“A primeira coisa que o motorista precisa é se preocupar com o tipo de produto que ele está comprando. Eles são regulamentados pelo Inmetro, verificar se tem o selo do Inmetro”
Misturado aos gases da combustão do diesel, o arla transforma o óxido de nitrogênio em nitrogênio e vapor de água, o que diminui a emissão de poluentes. A utilização do antipoluente é obrigatória em veículos acima de 3,8 toneladas e fabricados a partir de 2012.
Uma força-tarefa do Ibama, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal multou empresas que adulteravam um produto antipoluente usado em caminhões.
Durante cinco dias, os fiscais montaram laboratórios para testar o arla produzido em seis fábricas de Minas Gerais. A fiscalização comprovou a fraude em três delas, que tiveram as atividades suspensas. As multas pela adulteração do antipoluente podem chegar a R$ 3 milhões.
“A gente notificou essas empresas para que elas descartassem de forma ambientalmente adequada e sistemas adequados, tanto o arla irregular que eles estavam utilizando quanto a ureia, dando a destinação adequada”, explica Paulo Henrique Nagydai, chefe da fiscalização Ibama/ MG.
Segundo as investigações, os fabricantes trocaram a ureia industrial pela utilizada em fertilizantes, que é muito mais barata. A ureia é o principal composto químico usado no arla. Misturado aos gases da combustão do diesel, o arla transforma o óxido de nitrogênio – um dos gases responsáveis pelo efeito estufa – em nitrogênio e vapor de água, o que diminui a emissão de poluentes em até seis vezes.
A utilizacao do arla é obrigatória em veículos acima de 3,8 toneladas e fabricados a partir de 2012.
As empresas multadas durante a operação vendiam arla adulterado há pelo menos seis meses, segundo os investigadores. Além de prejudicar o meio ambiente, o produto falsificado também pode danificar os veículos.
“A bomba injetora, os sensores de pulverização, todo o cano de descarga e o catalisador. Esse sistema, como um todo, pode passar de R$ 30 mil dentro de um automóvel”, afirma Hélder de Almeida, coordenador das engenharias do Ibmec.
A circulação de veículos com arla falsificado é uma infração grave. O caminhão pode ser apreendido e o motorista recebe cinco pontos na carteira e multa.
“A primeira coisa que o motorista precisa é se preocupar com o tipo de produto que ele está comprando. Eles são regulamentados pelo Inmetro, verificar se tem o selo do Inmetro, não buscar por produtos que, às vezes, são vendidos muito baratos pela internet. E guardem todos os comprovantes porque, também, um problema no veículo vai ser evitado”, diz Roberta Torres, especialista em segurança no trânsito.
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Crédito: Jornal Nacional do dia 05/07/2023
Materia muito boa, pena que não colocaram os nomes dos fabricantes que estao adulterando o arla.