Enfrentamento da Covid-19 no Brasil

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  • Inmetro facilita o transporte de oxigênio para atender hospitais e unidades de atendimento.
  • Ministério da Economia recebe do Canadá 14 veículos para transporte de oxigênio líquido
  • Senado aprova quebra de patentes de vacinas contra covid-19.
  • Primeira remessa com 1 milhão de vacinas da Pfizer chega ao Brasil.
  • ButanVac será superior à 1ª geração de vacinas, diz diretor. Instituto Butantan já iniciou a produção do imunizante.

Inmetro facilita o transporte de oxigênio para atender hospitais e unidades de atendimento

Nova portaria permite a utilização de alumínio na construção de tanques de carga rodoviários para o transporte de fluidos criogênicos (gases do ar), aumentando a capacidade de entrega de oxigênio.
 

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Em mais uma iniciativa de apoio às estratégias de enfrentamento da Covid-19 no Brasil, o Inmetro passa a permitir a utilização de alumínio na construção de tanques de carga destinados ao transporte rodoviário de fluidos criogênicos (nitrogênio e argônio, por exemplo) a granel. O objetivo é aumentar a capacidade de entrega emergencial de oxigênio a hospitais e indústrias.

Para isso, o Instituto publicou no último dia 18 de março a Portaria nº 128/2021, alterando o Anexo A dos requisitos de avaliação da conformidade para esses tanques de carga, aprovados pela Portaria nº 16, de 14 de janeiro de 2006. “O Inmetro tem protagonizado e participado de várias iniciativas que ajudam no enfrentamento da pandemia. A alteração dos requisitos para a construção de tanques de carga destinados ao transporte de fluidos criogênicos aumentará sensivelmente a capacidade de entrega de oxigênio”, confirma Hércules Souza, chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnico-Científicos.
 
A Portaria nº 128 ressalta a comprovação da viabilidade técnica da utilização de alumínio na construção de tanques de carga rodoviários destinados ao transporte de produtos perigosos criogênicos (exclusivamente nitrogênio e argônio), também permitindo ganho de performance motivado pela redução de peso e aumento da capacidade de carga transportada, em comparação com a utilização de outros materiais metálicos.
 
A utilização de tanques de alumínio servirá apenas para o transporte de nitrogênio e argônio. Com isso, os tanques de carga já construídos em aço e que transportam os gases criogênicos estarão liberados para transportar oxigênio, aumentando a capacidade de transporte nesse momento de pandemia.
 
Inmetro – 30/04/2021 

Ministério da Economia recebe do Canadá 14 veículos para transporte de oxigênio líquido

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa, acompanhou na manhã desta quinta-feira (29/4), no Porto de Santos (SP), o recebimento de uma remessa de 14 carretas criogênicas do Canadá que farão parte do esforço logístico para armazenamento e transporte de oxigênio líquido no país, para combate aos efeitos da pandemia de Covid-19 nas redes pública e privada de saúde.

A operação para trazer os veículos representou um investimento de R$ 14 milhões totalmente custeado pela White Martins. A importação emergencial das carretas contou com o apoio do governo federal por intermédio do Ministério da Economia. A viagem incluiu um trecho rodoviário entre o Canadá e os Estados Unidos, onde as carretas criogênicas embarcaram para o Porto de Santos.

Uma das carretas que a empresa trouxe para o Brasil, chamada de cryo queen, pode armazenar até 80 mil metros cúbicos de oxigênio líquido, a maior capacidade de um equipamento desse tipo no Brasil. Os equipamentos foram adquiridos diretamente pela White Martins da filial de sua controladora no Canadá e passarão a fazer parte dos ativos da empresa no país.

Da Costa destacou que as carretas, muito em breve, vão circular por todo o país. “Essas carretas vão levar o oxigênio para quem precisa. Para que vidas possam ser salvas e nós possamos superar os problemas que estamos vivendo.”

