Dia D e hora H da vacinação é quarta-feira, 20, às 10h

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  • Pazuello diz a prefeitos que ‘dia D e hora H’ da vacinação é quarta-feira, 20, às 10h
  • Butantan vai cancelar acordo com mais de 180 cidades para fornecer Coronavac.
  • Jovens levaram doença para casa.
  • Aviões Hércules da FAB levarão oxigênio líquido para Manaus.
  • Avião que vai buscar vacinas na Índia decola hoje do Recife.

Pazuello diz a prefeitos que ‘dia D e hora H’ da vacinação é quarta-feira, 20, às 10h

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou a prefeitos, em reunião nesta quinta-feira, 14, que a vacinação contra a covid-19 em todo o País começará no próximo dia 20, às 10h, em todo o País, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) der o aval para o uso emergencial de imunizantes no País. A data já era apontada pelo governo federal como o cenário “mais otimista”para abrir a campanha de imunização. Pazuello participa de reunião com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Mais de 130 chefes de municípios acompanham virtualmente a discussão.

Como revelou o Estadão nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde planeja um evento no Palácio do Planalto, na terça-feira, 19,  um dia antes do início da vacinação em todo o País. A proposta é vacinar uma pessoa idosa e um profissional de saúde. O governo afirma que ainda não há cerimônia prevista, mas o assunto está em discussão.

O evento no Planalto também tem como objetivo evitar que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seja protagonista na primeira foto de alguém sendo vacinado no País. O início da imunização tornou-se uma queda de braço entre Bolsonaro e o tucano, que há mais de um mês anunciou o início da imunização em seu Estado no dia 25 de janeiro. A definição de uma data pressionou o governo federal a correr para não ficar para trás e tentar evitar que Doria, adversário político de Bolsonaro, lucre politicamente com o episódio.

Na reunião desta quinta-feira com prefeitos, o ministro repetiu aos presentes que 8 milhões de doses de vacinas devem estar disponíveis em janeiro, sendo 2 milhões do modelo de Oxford/AstraZeneca e 6 milhões da Coronavac. Estes imunizantes serão entregues no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantã, respectivamente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidirá no domingo, 17, se libera ou não o uso emergencial destes dois imunizantes. Após este aval, as doses poderiam ser aplicadas na população.

Pazuello disse aos prefeitos que as doses da vacina de Oxford/AstraZeneca devem chegar aos Estados na segunda-feira, 18. Um avião sairá na noite de sexta-feira, 15, do Brasil para buscar as doses na Índia.  A carga é estimada em 15 toneladas. A aeronave partirá do Recife às 15h e a previsão de retorno é no próximo sábado. A volta será pelo aeroporto do Galeão, no Rio, cidade onde as doses ficarão armazenadas. “É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já estamos com todos os documentos de exportações prontos”, disse o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ontem em Manaus.

O governo federal é cobrado para antecipar o calendário de vacinação contra a covid-19, além de garantir insumos como agulhas e seringas. Bolsonaro, porém, já afirmou que não irá se vacinar contra a covid-19. Ele também não estimula o uso do imunizante e chega a fazer consultas informais entre seus apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, para mostrar que parte da população deve segui-lo. Pelas suas contas, metade da população não irá se vacinar.

Crédito: Mateus Vargas / Brasília, O Estado de S. Paulo – @internet 15/01/2021


Butantan vai cancelar acordo com mais de 180 cidades para fornecer Coronavac

O Instituto Butantan deve comunicar na próxima segunda-feira (18) que todos os acordos com cidades estão cancelados. O presidente do instituto, Dimas Covas, explicou que todas as doses da vacina serão entregues ao Ministério da Saúde, assim que a Anvisa aprovar o uso emergencial ou o registro da vacina. O órgão discute no próximo domingo (17) o pedido para que 6 milhões de doses da vacina tenham a autorização de uso para grupos específicos no país.

Covas explicou à CNN que, assim que o acordo for fechado, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que assume a distribuição da vacina. “O critério é populacional. Todos os estados vão receber da mesma maneira. O acordo com os municípios era para o caso de o Ministério se recusar a comprar a vacina, mas como firmamos a parceria isso não vai acontecer”, disse ele.

Com a eficácia anunciada em 78% para casos mais leves e 100% para casos graves, a Coronavac teve 184 municípios interessados, que procuraram diretamente a direção do Instituto Butantan para pedir a vacina. São municípios de fora do estado de São Paulo que escolheram contar com um ‘plano B’, caso o plano de vacinação do Ministério da Saúde não avançasse. O levantamento foi feito pela Secretaria de Desenvolvimento Regional do Governo de São Paulo junto ao Butantan. Os dados foram confirmados pelo secretário Marco Vinholi.

A maior da lista é a capital fluminense. O próprio prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, firmou um acordo de cooperação com o órgão ligado ao governo de São Paulo para ter acesso à vacina, mesmo acreditando em um calendário nacional.

São ao todo 26 cidades do Rio de Janeiro. A prefeitura de Maricá, que tem pouco mais de 160 mil habitantes, pediu 440 mil doses ao Butantan e queria manter o acordo, mesmo depois da investida do Ministério sobre a vacina. Já a prefeitura de Niterói decidiu comprar 1,1 milhão de doses da vacina coronavac por R$ 57 milhões, pagando 10 dólares por dose. Cerca de 300 mil chegariam no fim de janeiro para vacinar profissionais da saúde e idosos, o que não vai mais acontecer.

