Governo Lula abre a torneira e paga R$ 2,4 bilhões em emendas

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Após meses segurando o pagamento de emendas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “abriu a torneira” e liberou R$ 2,4 bilhões no início de junho. A soma dos pagamentos de março, abril e maio não ultrapassou R$ 27 milhões.
Os dados foram acessados pelo Metrópolespor meio da plataforma Siga Brasil, que lista os gastos orçamentários da gestão federal.

A liberação das emendas parlamentares é uma das principais demandas das lideranças do Congresso Nacional, principalmente da Câmara dos Deputados, onde o governo Lula enfrentou maus momentos.

A gestão petista correu o risco — já superado — até de perder a estrutura de ministérios definida pelo presidente no início do seu mandato.

As verbas são pagas em meio ao tensionamento e rumores de reforma ministerial para atender às demandas de partidos do chamado “Centrão”, principalmente o União Brasil.

Em reunião com ministros na última quinta-feira (15/6), Lula cobrou melhor atendimento e rapidez no cumprimento das promessas feitas aos parlamentares.

O União Brasil comanda três ministérios no governo Lula. Ocorre, no entanto, que a bancada do partido na Câmara diz não se sentir representada pela ministra do Turismo, Daniela Carneiro (RJ), conhecida como Daniela do Waguinho.

 

A liberação de emendas fez o União Brasil subir para o quarto lugar no ranking de partidos mais contemplados pelos recursos. No total, o governo pagou R$ 224 milhões em indicações feitas pela legenda, sendo R$ 177 milhões oriundos de pedidos da Câmara e R$ 46 milhões do Senado.

O PSD de Gilberto Kassab é o campeão em emendas. A legenda, que deu votos contra o Planalto no Marco Temporal e na derrubada do decreto do saneamento, por exemplo, abocanhou R$ 419 milhões.

O PSD ficou na frente do próprio PT, que figura em segundo lugar no ranking, com R$ 393 milhões em emendas pagas. O MDB é o terceiro, com R$ 303 milhões. A legenda de Baleia Rossi também faz parte da base aliada do governo.
 

Além da indicação de emendas, há cobranças de liberação de cargos, até o momento represados na Casa Civil, comandada por Rui Costa.

Com as últimas liberações, as emendas empenhadas em 2023 saltaram para R$ 5,6 bilhões. Esse valor leva em conta emendas individuais, além de emendas de comissão (de código RP-8) e de bancadas estaduais (de código RP-7).

Emendas para a Saúde

O Ministério da Saúde é a pasta responsável por 98,83% das emendas pagas até o momento. Tamanha capilaridade ilustra o porquê de a pasta ser a principal demanda do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Saiba quanto cada partido teve de emendas pagas

Crédito: Augusto Tenório, Sandy Mendes, Rebeca Borges e Mateus Salomão / Metrópoles 19/06/2023

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