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Vacinação contra a COVID-19 no Brasil

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Coronavac é eficaz contra casos graves da variante Delta, diz estudo

Terceira dose da vacina deve começar por idosos e profissionais de saúde

Com sintomas gripais, variante Delta traz dificuldades para o diagnóstico de Covid-19.

Fiocruz já entregou mais de 84 milhões de doses ao PNI.

Brasil ultrapassa 200 milhões de doses de esperança distribuídas para todo o País


Covid-19: Coronavac é eficaz contra casos graves da variante Delta, diz estudo

Um estudo preliminar publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China revelou que a Coronavac apresenta eficácia contra casos graves de Covid-19 causados pela variante Delta.

O artigo – publicado na forma de pré-print – ainda necessita de revisão de pares e usou como base um surto da variante Delta na região de Guangdong, no Sudeste da China, entre maio e junho.

Segundo os dados, todos os imunizantes foram capazes de criar proteção de até 77,7% para os casos de pneunomia e a vacinação completa foi 100% eficaz contra casos graves. 

O surto acometeu mais de 10 mil pessoas e, entre os avaliados, 1,7 mil receberam as duas doses da vacina – que poderia ser a Coronavac ou outras três em uso no país. 

Já entre os 19 pacientes que desenvolveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nenhum havia sido imunizado. 

No estudo, os pesquisadores afirmam que a “vacinação completa com vacinas inativadas é eficaz contra pneumonia, doenças graves e críticas causadas pela variante B.1.617.2”. E ressaltam que, mesmo diante dos resultados positivos, todos os esforços devem ser feitos para garantir a vacinação completa das populações-alvo.

Os pesquisadores apontam, no entanto, que as amostram colhidas para este artigo ainda são pequenas e que estudos adicionais precisam ser feitos para concluir a real efetividade das vacinas em uso no país.

Crédito: Rafaela Lara, da CNN – @internet 19/08/2021


Terceira dose da vacina deve começar por idosos e profissionais de saúde, diz ministro

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira, 18, que a aplicação de uma 3ª dose da vacina contra a covid-19 começa pelos idosos e profissionais de saúde, caso essa estratégia seja aprovada pelo governo federal. O debate sobre a aplicação de uma injeção de reforço tem ganhado força no Brasil. Outros países – como Israel, Chile e Uruguai – já aplicam doses em alguns grupos. 

“Já encomendamos um estudo Pra verificar a estratégia da 3ª dose naqueles que tomaram a Coronavac. Por que naqueles que tomaram a Coronavac? Porque em relação aos outros imunizantes já temos dados científicos balizadores dessa conduta”, disse Queiroga. “Aí vamos ter as respostas e com base nessas respostas tomaremos a conduta”, acrescentou o titular da Saúde. 

“Como será essa terceira dose? Bom, a gente vai começar peloa grupos prioritários. De novo: profissionais de saúde e os mais idosos. Sabemos que os indivíduos idosos têm o sistema imunológico mais comprometido, por isso é que eles são mais vulneráveis. Vocês já têm noticiado e nós sabemos, como profissionais de saúde, que pessoas que tomaram duas doses de vacina podem adoecer com a covid-19. Inclusive em formas graves da doença. Mas se compararmos os que se vacinaram com as duas doses e aqueles que não se vacinaram. O benefício da vacinação é inconteste”, afirmou ele. 

Parte dos especialistas defende avançar a vacinação para a maior parcela possível da população, incluindo os adolescentes, como forma de conter a transmissão do vírus. O avanço da variante Delta, mais transmissível, também colocou autoridades e especialistas em alerta. 

Já outros médicos e cientistas dizem que seria melhor dar essa injeção de reforço em idosos – grupo mais vulnerável, que pode apresentar queda do grau de proteção vacinal ao longo do tempo. Nas última semanas, têm sido registradas hospitalizações e óbitos entre idosos vacinados, como ocorreu com o ator Tarcísio Meira, que morreu aos 85 anos. Isso não significa que a vacina seja ineficaz: ela protege contra casos graves, mas ainda há um risco e o grau de proteção pode diminuir ao longo do tempo.

Crédito: Julia Affonso, O Estado de S. Paulo – @internet 19/08/2021


Com sintomas gripais, variante Delta traz dificuldades para o diagnóstico de Covid-19

A cepa, identificada inicialmente na Índia e hoje espalhada por todos os continentes, mudou o perfil dos sintomas de parte dos pacientes, como relatam profissionais do Reino Unido e dos Estados Unidos, entre outros locais. Às observações deles se somam as de médicos do Brasil, onde a proporção de casos provocados pela Delta tem crescido nos levantamentos. Se, em junho, ela estava em 2,3% dos casos no país, em julho, já havia passado para 21,5%, segundo dados da Rede Genômica Fiocruz.
O avanço dessa linhagem do vírus, que demonstra ser mais transmissível, é notado especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em ambos os estados, a maior parte das amostras sequenciadas geneticamente ainda é da variante Gama (também chamada de P1 ou “de Manaus”), mas a fatia da Delta está aumentando nas últimas semanas.

