Agravamento do cenário pandêmico, com aumento do número de casos, e articulações de servidores são apontados como motivos para a mudança de curso da PEC 32 na Câmara
As articulações que servidores públicos já iniciaram no Congresso Nacional somadas ao atual cenário de agravamento da pandemia da covid-19 podem mudar o curso da reforma administrativa (PEC 32) na Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou algumas vezes ao mercado que a votação da proposta deve ser concluída em dois meses. No entanto, nos bastidores, a avaliação é outra.
Fontes indicam que a pressão das carreiras, sobretudo das forças de segurança de todo o país, deve surtir efeitos no Parlamento, pelo menos, neste momento.
Com isso, nessa visão, a análise do texto pode atrasar e não seguir o cronograma previsto por Lira.
Isso porque deputados temem mais desgastes com policiais e os demais agentes após a aprovação da PEC Emergencial, que permite o congelamento de salários e concursos.
De acordo com cálculos apontados pelas entidades, a proibição a reajuste poderá valer por 15 anos, levando em conta já 2021 (as reposições salariais já estão vetadas).
ADESÕES PELO PAÍS
Policiais federais e demais agentes de Segurança Pública da União e dos estados aderiram na segunda feira à mobilização nacional organizada pela União dos Policiais do Brasil (UPB). O ato foi em protesto às mudanças previstas na reforma administrativa (PEC 32) e ocorreu entre 15h e 16h, em frente a cada uma das unidades de trabalho estaduais e federais.
Presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), Tania Prado disse à coluna que o momento é inoportuno para fazer qualquer mudança na Constituição.
“O parlamentares deveriam concentrar esforços para resolver problemas de vacinação no país e buscar formas de controlar a pandemia”, declarou.