COVID-19 – Vacinação no Brasil

0
103

Quadro da vacinação/doses distribuidas e doses aplicadas

Saúde distribui mais 10 milhões de vacinas para todo o país

Ministério da Saúde reduz intervalo entre doses da Pfizer de 90 para 21 dias

Estudo indica alta de anticorpos após 3ª dose da Coronavac, mas não prova necessidade de reforço.

 

Quadro da vacinação/doses distribuidas e doses aplicadas 

acesse a íntegra das informações do quadro >>>   qsprod.saude.gov.br/extensions/DEMAS_C19Vacina/DEMAS_C19Vacina.html


Saúde distribui mais 10 milhões de vacinas para todo o país

O Ministério da Saúde informou há pouco que vai distribuir mais 10,2 milhões de vacinas contra a covid-19 aos estados. As remessas começaram a chegar ontem (26). A entrega de todos os lotes deve ser finalizada na quarta-feira (28).De acordo com a pasta, serão distribuídas 4,8 milhões de doses da AstraZeneca, 3,3 milhões da Coronavac e 2,1 milhões da Pfizer.

Desde o início da vacinação, foram distribuídas 174 milhões de doses para todo o país, por meio do Programa Nacional de Imunização. Mais de 131 milhões de doses foram aplicadas sendo  94.5 milhões da primeira dose e 37 milhões da segunda ou dose única.

Agência Brasil de Notícias 27/07/2021


Ministério da Saúde reduz intervalo entre doses da Pfizer de 90 para 21 dias

Governo não esclareceu quando mudança passará a valer; um dos objetivos é conter a variante Delta

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, confirmou nesta segunda-feira, 26, que o intervalo entre a aplicação da primeira e segunda doses da vacina da Pfizer vai ser reduzido para 21 dias. Hoje, após ser imunizado com a primeira dose, é preciso esperar três meses para tomar a segunda aplicação do medicamento contra a covid-19. O anúncio foi feito pelo secretário a jornalistas, mas não foi informado quando a mudança vai ser posta em prática. “Precisa ver qual é o melhor timing disso, mas que vai diminuir, vai”, disse.

Apesar de dar como certa a redução do intervalo, Cruz afirmou que vai aguardar para saber quantas doses o Brasil receberá da vacina em agosto. “Vamos conversar com o laboratório para ver qual o cenário do próximo mês de entrega das doses. Além da questão da epidemia, precisamos verificar o cenário de abastecimento”, declarou.

“A gente está só vendo com Conass (Conselho de Secretários Estaduais de Saúde) e Conasems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), na tripartite, para gente ver qual é a melhor data para diminuir o prazo de 3 meses para 21 dias. Então, encurtando o prazo ficando o mínimo pontuado pela Pfizer”, falou o secretário-executivo.

A decisão de reduzir o intervalo entre as doses da vacina tem como objetivo conter o avanço da variante indiana do coronavírus, a Delta. Pesquisa do laboratório francês Pasteur indica que a primeira dose da Pfizer tem uma proteção de apenas 10% contra a variante. Por outro lado, com as duas doses tomadas, a taxa sobe para 95%.

A bula do imunizante da farmacêutica americana já recomenda os 21 dias. O governo brasileiro optou por estender o prazo para que o maior número possível de pessoas recebesse a primeira dose.

“A gente precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então, quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização”, justificou Rodrigo Cruz sobre o atual prazo de três meses.

Crédito: Sofia Aguiar e Lauriberto Pompeu, O Estado de S.Paulo – @internet 27/07/2021


Estudo indica alta de anticorpos após 3ª dose da Coronavac, mas não prova necessidade de reforço

Um estudo publicado por pesquisadores chineses mostrou que uma terceira dose da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, impulsiona o número de anticorpos produzidos pelo organismo. Os dados não significam, necessariamente, que países que aplicam esta vacina, como o Brasil, devem dar uma dose adicional agora. Mais pesquisas ainda são necessárias para determinar se isso será necessário.

Nesta segunda-feira, 26, a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, descartou que seja feita a aplicação de terceira dose – ou dose de reforço – de qualquer que seja o imunizante no País. No lugar, Rosana afirmou que a pasta já discute o calendário vacinal do próximo ano, o que será motivo de fórum entre especialistas brasileiros e comunidade internacional.

A pesquisa foi realizada com 540 adultos saudáveis de 18 a 59 anos. Parte deles recebeu uma terceira dose do imunizante e outra parte não. Os cientistas fizeram exames laboratoriais para identificar o nível de anticorpos produzidos pelos participantes da pesquisa. Os dados, publicados neste domingo, 25, são preliminares e ainda não foram revisados por outros cientistas

De acordo com a pesquisa, o nível de anticorpos neutralizantes cai após seis meses da aplicação da segunda dose. Quando os participantes recebem uma terceira dose, cerca de seis meses após a segunda, esses anticorpos voltam a aumentar de três a cinco vezes. Isso indica, segundo os pesquisadores, que o esquema de vacinação de duas doses de Coronavac gerou “boa memória imunológica”.

“Embora o título de anticorpos neutralizantes tenha caído para níveis baixos seis meses após a segunda dose, uma terceira dose foi altamente eficaz em relembrar uma resposta imune específica para o Sars-CoV-2, levando a um salto significativo nos níveis de anticorpos”, escreveram os pesquisadores, ligados ao centro de controle de doenças da província de Jiangsu, à Sinovac e a outras instituições chinesas.

Estudos com a terceira dose já foram realizados por pesquisadores responsáveis por outros imunizantes, como o da AstraZeneca. No caso da pesquisa chinesa, o protocolo dos ensaios foi alterado em junho do ano passado para avaliar os benefícios de uma terceira dose do imunizante.

Apesar do aumento do número de anticorpos gerado pela terceira dose, os cientistas ponderam na pesquisa que a decisão de oferecer a dose adicional deve levar em conta muitos outros fatores, como a efetividade das vacinas, a situação epidemiológica e a oferta dos imunizantes.

“No curto a médio prazo, garantir que mais pessoas completem o esquema atual de duas doses de Coronavac deve ser a prioridade”, escreveram os pesquisadores. No Brasil, a secretária extraordinária de Enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite afirmou que a cobertura de regiões de fronteira é a maior preocupação no momento, para impedir o avanço da variante Delta.

A queda no nível de anticorpos neutralizantes com o passar do tempo, verificada pelo estudo chinês, não significa que a população vacinada no início do ano com a Coronavac está desprotegida, explica Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. Segundo o especialista, é natural que o nível de anticorpos diminua ao longo do tempo.

Os anticorpos são apenas um dos componentes de defesa do organismo e, no caso da covid-19, ainda não está claro o papel que eles têm na proteção da população. A memória das células e outros indicadores podem desempenhar uma função importante na proteção. Os pesquisadores ainda não são capazes de dizer quantos e quais marcadores garantem que uma pessoa está ou não protegida de se infectar com o coronavírus.

Para Kfouri, a pesquisa também não deve ser entendida como um sinal para mudar a estratégia de vacinação no Brasil e aplicar uma terceira dose da Coronavac. Estudos no mundo real, sobre infectados e hospitalizados após a vacinação, são os melhores indicativos da eficiência dos imunizantes e de uma eventual necessidade de oferecer doses de reforço para a população.

Crédito: Júlia Marques, O Estado de S.Paulo

 

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor, insira seu comentário!
Por favor, digite seu nome!