Na cidade do Rio, no estudo mais recente, revelado no dia 3 de agosto pela Secretaria de estado da Saúde, 45% das amostras já são da Delta. No território fluminense como um todo, a cepa indiana responde por 26%. Na Grande São Paulo, de acordo com dados do Instituto Adolfo Lutz divulgados no começo do mês, a Delta aparece em 23% dos casos da região.

PCR deve ser feito a partir do terceiro dia de sintomas

Coriza (nariz escorrendo, na linguagem popular), dor de cabeça e ardência na garganta têm aparecido com maior frequência entre os pacientes que testam positivo, observam médicos ouvidos pela reportagem no Rio de Janeiro e em São Paulo. Perda de olfato, perda de paladar, tosse e falta de ar, por outro lado, não são mais tão relatadas nos atendimentos das últimas semanas, observam esses profissionais.

— Essa variante parece bastante com sintomas gripais simples, então a gente tem que testar sempre o paciente. A partir do terceiro dia de sintomas, a gente já recomenda que faça o teste RT-PCR, para confirmar ou descartar essa possibilidade — conta Antonino Eduardo Neto, gerente médico do hospital Badim, no Rio de Janeiro. — Já está claro que alguns pacientes, para os quais você não pensaria com muita força em Covid no ano passado, tem que pensar agora — completa.

A mudança no perfil dos sintomas do início da doença segue o que foi observado antes na linha de frente de países em que a Delta gerou uma explosão de casos. Por isso, ela tem sido interpretada aqui como um efeito prático da entrada da variante no Brasil, ainda que não haja estudos abrangentes classificando esses sintomas e que não seja possível avaliar com que cepa cada paciente está. No país, a identificação só ocorre por amostragem, para acompanhamento da vigilância sanitária.

No Rio, a situação também é percebida no Hospital São Lucas Copacabana, conta o pneumologista Alexandre Pinto Cardoso.

— Os sintomas rinossinusais parecem mais frequentes e mais intensos do que antes — diz. — Mas quando evolui para sintomas mais graves, a forma é absolutamente a mesma — destaca.

Dificuldade para respirar, queda na saturação de oxigênio e quadros de trombose, entre outros problemas graves, continuam sendo vistos nas pessoas com maior comprometimento.

Na prática, ter sintomas mais parecidos com os de gripe ou resfriado no começo da doença não impõe um desafio ao tratamento da Covid, que continua o mesmo, afirmam os médicos, mas reforça a necessidade de certos protocolos.

No Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, por exemplo, as equipes da recepção já receberam orientação para ficarem atentas aos sintomas da Delta desde a chegada do paciente à porta, evitando, na triagem, que ele se misture com outros que não apresentam esses sintomas, conta o otorrinolaringologista Arnaldo Tamiso.

E, fora do ambiente hospitalar, controlar a transmissão vira um problema maior ainda. Diante de desconfortos que não acendem um alerta tão forte, por serem considerados banais, a tendência é que as pessoas circulem mais enquanto estão contaminadas e, assim, espalhem o vírus. Por isso, a testagem deveria ser reforçada neste momento.

— Por estarmos diante de uma variante bastante contagiosa, quanto mais rápida essa identificação, melhor é o bloqueio e a redução da disseminação — alerta Isabella Albuquerque, infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio, onde as queixas dos pacientes também têm mudado no começo dos quadros.

Nas últimas semanas, de meados de julho para cá, tem sido comum ainda que os pacientes até se surpreendam com o pedido para fazer teste de Covid e, na sequência, mais ainda, quando se deparam com um resultado positivo, nota o otorrinolaringologista Antonio Celso Ávila da Costa, sócio das clínicas Spot, na capital paulista.

— Eles chegam ao consultório dizendo ‘Estou só com uma sinusite ou com um resfriado, é aquilo de sempre’. Alguns querem até repetir o teste porque não acreditam [no resultado] — conta. — Ficou na percepção de muita gente que, para estar com Covid, tem que perder o olfato, o paladar, ter tosse e falta de ar — avalia.

Mudar esses conceitos é um novo desafio, assim como também reforçar a necessidade de afastamento diante de sintomas brandos.

— A gente tem que ser mais liberal para afastar as pessoas do trabalho e das atividades — conclui João Prats, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Crédito: Giuliana de Toledo/ O Globo – @internet 19/08/2021


Fiocruz já entregou mais de 84 milhões de doses ao PNI

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), principal fornecedora de vacinas para covid-19 do país, entregou 84,5 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até a última sexta-feira (13). A instituição informou que o quantitativo, a manutenção de doses permanentes por 22 semanas ininterruptas e a previsão de chegada de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nos próximos meses apontam para a regularidade nas entregas e a disponibilidade do imunizante. 