Outras grandes capitais como Curitiba e Belo Horizonte também pleiteiam o uso da coronavac e assinaram compromisso de compra da vacina. O prefeito da capital paranaense, Rafael Greca, tinha fechado o acordo no início de dezembro para imunizar profissionais da saúde da cidade. Esse também era o foco da vacinação prevista pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

A diretoria do Butantan recebeu ainda o pedido de 10 associações de municípios de diversos estados. Nas contas do setor técnico do órgão paulista, se somadas todas as cidades que integram esses coletivos, seriam mais de 1000 municípios de olho na vacina chinesa.

Crédito: Pedro Duran/CNN – @internet 15/01/2021


Jovens levaram doença para casa, diz governador do Amazonas

Diante do colapso do sistema de saúde no Amazonas, o governador do estado, Wilson Lima (PSC), culpou as festas clandestinas ocorridas no final de 2020 como as principais culpadas pela explosão de casos de Covid-19 no estado neste início de ano.

“Algo que contribuiu muito para o aumento significativo dos casos no Amazonas foram as festas clandestinas. As pessoas nas festas passavam copos de bebida de boca em boca. Aquilo foi fatal, não tinha outro caminho senão as pessoas serem infectadas,” disse o governador.

Ainda na trilha dos eventos clandestinos, Lima disse que o que se viu no Amazonas foi um processo de jovens levarem o vírus para casa, algo que pode ser notado de acordo os grupos etários mais infectados e com mais mortes pelo novo coronavírus no estado.

“No Amazonas os mais infectados estão entre 20 e 49 anos. Os que mais morrem estão acima dos 73 anos. Isso nos leva a crer que os jovens estavam sendo infectados e levando a doença para casa.”

Por conta do alto número de casos graves em pessoas mais velhas, a capital do estado, Manaus, vive atualmente uma crise de falta de tubos de oxigênio. Segundo o governador, a demanda por este material quadruplicou nas últimas duas semanas.

“No pico da pandemia levamos 30 dias para dobrar o consumo de oxigênio no estado. Agora em menos de 15 dias o consumo de oxigênio quadruplicou. Fomos surpreendidos por esse aumento excepcional.

Crédito: CNN – @internet 15/01/2021


Aviões Hércules da FAB levarão oxigênio líquido para Manaus

aumentar a disponibilidade de oxigênio em Manaus, a  Força Aérea Brasileira (FAB) passará a transportar o produto na forma líquida. Um litro de oxigênio líquido equivale a cerca de 860 litros de produto gasoso.

Ainda nesta quinta-feira (14) voltará a operar o Hércules da FAB, que vinha transportando os cilindros de oxigênio – o avião precisou passar por reparos.

Por questões de segurança, o transporte de oxigênio líquido só pode ser feito em algumas aeronaves, capazes de receber uma válvula de segurança. 

Nesta sexta, dois outros Hércules passarão a ser utilizados na mesma tarefa. Em operação há  quase 60 anos,  estes aviões da FAB necessitam de constante manutenção. 

O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) disse à CNNque reforçou junto ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pedido para que os Estados Unidos cedam um de seus Galaxy para levar oxigênio até Manaus – o modelo é um dos maiores aviões militares de transporte de carga.

A  nova etapa da pandemia de Covid-19 praticamente multiplicou por seis o consumo de oxigênio nos hospitais de Manaus. Antes da chegada do novo coronavírus, a demanda era de 12 mil metros cúbicos/dia – hoje, está em 70 mil metros cúbicos/dia, mais do dobro do que nos primeiros meses da doença.

A White Martins decidiu também expandir sua fábrica do produto em Manaus, capaz de produzir 28 mil metros cúbicos/dia. Oxigênio também está sendo levado por caminhões que saem de Fortaleza (CE).

Crédito: Fernando Molica/CNN – @internet 15/01/2021


Avião que vai buscar vacinas na Índia decola hoje do Recife

Decola hoje (15) do Recife em direção a Mumbai, na Índia, o avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 importadas do país asiático. A previsão é que a aeronave decole às 23h e chegue amanhã (16) à Índia.

Inicialmente o voo estava previsto para decolar na noite de ontem (14), também às 23h, mas a viagem foi reprogramada em razão de questões logísticas internacionais.

O voo com destino ao Recife partiu na tarde de ontem, por volta das 15h30, do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A Azul comentou a alteração na viagem e disse que, após chegar à capital pernambucana, a tripulação pernoitaria na cidade, prosseguindo o voo nesta sexta-feira.

A volta da aeronave ao Brasil estava marcada para sábado(16), aterrissando no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Mas, com a alteração no voo, ainda não há informações sobre o retorno do avião.

“A data de retorno ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul”, disse o Ministério da Saúde, ontem, em nota.

Ao chegar, a vacina ainda precisa aguardar o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência se reúne no domingo (17) para analisar o pedido de uso emergencial apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca e da Universidade de Oxford no Brasil.

De acordo com o ministério, a vacina será distribuída aos estados em até cinco dias após o aval da Anvisa para, assim, dar início à imunização em todo o país, de forma simultânea e gratuita.

A segurança no transporte das doses pelo Brasil será realizada pelas Forças Armadas, em ação conjunta com o Ministério da Defesa.

Aeronave

O avião que parte em direção à Índia é um Airbus A330neo, maior aeronave da frota da Azul, e estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses, de acordo com as recomendações do fabricante. O avião percorrerá cerca de 15 mil quilômetros até o destino final.

O ministério informou que, além do apoio da Azul, conta com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias aéreas Gol, Latam e Voepass, para a logística de transporte gratuito da vacina.

Agência Brasil de Notícias 15/01/2021

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