COP26: Brasil está apoiando proposta de mercado de carbono e empresas firmam compromissos para redução de emissões

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COP26: Brasil está apoiando proposta de mercado de carbono, diz ministro

Ministro também comentou a importância das empresas no financiamento para uma economia verde

No fim desta quinta-feira, 11, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, falou aos jornalistas na COP26, a Conferência das Partes. Nos últimos dias foi possível perceber uma mudança de postura do país, e um esforço para se mostrar receptivo às demandas necessárias para o combate ao desmatamento, frear o aquecimento global e mais.Agora, na reta final da Conferência, há grandes expectativas sobre as negociações dos países. “Alguns países ainda estou resistentes às propostas apresentadas, e apoiadas pelo Brasil. Estamos buscando uma transição justa, com incentivos econômicos e baixa emissão”, disse Leite.

O ministro também comentou o dado de que o mundo precisa de 5 trilhões de dólares por ano, globalmente até 2030, para financiar medidas de combate às mudanças climáticas, acreditando que 4 trilhões desse total venham das ações empresariais.

“As empresas brasileiras estão presentes na COP26, acompanhando o debate e mostrando suas iniciativas, para além dos governos elas serão essenciais para a transição da economia e a geração de empregos”.

Para o Brasil, o principal entrave se dá na questão do financiamento. “O primeiro desafio são os 100 bilhões que foram prometidos [de países ricos, para países em desenvolvimento] e não foram entregues. “Outro desafio é garantir uma estrutura de execução dos projetos, e como transferir os recursos”.

Joaquim Álvaro Pereira Leite, ministro do Meio Ambiente está na COP26 (Cleia Viana/Agência Câmara)

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas.

Para além disto, líderes empresariais, sociedade civil e mais, se unem para discutir suas participações no tema. Neste cenário, a EXAME atua como parceira oficial da Rede Brasil do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas.

Crédito: Rodrigo CaetanoMarina Filippe de Glasgow/Revista Exame – @disponível na internet 12/11/2021


Empresas firmam compromissos para redução de emissões na COP26

“É do interesse de todos que vejamos uma mudança sistêmica que evite a catástrofe climática e desbloqueie o potencial de crescimento verde”, afirma Daniel Maximilian Da Costa, principal executivo do Latin American Quality Institute.

A construção de uma sociedade mais sustentável tem pautado os debates e os compromissos assumidos pelo setor empresarial na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), sediada em Glasgow, na Escócia. Líderes empresariais se posicionaram contra o desmatamento ilegal e em defesa de uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa.

Embora o Observatório do Clima tenha registrado uma redução inédita de quase 7% nas emissões globais de gases de efeito estufa durante a pandemia de Covid-19, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2) atingiram um novo pico de 413,2 ppm em 2020. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em 2021, continua a tendência de alta anual acima da média do período entre 2011 e 2020.

a Organização das Nações Unidas (ONU), as alterações climáticas são a questão definidora do tempo atual, e o setor privado desempenha um papel fundamental, com sinais de mercado e soluções inovadoras para planos concretos para uma economia de carbono zero. Nas discussões em Glasgow, empresas têm firmado compromissos para fomentar uma economia de baixo carbono e evitar que a temperatura global se eleve para além de 1,5°C, como estabelecido no Acordo de Paris. Até 2030, o Brasil pretende reduzir pela metade as emissões de CO2 e zerar até 2050.

Presente no evento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) expôs seu eixo de atuação com base na transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) também apresentou um documento, assinado por mais de 100 empresas brasileiras, com o compromisso de combater a emissão de carbono e as mudanças climáticas no mundo. Para isso, o conselho de líderes do CEBDS apoia a aderência a metas baseadas em conceitos científicos e práticas de transparência financeira, com financiamento para a promoção da transição climática e combate integral ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica e de outros biomas brasileiros.

De acordo com o principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, a mudança climática é um dos problemas mais urgentes que o mundo enfrenta hoje e que afeta toda a sociedade, desde famílias que se preocupam com o futuro de seus filhos até fundos de pensão que decidem onde investir. Assim, ações eficazes são necessárias para a reversão desse processo cíclico natural. “É do interesse de todos que vejamos uma mudança sistêmica que evite a catástrofe climática e desbloqueie o potencial de crescimento verde”, afirma.

Em vista disso, Da Costa reconhece a importância de reduzir ativamente o impacto climático e compensar emissões por meio de créditos de carbono. “É por isso que, para mitigar nossos impactos, vamos compensar nossas emissões por meio de créditos de carbono de alta qualidade. Comprometemo-nos publicamente em apoiar nossos mais de 4 mil membros e fornecedores na transformação de seus negócios para reduzir a zero suas pegadas de carbono em toda a América Latina através de programas de sensibilização e capacitação, convênios de cooperação mútua e liderando através do nosso próprio exemplo”, conclui.

Crédito: Agência Dino – @disponível na internet 12/11/2021

 

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