Narcomilícias no Rio: os fatores que acirram a disputa na zona oeste da cidade

0
201
Balanço do RioÔnibus contabiliza 35 coletivos queimados, 20 deles do município, sendo 5 BRTs — Foto: Reprodução/TVGlobo

A zona oeste do Rio de Janeiro viveu nesta segunda-feira (23/10) mais um episódio dos violentos confrontos de grupos criminosos com a polícia ou entre si pelo domínio da região.

Quase 30 ônibus, em diferentes pontos da zona oeste, foram alvos de incêndios criminosos e levaram a capital fluminense ao “estágio de mobilização” — quando há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.

Os incêndios teriam sido provocados por criminosos em represália à morte de Matheus da Silva Rezende durante troca de tiros com agentes, também nesta segunda. Conhecido como Faustão ou Teteu, ele era sobrinho de Zinho, chefe de uma das principais milícias da região.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirmou em entrevista coletiva no início da noite de segunda que Matheus foi morto em uma operação da Polícia Civil — cujas unidades e agentes Castro parabenizou por “neutralizarem um dos maiores criminosos da atualidade do Rio de Janeiro”.

Sem distinção entre milícia e tráfico

Para a polícia, já não há mais distinção entre milícia e tráfico, porque ambos imitam os “modelos de negócio” um do outro — o que pode ter sido um motor para a escalada de mortes e outros crimes violentos na área nos últimos meses.

O Comando Vermelho (CV), facção criminosa originalmente focada no tráfico de drogas, agora se alia a milicianos da zona oeste pelo controle de comunidades na região.

Ter o domínio da área significa poder explorar o comércio ilegal de drogas e de produtos e serviços, como a venda de gás de botijão, acesso à internet, transporte por van e outros — agora feito por milicianos e traficantes, indistintamente.

Neste mês, outros episódios relacionados à intensificação desses conflitos na zona oeste estão o triplo assassinato de médicos na orla da Barra da Tijuca, no começo do mês, e o desvio de armamentos de um arsenal do Exército em São Paulo, na semana passada.

Segundo a Polícia Civil, as armas furtadas dos militares provavelmente seriam usado na disputa pelo controle territorial de favelas da região que ocorre há mais de um ano e meio.

Na disputa em que o armamento do Exército seria usado está uma narcomilícia da Gardênia Azul agora aliada ao CV.

Foi no bairro que foram encontrados mortos quatro suspeitos da chacina de três médicos de São Paulo no dia 5 de outubro.

A execução teria sido ordenada pela cúpula do CV, de acordo com a polícia, porque a ação não atingiu o seu objetivo, a eliminação de um rival, e chamou a atenção para as atividades na região.

A Polícia Civil afirma que sua principal linha de investigação é a de que um engano causou o ataque com as mortes dos ortopedistas Diego Ralf Bonfim, irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP), Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro de Almeida, além de ferimentos graves no também médico Daniel Proença.

Perseu teria sido confundido com Taillon Barbosa, um miliciano rival dos autores da chacina, e que foi recentemente solto da prisão.

Os quatro médicos bebiam em um quiosque na calçada oposta ao Hotel Windsor, onde estavam hospedados para um congresso de ortopedia.

Um salto nos crimes violentos na zona oeste

Esse conflito entre grupos criminosos gerou nos últimos meses uma escalada de mortes e outros casos violentos na área. Os efeitos já aparecem nas estatísticas de violência.

Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado apontou que, de 1° de janeiro até 12h de 20 de outubro de 2023 (quando a contagem foi encerrada), ocorreram na zona oeste carioca:

  • 241 mortos em homicídios (129,5% sobre os 105 do mesmo período de 2022)
  • 13 chacinas com 47 mortos (291,6% a mais que os 12 em 4 massacres no ano anterior)
  • 728 tiroteios (55,88% a mais que os 467 do ano passado)

Em comparação, a zona sul, a mais rica do município, registrou, no mesmo período:

  • 6 mortos em homicídio (o dobro do ano anterior)
  • nenhuma chacina, como foi em 2022
  • 47 tiroteios (menos 4 casos, queda de 8,51% sobre os 51 de 2022)
Mapa mostra controle em diferentes áreas do Rio de Janeiro
Mapa mostra controle em diferentes áreas do Rio de Janeiro @Geni UFF e Fogo Cruzado

“As disputas na região explodiram após a morte do Ecko (Wellington da Silva Braga), chefe da principal milícia, em junho de 2021”, afirma o Instituto Fogo Cruzado em texto sobre o levantamento.

“O irmão dele, Zinho [Luiz Carlos da Silva Braga], e um ex-aliado, Tandera [Danilo Dias Lima], passaram a disputar bairros. Com a milícia fragilizada, o Comando Vermelho passou a tentar tomar as áreas. A disputa em Jacarepaguá [zona oeste do Rio] é uma das mais críticas.”