O transporte dos veículos, desde o Canadá até a chegada ao Brasil, seguiu rigorosos parâmetros de segurança, considerando também as dimensões dos equipamentos. As carretas criogênicas têm cerca de 3,5 metros de altura, 14 metros de comprimento e pesam cerca de 12 toneladas. Já a carreta cryo queen possui cerca de 4 metros de altura, 16 metros de comprimento e pesa cerca de 22 toneladas.

As carretas criogênicas têm a função de transportar e entregar com segurança o oxigênio na forma líquida, em baixa temperatura (-186°C), nos tanques da White Martins instalados nas instituições de saúde. Para que todo o processo seja realizado de forma eficiente, o projeto de fabricação contempla mecanismos que permitem o controle e transferência do oxigênio líquido para o tanque criogênico, além de materiais de isolamento que evitam troca de calor do produto com o ambiente externo, para que não ocorra vaporização do líquido ao estado gasoso.

Para viabilizar o uso das carretas em território nacional, após desembarque os equipamentos seguirão para a Fábrica de Equipamentos Criogênicos (FEC) da White Martins, em Sorocaba (SP), onde deverão passar por testes e adaptações, para liberação pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Após liberação para uso em território nacional, as carretas serão utilizadas na operação diária de transporte de oxigênio líquido para unidades de saúde, enquanto a cryo queen servirá como tanque de backup onde veículos menores poderão efetuar a retirada do produto, sem necessidade de deslocamento até uma planta produtora de oxigênio. A expectativa é de que os equipamentos estejam disponíveis para operação a partir de maio.

Ministério da Economia – 30/04/2021


Senado aprova quebra de patentes de vacinas contra covid-19. Texto segue para Câmara

O Senado aprovou ontem (29) um projeto de lei (PL) que permite a quebra temporária de patentes de vacinas contra a covid-19. A proposta provocou muita discussão e dividiu a opinião dos senadores durante a sessão. O projeto teve 55 votos favoráveis e 19 contrários. Texto segue para a Câmara dos Deputados.Na prática, os donos de patentes ficam obrigados a ceder ao poder público, se esse assim solicitar, todas as informações necessárias para a produção de vacinas e medicamentos de enfrentamento à covid-19. O relator da proposta, senador Nelsinho Trad, (PSD-MS), explicou que o governo federal terá 30 dias para a regulamentação, elaborando uma lista das patentes e pedidos de patentes sujeitos ao licenciamento compulsório.

A matéria permite também a quebra de patentes de testes de diagnóstico e medicamentos de eficácia comprovada contra a covid-19 enquanto estiver em vigor o estado de emergência de saúde. “Propomos prever que poderá ser concedida licença compulsória quando não forem atendidas as necessidades de emergência nacional ou de interesse público, declarados em lei ou ato do Poder Executivo Federal, ou diante de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado pelo Congresso Nacional”, disse o relator.

O projeto original do senador Paulo Paim (PT-RS) dispensava o Brasil de cumprir, enquanto durasse a situação de emergência provocada pelo coronavírus, algumas exigências adotadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips). O substitutivo de Trad retirou essa previsão, com o apoio de Paim.

O relator também disse que países como Canadá e Israel tomaram essa iniciativa e negou que serão desrespeitados os tratados comerciais dos quais o Brasil participa.

Agência Brasil de Notícias 30/04/2021


Primeira remessa com 1 milhão de vacinas da Pfizer chega ao Brasil

Lote de imunizantes será distribuído somente nas capitais do país, por questões logísticas

Avião que trouxe as primeiras doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 ao Bra
Avião que trouxe as primeiras doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 ao Brasil (29.abr.2021) Foto: CNN Brasil

A primeira remessa com um milhão de doses da Pfizer chegou ao Brasil nesta quinta-feira (29), no aeroporto de Viracopos, em Campinas. O ministro da Saúde Marcelo Queiroga acompanhou a chegada dos imunizantes.

O primeiro lote será distribuído somente nas capitais por questões logísticas, uma vez que o imunizante precisa ser armazenado entre -25°C e -15°C, segundo a agência reguladora dos Estados Unidos. 

O carregamento que chegou hoje ao Brasil saiu da Bélgica, onde existe uma fábrica da Pfizer que produziu essas doses. O voo fez uma escala em Miami antes de chegar ao aeroporto de Viracopos.

