Petrobras reduz em R$ 0,40 o preço da gasolina; R$ 0,44 o diesel; e R$ 0,69 o gás de cozinha

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@reprodução internet

O presidente da Petrobras Jean Paul Prates anunciou a queda de R$ 0,40 no preço da gasolina, R$ 0,44 no diesel e R$ 0,69 do GLP para as distribuidoras.   

A revisão vale a partir de hoje, 17, e foi comunicada pelo executivo durante apresentação das mudanças na política de preços dos combustíveis – promessa de campanha do presidente Lula.

O último anúncio havia sido feito no fim de abril, quando a estatal reduziu o preço do diesel para as distribuidoras. A queda no valor médio cobrado foi de quase 10%.

O produto, que era comercializado a R$ 3,84 passou para R$ 3,46 por litro, diferença de R$ 0,38.   

Em março, a empresa já havia cortado o preço do litro do diesel em R$ 0,18. O preço para as distribuidoras passou de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro.

Cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), mostram que a Petrobras poderia reduzir o preço da gasolina em R$ 0,35 o litro para atingir a paridade com o mercado internacional.

Segundo a associação, o preço da gasolina no fechamento de ontem, antes do reajuste da Petrobras hoje, estava 15% mais caro nas refinarias da Petrobras do que no mercado internacional, enquanto o diesel registra preço 9% maior nessa mesma comparação.

Crédito: Redação de O Estado de São Paulo – disponível na internet 17/05/2023


Nova política de preços vai gerar prejuízo para a Petrobras, diz ex-presidente da estatal

O ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ao Estadão que a nova política de preços dos combustíveis anunciada pela empresa nesta terça-feira, 16, deverá gerar “prejuízo” e ter impacto negativo na produção de etanol, cujo preço é vinculado ao da gasolina, além de levar a uma redução dos dividendos pagos à União e aos acionistas privados e criar “um ambiente de negócios ruim” no setor.

Segundo Castello Branco, a nova política é “vaga”, porque ao mesmo tempo em que deixa uma margem para a manutenção da paridade com os preços de importação (PPI), “para se defender das contestações do mercado”, abre espaço para fixar os preços nas refinarias abaixo dos valores praticados no mercado externo, que é o que deve acontecer.

“Quando a Petrobras fala que pode fixar os preços de acordo com o ‘custo marginal’, ela está dizendo que pode fazer isso pela paridade internacional. Mas quando diz que também pode fixá-los com base no ‘custo alternativo do cliente’ está deixando a porta aberta para praticar preços abaixo dos praticados lá fora”, afirma. “Se a Petrobras quiser se comportar conforme a paridade, ela poderá, mas provavelmente não vai fazer isso, dado que existe uma forte oposição política do governo a essa política.”

De acordo com Castello Branco, a nova política de preços da Petrobras poderá “secar” as importações de combustíveis feitas pela iniciativa privada, levando a empresa realizar ela mesma a compra no mercado internacional, para evitar o desabastecimento interno, já que o País não é autossuficiente em gasolina e diesel, em razão de a capacidade de refino ser menor do que a produção de petróleo. “O importador não vai querer comprar lá fora pelo preço de mercado internacional e vender aqui por um preço mais baixo.”.

Crédito: José Fucs / O Estado de São Paulo – @disponível na internet 17/05/2023

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