Fecombustíveis defende combate às fraudes em reunião do Inmetro. Leia os comentários

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Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis, enfatizou que o combate às fraudes é emergencial e retratou as ocorrências mais graves do setor. “Um dos problemas recorrentes é a bomba fraudada, caracterizada quando o consumidor paga, por exemplo, por 20 litros, mas, na realidade, leva 17 litros de combustível. Também são graves o não pagamento de impostos dos combustíveis (sonegador contumaz) e, o crescente furto de combustíveis realizados pelas quadrilhas que instalam desvios ilegais (trepanação) nos dutos da Petrobras e descarregam a carga roubada nos postos”, disse.

A necessidade de um sistema de segurança robusto, segundo Miranda, que esteja integrado a uma inteligência que possibilite o monitoramento detalhado e entrega de dados às secretarias da Fazenda dos estados, é imprescindível para combater as fraudes. “Devemos combater esse mal com uma tecnologia que permita uma segurança robusta, inteligente e de ponta. Temos que ter consciência de que o crime organizado possui recursos e dinheiro que promovem a ilicitude, portanto, somente com sistemas seguros e robustos que, através de dados enviados aos órgãos de fiscalização, diretamente das bombas de combustíveis sem necessitar de outros equipamentos, permitam o monitoramento ágil e forneçam informações de inteligência para combater esse mal e, para isso, a Fecombustíveis se preparou com a mais avançada tecnologia para dar uma resposta à altura do problema”, destacou.

A tecnologia proposta pela Fecombustíveis entrega não apenas um processo robusto de segurança criptográfica com certificação digital às bombas de combustíveis, como também segue as normas e as boas práticas internacionais e, ao mesmo tempo, agrega uma inteligência de dados que torna a fiscalização pelos órgãos fiscalizadores (Secretarias da fazenda, Inmetro e Ipem) mais assertiva e eficiente.

Por sua característica inovadora, esta tecnologia foi apresentada em 2017 no Simpósio Mundial de Metrologia Legal em Berlim, na Alemanha.

Paulo Miranda destacou que, no Brasil, esta tecnologia poderia ser instalada não apenas nas novas bombas, mas também nas bombas antigas, reduzindo drasticamente o investimento de atualização do parque instalado, mantendo a robustez e segurança criptográfica necessária para combate às irregularidades que prejudicam seriamente o empreendedor do setor.

Apesar de o tema parecer fugir ao escopo do Inmetro, sendo também direcionado ao âmbito das secretarias estaduais de Fazenda pela sonegação do ICMS, o presidente da Fecombustíveis disse que é imprescindível que todo esse arcabouço se reflita na medição íntegra do volume abastecido e o Inmetro não se resume apenas a um órgão metrológico mas, sim,um órgão de governo que, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia e ANP, tem por missão assegurar os produtos ofertados ao consumidor.

Nessa reunião, portanto, a Fecombustíveis reiterou a necessidade de avaliação técnica das propostas sugeridas pela entidade por uma junta multidisciplinar em conjunto com um grupo especializado de criptólogos com larga experiência.

“Embora o Inmetro desconsidere o pedido realizado pelo setor sem dar nenhuma justificativa técnica, entendemos que, pela complexidade do tema e por ter vários entes envolvidos, seja importantíssimo a criação de uma junta técnica multidisciplinar, que envolva vários órgãos e criptólogos sêniores especializados com larga experiência, para descrever comparativamente a segurança e robustez entre as propostas Inmetro e Fecombustíveis”, disse Paulo Miranda.

Ainda segundo o presidente da Fecombustíveis, haverá um investimento de bilhões, bancado pelo próprio setor, portanto todas as proposições que impliquem em maior robustez na segurança, e que tragam inteligência de dados em uma relação ótima entre custo e benefício seja avaliada detalhadamente.

O setor, que já possui uma proposta de segurança desenvolvida, não pode investir em algo que resulte em perda e, por conseguinte, investimentos corretivos ou mesmo tenha que completar a segurança com outros equipamentos que estejam fora da bomba.

“É imprescindível, assim como realizado pela Fecombustíveis, que a proposta tecnológica do Inmetro seja demonstrada em estudos detalhados e que os mesmos sejam avaliados por esse grupo multidisciplinar independente e com alto grau de especialização no tema. Seria catastrófico pensar que o investimento realizado em uma tecnologia de segurança que não tenha sido profundamente analisada venha a ser comprometida, sofrendo fraudes em um futuro próximo.”

A Federação finalizou sua participação fazendo um apelo ao Inmetro para considerar a segurança como prioritária na nova norma e que seja analisada em conjunto com todos os outros órgãos de governo.

