para abertura de contas bancárias, assim como para a contratação de empréstimos consignados.

“Após investigação, foi identificado que os investigados realizavam as fraudes, inicialmente, a partir da utilização do Sistema de Gestão de Pessoas (SIGEPE) do Executivo Federal. Após a abertura de contas bancárias, bem como contratação de empréstimos, os valores eram transferidos para contas de outros beneficiários integrantes do grupo criminoso. Vale destacar que uma das vítimas teve prejuízo aproximado de R$ 200 mil”, explica.

Além dos golpes aplicados contra servidores do Distrito Federal, o grupo também utilizou, ilegalmente, os dados de moradores de Goiás, da Bahia e do Mato Grosso. A ação recebeu o nome de Operação 3×4, em referência à troca das fotos nos documentos dos servidores, para as de integrantes da quadrilha.

Nesta primeira fase, agentes cumpriram mandados de busca em cinco endereços: na Candangolândia e nos municípios goianos de Luziânia e Santo Antônio do Descoberto. Foram apreendidos celulares e documentos. “Os materiais poderão comprovar as fraudes, do mesmo modo que serão importantes para se determinar o modus operandi dos suspeitos. Portanto, as investigações continuam no intuito de se identificar outros eventuais integrantes do grupo criminoso, bem como acerca da atuação em outros estados da federação”, finaliza o delegado Dário Freitas.

Crédito: Sarah Peres/ Correio Braziliense – disponível na internet 02/11/2020

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