Segundo Carlos Nhanga, coordenador regional do Fogo Cruzado, a disputa entre esses grupos na zona oeste do Rio não começou agora, mas se intensificou pela entrada de novos atores na disputa pelos territórios.

“Antes, era dominado por uma milícia”, afirma ele.

“Hoje, tem facções do tráfico entrando. A morte do Ecko gerou um novo cenário. Não existe vácuo de poder. Determinadas ações [como a morte do antigo chefe da milícia] têm consequências, pelos dados históricos do Rio de Janeiro.”

O pesquisador Daniel Hirata, do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF), diz que as mortes violentas na região de Jacarepaguá e Barra da Tijuca afetaram os indicadores gerais de violência do Sudeste e do país.

Segundo o Monitor da Violência do G1, os homicídios caíram 3,4% no Brasil no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.

A queda se deu em quase todas as regiões. E o exceção foi o Sudeste, onde os assassinatos cresceram. Na região, o maior aumento ocorreu justamente no Rio de Janeiro: 17,3%.

“Os dados de 2022 e 2023 mostram que tivemos uma reversão da tendência nacional no Sudeste, que foi afetada pelo Rio”, diz ele.

“E quando olhamos, vemos que o aumento se deu mais na zona oeste da capital e em alguns municípios da Baixada Fluminense.”

reflexo de homem armado e homem em moto
Segundo a polícia, armamento furtado dos militares provavelmente seria usado na disputa pelo controle territorial @getty images

Liga da Justiça

A maior milícia do Rio, então chamada de Liga da Justiça começou a atuar há pelo menos 15 anos dizendo que tinha o objetivo de combater o avanço do tráfico de drogas.

A organização criminosa foi criada por policiais que expulsaram traficantes e dominaram bairros da região. Policiais civis e militares, bombeiros, guardas municipais e integrantes da Forças Armadas, além, de criminosos comuns, integravam o bando. Em alguns casos, tiveram apoio de moradores.

A quadrilha cobrava, por meio de intimidação e violência, taxas ilegais de moradores e comerciantes, a pretexto de combater o crime.

Os milicianos também impunham a venda de produtos, como gás em botijão e água mineral, e serviços, como acesso clandestino à internet, TV a cabo pirata e transporte por vans.

Com o tempo, transformaram o domínio em poder político e conquistaram mandatos parlamentares. O modelo foi replicado em outros bairros por outros criminosos.

Os chefes do grupo criminoso original, segundo a Polícia Civil, eram Natalino Guimarães, que se elegeu deputado estadual, e seu irmão, Jerônimo Guimarães, o Jerominho, que foi vereador na capital fluminense.

Com base eleitoral no bairro de Campo Grande, ambos sempre negavam ter ligações com o crime ou qualquer atividade ilegal.

Natalino foi preso ainda no mandato, ao qual renunciou. Depois de cumprir dez anos de cadeia por vários crimes, entre eles o de formação de quadrilha, os dois desistiram das carreiras parlamentares, embora tentassem influir na política.

Cumpriram suas penas e foram soltos. Jerominho foi morto a tiros em agosto de 2022, em um ataque a tiros na rua durante o dia.

Na época em que os irmãos Guimarães estavam na cadeia, a chefia da Liga da Justiça foi assumida por Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes.

Policiais atribuem a ele a entrada da milícia da zona oeste do tráfico de drogas.

Três Pontes foi morto pela polícia em abril de 2017. Seu irmão, Ecko, assumiu o comando da Liga. Ele expandiu os negócios e se tornou o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro. O nome do grupo foi mudado para Bonde do Ecko.

Ecko foi morto durante uma operação policial em 2021. A quadrilha, então, passou a ser comandada por um irmão de Ecko e Três Pontes: Luiz Carlos da Silva Braga, o Zinho.

Mas o bando rachou. A dissidência é chefiada por Danilo Dias Lima, o Tandera, que era aliado de Ecko.

Os dois grupos começaram a guerra pela zona oeste, há mais de um ano, com assassinatos, tiroteios e destruição de vans controladas pelos rivais.

Com a entrada de traficantes de outros bairros, o confronto se agravou. A facção Comando Vermelho investiu no conflito. São dela os criminosos que se aliaram aos narcomilicianos da Gardênia Azul, origem dos algozes dos médicos.

mural com a palavra Paz na Favela Morro do Chapadao, RJ
Crimes tiveram alta significativa na zona oeste do Rio, onde ocorre principalmente a disputa entre grupos criminosos @getty images

Fronteira urbana

Antiga zona rural do Rio de Janeiro, a zona oeste concentra a maior parte da população da cidade.

É uma área de urbanização relativamente recente, acelerada a partir dos anos 1980 — uma fronteira urbana.