A Fiocruz confirmou também o recebimento de três novos lotes de IFA em agosto e o envio de três lotes mensais de IFA, de setembro a novembro. Desta forma, segundo a instituição, será mantida a regularidade de entregas mensais nos próximos meses, com uma média em torno de 18 milhões doses/mês até o final do ano.

A fundação reforçou a importância de se avançar na vacinação de um número cada vez maior de pessoas, para que o país possa sentir os efeitos e benefícios dea proteção coletiva.

Sobre a vacinação heteróloga ou a intercambialidade de vacinas (duas doses com vacinas diferentes), a Fiocruz destacou os benefícios da manutenção do esquema vacinal completo com duas doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca. Embora existam dados potencialmente importantes sobre o uso de sistemas heterólogos de vacinação, não existem dados ainda sobre a duração da resposta imune com o uso de duas vacinas diferentes.

A duração e amplitude da resposta imune pós-vacina, segundo a Fiocruz, está sendo acompanhada com muita preocupação frente ao momento global da pandemia em relação às variantes e aumentos de números e gravidade de casos.

No caso da vacina Fiocruz/AstraZeneca, estudos têm apontado para uma alta efetividade da vacina nos dados do mundo real, incluindo no Brasil, assim como para uma persistência maior na resposta imune das pessoas vacinadas com duas doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca do que o relatado nos estudos com outros imunizantes.

Estudo conduzido pela Universidade de Oxford e publicado em junho deste ano na revista científica The Lancet, mostra não haver prejuízo em ampliar o intervalo entre a primeira e a segunda dose, em caso de necessidade. De acordo com a pesquisa, a primeira dose pode sustentar uma eficácia de 80% por até 10 meses até a segunda dose e o intervalo poderia conferir uma resposta imunológica ainda mais robusta após o esquema vacinal completo da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Agência Brasil de Notícias 19/08/2021


Brasil ultrapassa 200 milhões de doses de esperança distribuídas para todo o País

“Eu estou muito feliz, de verdade”. “A gente se sente mais seguro para, aos poucos, voltar à vida normal”. ”Em casa, todo mundo já se vacinou”. “Vida nova, a partir de agora”. “A sensação é muito boa. A gente se sente mais protegido”. “Logo, logo todo mundo vai estar vacinado para acabar com essa doença”. “Gratidão por esse momento. Estou muito emocionada”.

Essas são algumas das expressões de brasileiros que já receberam a dose de esperança; a esperança que vai pôr fim à pandemia da Covid-19. Provavelmente, uma dessas pode ter sido a sua. E, agora, o Brasil tem motivo para celebrar. Neste sábado (14), o País chegou à marca de 200 milhões de doses de vacina Covid-19 distribuídas aos estados e Distrito Federal.

Com o avanço no envio de doses às unidades federativas, a meta de vacinar toda a população acima de 18 anos até setembro de 2021, com a primeira dose, se aproxima cada vez mais. Em agosto e setembro, por exemplo, espera-se receber mais de 130 milhões de vacinas Covid-19. E, como resultado de uma campanha célere, os números da pandemia se mostram em queda.

O Brasil chegou a ficar uma semana com média móvel de óbitos por Covid-19 abaixo de mil registros. Além disso, logo nas primeiras semanas do mês de agosto, o Brasil chegou a registrar o menor índice de ocupação de leitos chegando abaixo de 80%. Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os resultados provam a eficiência do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da força do SUS.

“O enfrentamento eficaz à Covid-19 e aos outros problemas de saúde pública é prioritário. Precisamos retomar à nossa vida normal. A nossa campanha tem mostrado a sua importância com os resultados do avanço da vacinação. Por isso, seguimos unidos e fortes nesta luta, neste objetivo que é vacinar toda a população brasileira até o fim do ano”, contou Queiroga.

A estudante Bárbara Helena, que mora em Botucatu, interior de São Paulo, não escondeu a felicidade quando recebeu a segunda dose. “Estamos esperando isso há muito tempo. É um gesto que é tão simples, mas que muda a vida de milhões de brasileiros. Sei que vai levar um tempo para voltar à normalidade, mas isso traz muita esperança. Que o Brasil inteiro viva esse momento o mais breve possível”, contou.

Para o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a principal arma para acabar com a pandemia é, de fato, a vacinação. Ele lembrou que medidas como higienização, distanciamento seguro, uso de máscara, ambientes arejados, devem continuar na rotina da população brasileira até que todos estejam vacinados.

“Além da vacinação, a gente precisa continuar com as medidas chamadas não-farmacológicas. Porque, por intermédio dessas medidas, a gente evita o espalhamento do vírus e o contágio. Então, com os protocolos sanitários a gente garante uma retomada de todas as atividades da forma mais segura possível”, pontuou o secretário executivo.

Ministério da Saúde 19/08/2021

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