“Nossa principal preocupação é o combate às fraudes do setor. Queremos instalar um sistema seguro, robusto e inteligente, que combate tanto as fraudes volumétricas, quanto as tributárias e químicas, para garantir a segurança dos consumidores brasileiros. Sabemos que as bombas de combustíveis ainda serão atacadas pelos que querem fraudar, mas com um sistema robusto, poderemos cada vez mais inserir inteligência para torná-lo ainda melhor, sem a necessidade de investimentos futuros para troca ou aquisição de equipamento”, disse.

Paulo Miranda também destacou que a tecnologia apresentada não terá nenhum custo para a sociedade e nem para os órgãos de governo. “O dispositivo instalado na bomba tem também o menor custo, reduzindo drasticamente o investimento do setor e está preparado para combater todos os tipos de fraudes, incluindo as tributárias “, concluiu.

Crédito: Fecombustíveis- @internet 28/11/2020

 

8 COMENTÁRIOS

  1. Senhor Travalini

    Complementado as perguntas feitas pelo senhor, seria muito importante deflagrar uma operação conjunta da PF/RF/MP para apurar a denúncia do presidente da Fecombustíveis.

    Sugiro batiza-la com o seguinte nome: “Non rubare” (Êxodo 20:15)

  2. Prezado Sr. Travellini, indo na sua linha de pensamento, ao invés de “Follow the Money!!” , nesse caso possivelmente é recomendável “Follow the Paper!!” e seus desdobramentos.

  3. “Um dos problemas recorrentes é a bomba fraudada, caracterizada quando o consumidor paga, por exemplo, por 20 litros, mas, na realidade, leva 17 litros de combustível. Também são graves o não pagamento de impostos dos combustíveis (sonegador contumaz) e, o crescente furto de combustíveis realizados pelas quadrilhas que instalam desvios ilegais (trepanação) nos dutos da Petrobras e descarregam a carga roubada nos postos” afirmou o presidente da FECOMBUSTÍVEIS
    Pergunta: porque a federação não denunciou ou denuncia e identifica as autoridades competentes estes postos que roubam os consumidores e o governo, assim estaria contribuindo para que as fraudes não ocorram.
    “Por sua característica inovadora, esta tecnologia foi apresentada em 2017 no Simpósio Mundial de Metrologia Legal em Berlim, na Alemanha”.
    Pergunta: quem apresentou e em nome de quem foi apresentada esta tecnologia?
    A proposta do CHIP estaria vinculada a exclusividade de fornecimento a uma única empresa
    Pergunta: é Verdade ou é FAKE
    No mais, seria importante auditar todos os acontecimentos que envolvem este processo em nome da transparência e de uma solução palatável a todos os envolvidos

    No mais, parabéns ao presdente Bolsonaro, por ter trocado a direção do Inmetro

  4. Engraçado? Os donos de postos querem criar as regras para combater as fraudes que eles cometem? SE OS DONOS DOS POSTOS VÃO CERTIFICAR AS BOMBAS PRA QUE SERVE O INMETRO? ESPERO QUE O PRESIDENTE BOLSONARO NÃO DEIXE ISSO ACONTECER.

  5. É sério???
    Fecombustiveis=sindicatos de donos de postos
    Quem faz as fraudes são os donos de postos!!!!
    Sistema da fecombustível contra os donos de postos de combustíveis ??? Alguém acredita nisso??? Alguém mostra isso pro José Simão, por favor!!!! Piada do dia!!!
    As autoridades brasileiras que tem de fornecer sistemas contra estas fraudes, não quem frauda….
    ANP, Inmetro e outros, por favor, não deixem que isso aconteça!!!!

  6. Esse Negócio de dizer que o investimento de bilhões será bancado pelo próprio setor não me parece ser real, uma vez que o preço dos combustíveis não é tabelado. Logo, possivelmente quem pagará a conta será o consumidor final. A propósito, esse tal “chip” consegue realmente impedir todos os tipos de fraudes, tais como exemplo as fraudes mecânicas? Se a resposta for negativa, a quem interessaria colocar esse único tipo de chip?

  7. Na verdade o PR Bolsonaro, estava mal informado sobre o INMETRO e suas necessidades, inclusive do Sistema Inmetro incluindo os Órgãos Metrologicos Estaduais… acabaram com o sistema, praticamente, mas terão que rever muitas decisões, para o bem do país, das indústrias, CNI, IDEC, Ministérios, Órgãos Metrologicos Estaduais, De combustível, ABNT, etc, etc… É hora de se cortar os tês e pingar os is…com honestidade…”vida que segue”…

  8. Quando Bolsonaro “implodiu o Inmetro” ele criticou um plano do órgão para determinar a instalação de chips em todas as bombas de combustíveis no país para evitar fraudes durante a venda. A diretoria do Inmetro “Estava inventando também. Botar um chip em cada bomba de gasolina”, criticou o presidente.
    A direção do Inmetro está contra o Presidente Bolsonaro?

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