Web Summit: Rio abre as portas para a inovação e a tecnologia

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Rio abre as portas para a inovação e a tecnologia

A edição carioca do Web Summit, a maior conferência de tecnologia do mundo, começou nesta segunda-feira com a ambição de pôr o Rio no mapa das capitais da inovação do planeta. Até quinta-feira, pessoas de mais de cem países (são mais de 20 mil inscritos), entre elas uma multidão de empreendedores e investidores, vão se encontrar para ativar novos negócios no setor e debater como ferramentas inteligentes podem construir soluções para problemas da sociedade.   

Mas, já na abertura, ficou claro que, ao aportar no Rio, pela primeira vez fora da Europa, o evento se empodera para aprofundar temas como meio ambiente, mudança climática e racismo. Nesta terça-feira, a programação começa às 10h, com transmissão ao vivo pelo youtube e pelo app do evento. Os ingressos estão esgotados.

O Web Summit Rio tem apoio da Invest.Rio | Prefeitura do Rio de Janeiro e do Senac RJ que, junto do Sebrae, também apresentam a divulgação e cobertura do evento na Editora Globo, por meio do jornal O GLOBO, do Valor Econômico, da Época Negócios e da Rádio CBN. Para ver a programação, acesse o site do evento.

Entre os primeiros a tomarem o palco do Center Stage montado no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, estiveram a ativista indígena Txai Suruí e a americana Ayo Tometi, cofundadora do Black Lives Matter. E logo no início, o fundador e CEO do Web Summit, Paddy Cosgrave, evocou um das marcas da conferência. Pediu para que todos se levantassem e se apresentassem a três pessoas a sua volta. Foi a senha para a largada no esperado networking que deve  mover o evento.

— Você nunca sabe quem vai conhecer nos próximos dias no Rio, gente de todos os cantos do mundo —disse ele.

Logo depois de Cosgrave, foi o prefeito do Rio, Eduardo Paes, quem fez as honras, repetindo o plano de transformar o Rio na capital da inovação na América Latina, com o Web Summit como parte importante desse objetivo. Ele lembrou a experiência de Lisboa, onde o evento ocorre desde 2016, para reafirmar a capacidade da conferência de provocar transformações contínuas nas cidades que a recebem.

— Todo um ecossistema é criado e alimentado pelo Web Summit — afirmou Paes. — Não sinto que estou numa cerimônia de abertura. Mas, sim, iniciando um novo momento para o Rio.

Já quando veio tona a pauta social que permeará o evento, a jornalista Maju Coutinho conversou com Ayo Tometi sobre o papel da tecnologia nos movimentos sociais. A americana lembrou que, enquanto podem ampliar o alcance de mobilizações como o Black Lives Matter, os algoritmos por trás de plataformas tecnológicas ainda reproduzem o racismo da sociedade. O que, para ela, precisa ser monitorado e modificado.

— Eu sou investidora e também conselheira de organizações de inteligência artificial, então, acredito na tecnologia. E é por isso que estou aqui. No entanto, sabemos que há ferramentas desenvolvidas agora que não estão sendo alimentadas com as melhores práticas — disse Ayo. — Precisamos ter ciência de que esses valores alimentam nossos produtos e essas tecnologias não são neutras – continuou.  

Na fala seguinte, o apresentador Luciano Huck enveredou para a questão ambiental. E ressaltou que, por muito tempo, o país manteve a ideia de que a riqueza só vem com a destruição da natureza, pensamento que, segundo ele, vem mudando. Para provar que desenvolvimento e tecnologia podem ser aliados do meio ambiente, ele recordou sua viagem a Rondônia para conhecer o Mapa Cultural dos Suruí, projeto em parceria do Google com a etnia Paiter-Suruí. Txai Suruí, então, chegou para contar a experiência de como conhecimento ancestral e inovação têm sido conjugados por seu povo.

— Nós, povos indígenas, utilizamos tecnologia para proteger florestas. Soluções já estão sendo colocadas em prática em nosso território para adiar o fim do mundo e segurar esse céu — disse ela, em referência às medidas contra as mudanças climáticas.

A abertura do Web Summit Rio teve ainda  discussões voltadas para o mercado. Num bate-papo com a jornalista Cristiane Pelajo, o CEO do Nubank, David Vélez,  destacou a revolução trazida pela inteligência artificial como um ingrediente a mais no caminho sem volta da digitalização do setor bancário.

— É a mais transformadora mudança do nosso período de vida e vai ser a mais rápida também. (…) O mercado deve ser digital. Não faz sentido ter agências de banco em qualquer esquina. E, principalmente agora, com as plataformas e nova era da IA, teremos cada vez menos intermediários entre a pessoa e a internet — avaliou.

O evento também teve apresentações de fundadores de startups, que apresentaram seus negócios – envolvendo desde finanças até soluções ambientais, saúde mental dos colaboradores, contratação de talentos e cuidados para com a saúde das mulheres.

O painel, intitulado “Breakout startups”, contou com nomes como Niklas Kluger, co-fundador da InPlanet, greentech brasileira; Carolina Kia, cofundadora e CEO da Bud, plataforma de software as a service de gestão de times; Paola Neira, fundadora da Latú Seguros, Mario Augusto Sá, cofundador e CEO da NG.cash, de carteira digital.

Crédito: Carolina Nalin e Rafael Galdo / O Globo – @ disponível na internet 02/05/2023

Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, começa nesta segunda no Rio. (Imagem de 2022) — Foto: Divulgação

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