Governo avalia dar um reajuste linear de R$ 400,00 para os Servidores Federais

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Governo Bolsonaro avalia reajuste linear de R$ 400 para servidores federais

 O governo do presidente Jair Bolsonaro avalia conceder um reajuste linear de R$ 400 para todos os servidores da União neste ano, de acordo com integrantes do Executivo.

O presidente prometeu dar um aumento para a Polícia Federal, para a Polícia Rodoviária Federal e para o Departamento Penitenciário Nacional, e chegou a reservar R$ 1,9 bilhão no Orçamento deste ano para esse fim. A promessa de reajuste para as forças policiais gerou protestos das demais categorias.

Embora essas manifestações tenham arrefecido, é um desejo de Bolsonaro conceder aumento para os servidores e a solução de um reajuste linear é bem vista por auxiliares do presidente. Integrantes do governo afirmam que é preciso dar “boas notícias” em ano eleitoral.

Um reajuste de R$ 400 teria um impacto de cerca R$ 5 bilhões no Orçamento deste ano. Para acomodar esse valor, é necessário fazer cortes em outras despesas. Além disso, um reajuste tem impactos permanentes, já que os valores ficam incorporados nos salários de ativos e inativos ao longo dos próximos anos.

Hoje, a maior parte dos servidores recebe entre R$ 2,5 mil e R$ 8,4 mil mensais. Por isso, a avaliação no governo é que um reajuste de R$ 400 é expressivo para grande parte do funcionalismo, embora desagrade os servidores com salários mais altos. Em alguns casos, um reajuste de R$ 400 é suficiente até mesmo para recompor a inflação do ano passado, de 10,06%.

Procurado, o Ministério da Economia disse que não comentará o assunto.

À noite, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o funcionalismo merece aumento, mas isso esbarra no teto de gastos e na lei eleitoral.

— O funcionalismo merece o aumento, tem que ter o aumento. Só que nós estamos esbarrando no teto e é ano de eleição. Se nós tentarmos dar o aumento agora, a gente pode se chocar com a lei eleitoral — disse Guedes, em entrevista à TV Jovem Pan News.

O governo trabalha para anunciar uma decisão sobre os reajustes em março. A lei eleitoral veda aumentos num prazo de 180 dias antes das eleições, que ocorrem em outubro. Ou seja, é necessário propor o reajuste até 2 de abril deste ano.

No início deste ano, em consultas informais feitas por auxiliares de Bolsonaro, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avisaram que conceder reajustes salariais para categorias específicas, como a de policiais federais, pode desencadear uma série de ações na Cortes cobrando o mesmo tratamento para todos os servidores.

O alerta desses ministros do STF feito ao governo é de que o Supremo pode obrigar o “alinhamento” do tratamento dado a uma categoria às demais carreiras do Executivo, após dois anos de reajustes suspensos.

Ou seja, mesmo que a decisão de Bolsonaro seja a de conceder o reajuste apenas para policiais, o governo pode ser obrigado a dar  aumentos para várias categorias, aumentando muito o impacto fiscal da medida. Esse alerta foi levado por auxiliares ao próprio Bolsonaro.

Nos bastidores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, alertou ao presidente Jair Bolsonaro que conceder o reajuste aos servidores apenas para uma categoria vai aumentar a pressão que seria melhor não aumentar os salários de ninguém.

Em entrevista à TV Brasil neste mês, Bolsonaro lembrou que no Orçamento de 2022 ficaram “reservados” R$ 1,9 bilhão para o reajuste de servidores, mas ressaltou que houve uma “grita geral” por parte de outros funcionários públicos.

— Tenho reservado quase R$ 2 bilhões para conceder reposições à PF, PRF e pessoal que trabalha no sistema penitenciário. Houve uma grita geral, muitos servidores querem aumento também, acho que todos merecem aumento. Mas a pandemia nos deixou em uma situação sem recursos — disse Bolsonaro.

Crédito: Manoel Ventura / O Globo – @disponível na internet 22/02/2022


Conheça a pauta de reivindicações dos servidores do Inmetro  asmetro.org.br/portalsn/2022/01/08/relato-da-reuniao-do-asmetro-sn-com-a-secretaria-de-gestao-e-desempenho-de-pessoal/


Bolsonaro acena com reajuste a policiais rodoviários e pede compreensão de outras categorias

O presidente Jair Bolsonaro fez um aceno à Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira, 21, e pediu compreensão de outras categorias que eventualmente fiquem de fora dos reajustes salariais concedidos pelo governo neste ano.

Durante o lançamento da chamada Agenda Brasil para Todos, que reúne programas do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no Palácio do Planalto, Bolsonaro chamou superintendentes da PRF para a frente do púlpito onde estava e afirmou que os policiais estavam no rol de categorias que “merecem reconhecimento”.

“(A PRF) é uma instituição séria, como outras que temos no Brasil, mas que realmente faz um trabalho excepcional para a nossa sociedade e nós temos que valorizar esses profissionais. Eu espero que a sociedade entenda que isso deva ser feito”, disse Bolsonaro durante discurso no evento.

O governo se mobilizou para conceder um reajuste a policiais federais após a aprovação de uma verba de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022, mas enfrentou a reação de outras categorias e ainda não oficializou nenhuma revisão salarial.

Na semana passada, o Executivo enviou um novo projeto de lei ao Congresso pedindo a aprovação de mais R$ 1,7 bilhão no Orçamento para o pagamento de despesas com servidores. De acordo com técnicos do Legislativo, a proposta abre margem para o Executivo conceder reajustes.

“Quem nós pudermos salvar, na frente a gente salva, espero a compreensão das demais categorias, dos demais servidores no Brasil. O que nós queremos é reconhecer o trabalho de todos e a nossa Polícia Rodoviária Federal está incluída nesse rol que merece esse reconhecimento”, disse Bolsonaro.

Crédto: Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo – @ disponível na internet 22/02/2022

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