A expectativa é que o governo federal inicie a entrega das doses aos governadores a partir deste sábado (1). Ao longo da semana, mais 650 mil doses do imunizante serão enviadas ao Brasil. No mês de maio, o acordo é de 2,5 milhões doses e até o final de junho, 15 milhões de vacinas Pfizer/BioNTech deverão ser entregues.

O contrato de 100 milhões de doses será cumprido no segundo semestre de 2021. O ministério já negocia novas remessas para 2022.

As geladeiras do Sistema Único de Saúde (SUS), espalhadas por todo o país – incluindo cidades de pequeno porte -, comportam um armazenamento entre 2 a 8º C positivos. As capitais, no entanto, receberam um reforço de geladeiras e conseguirão armazenar entre 15 e 25º C negativos por até 14 dias, cumprindo a recomendação do laboratório.

A vacina produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer, em parceria com a empresa alemã BioNTech, conta com um esquema de duas doses e já foi aprovada em 83 países.

No dia 23 de fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro definitivo da vacina no Brasil, que permite que o imunizante seja comercializado, distribuído e utilizado pela população, tendo sido avaliado a partir de dados robustos dos estudos de qualidade, eficácia e segurança.

Crédito: Anna Gabriela Costa, da CNN, – @internet 30/04/2021


ButanVac será superior à 1ª geração de vacinas, diz diretor.  Instituto Butantan já iniciou a produção do imunizante 

A ButanVac deverá ser uma “vacina superior” por incorporar o aprendizado com a primeira geração de imunizantes contra o novo coronavírus, segundo o diretor do Instituto Butatan, Dimas Covas. “Temos uma perspectiva que essa seja uma vacina superior do ponto de vista de indução de imugenicidade [capacidade de induzir o corpo a responder ao vírus]. Nós incorporamos os conhecimentos da primeira geração de vacinas”, disse hoje (29) ao participar de um seminário promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).

O Butantan iniciou a produção da nova vacina antes mesmo de ter a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testar o imunizante em seres humanos. “Iniciamos a produção industrial da vacina. É o que nós chamamos de produção em risco”, destacou Covas. A previsão é que, segundo ele, sejam produzidos seis lotes com 18 milhões de doses.

Vacina Butanvac
© Pacific Press/via REUTERS/Direitos Reservados Saúde

Mais barata 

Além dos aprimoramentos incorporados a partir dos resultados com outros imunizantes, especialmente a CoronaVac, produzida pelo instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac, Covas ressaltou que o imunizante deverá ser mais barato do que os disponíveis atualmente. “Além de ser uma vacina já aperfeiçoada, vai permitir o barateamento e extensão da vacina para os países pobres e de renda média”, acrescentou.

A ButanVac está sendo desenvolvida, de acordo com Covas, por um consórcio internacional, sem a detenção de patente, ficando aberta para ser replicada. O diretor do Butantan ressaltou que imunizantes mais baratos vão ser fundamentais para conter a epidemia no mundo. “Não adianta a gente vacinar a população dos Estados Unidos, da Europa, se não vacinar a população da África e da América Latina”, disse.

Apesar das melhorias incorporadas ao imunizante, Covas avalia que as vacinas não vão resolver a curto prazo a convivência com o novo coronavírus. “Uma vacina não vai resolver, vai ser preciso gerações de vacinas. E provavelmente a vacinação anual”, acrescentou.

Testes

Na última sexta-feira (23), o Instituto Butantan enviou à Anvisa o pedido para início dos testes em humanos da ButanVac, de fases 1 e 2. Os estudos deverão começar com 1,8 mil voluntários. Já a Fase 3, com maior escala de participantes, deverá incluir 9 mil pessoas. Poderão fazer parte dos testes inclusive adultos já vacinados ou que já tiveram covid-19.

A tecnologia da ButanVac utiliza o vírus da doença de Newcastle, uma enfermidade de aves, geneticamente modificado. O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra.

O desenvolvimento complementar da vacina será todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.

Agência Brasil de Notícias 30/04/2021


 

 

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