Algumas características da região ajudaram no desenvolvimento dos grupos criminosos. O modelo de negócios dessas quadrilhas, a partir do domínio territorial armado, focava loteamentos, compra e venda de imóveis e oferecimento de serviços de infraestrutura.

“Tudo estava por ser feito na zona oeste”, explica Hirata. “As milícias intermediavam.”

Outro fator que impulsionou esses grupos criminosos foi que boa parte dos investimentos feitos para os grandes eventos nos anos 2010 — Copa do Mundo, Olimpíada, Jornada Mundial da Juventude — se deu na zona oeste, observa o pesquisador.

Isso levou à valorização acelerada dos imóveis situados naquela região, o que favoreceu os milicianos.

No mesmo período, a política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), de atuação comunitária para desarticular quadrilhas, não focou na área.

Quase todas foram instaladas em áreas de tráfico — apenas uma, no Jardim Batam, foi montada na zona oeste.

“A zona oeste se tornou mais homogeneamente miliciana”, diz Hirata. “Agora tem a disputa ali. Depois da morte do Ecko, houve uma disputa pela sucessão, ainda em curso, pelo Zinho, Tandera e outros. Isso ajuda a entender o caso dos médicos.”

Policiais civis em operação na favela do Jacarezinho; fotografia de 2011
Policiais civis em operação na favela do Jacarezinho em 2011 @getty images

Sem diferença

A Polícia Civil do Rio afirma que tem feito um trabalho intenso de combate aos milicianos da zona oeste, o que teria desestabilizado os grupos criminosos daquela região.

Enfraquecidas, menores e mais capilarizadas, as milícias, segundo a corporação, teriam procurado alianças com traficantes.

As ações dos criminosos na região, de acordo com a Secretaria de Polícia Civil, são monitoradas de várias formas.

Agentes da Subsecretaria de Inteligência, da Delegacia Repressão a Entorpecentes (DRE) , da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e também de delegacias locais acompanham as ações dos suspeitos.

Segundo a Polícia, isso resultou na “neutralização” e prisão de criminosos, além de ações contra fontes de recursos dos criminosos. O prejuízo teria chegado a R$ 2,5 bilhões em dois anos.

Por nota, a Secretaria de Polícia Militar informa que a corporação “vem empreendendo esforços no combate à criminalidade”, segundo o texto “com ações de inteligência, pautadas por critérios técnicos e pelo previsto na legislação vigente, tendo como preocupação central a preservação de vidas”.

“Os dados relativos à letalidade nos últimos meses estão diretamente ligados às disputas territoriais entre grupos criminosos rivais, principalmente na zona oeste da cidade do Rio”, diz a PM na nota.

“Nesse contexto, a corporação destaca as incessantes ações conjuntas com a Secretaria de Estado de Polícia Civil para estabilizar as localidades, assim como para localizar e retirar de circulação os marginais envolvidos em tais mobilizações.”

Segundo a nota, desde o início de 2023 “a Polícia Militar prendeu quase 25 mil pessoas, apreendeu quase 3.200 adolescentes, mais de 4.600 armas de fogo e 389 fuzis foram retirados das ruas”.

Crédito: Wilson Tosta / BBC News Brasil – @ disponível na internet 24/10/2023


Em meio aos ataques com dezenas de ônibus incendiados por criminosos, nesta segunda-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro, anunciou que o foco de sua gestão, na área da segurança, será capturar três bandidos envolvidos em uma sangrenta disputa por território que vem empilhando vítimas em diferentes pontos do estado. “Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos”, disse o titular do Palácio das Laranjeiras durante coletiva de imprensa. Mas quem são esses três criminosos?

Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, é apontado como chefe da maior milícia fluminense. A morte do sobrinho do paramilitar — Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteu — em confronto com a polícia, na manhã desta segunda, desencadeou a retaliação da quadrilha, que ateou fogo em ônibus, caminhões, carros e até em um vagão de trem.

Já Danilo Dias Lima, o Tandera, é ex-integrante do bando que no passado foi comandado pelo irmão de Zinho, Wellington da Silva Braga, o Ecko. No entanto, após sucessivos rachas, os antigos aliados passaram a guerrear pelo controle de vários territórios, sobretudo na Zona Oeste da capital — palco dos ataques nesta segunda-feira — e na Baixada Fluminense. Por fim, Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o Abelha, é membro da cúpula da principal facção do tráfico de drogas do estado.

Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho

À frente da maior milícia do estado, Luís Antônio da Silva Braga ascendeu ao posto de chefe do bando há pouco mais de dois anos, com a morte do irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko. Assim como o parente, ele não teve passagem pelas forças policiais, ao contrários de muitos dos comandantes da quadrilha que os antecederam. Antes de assumir o controle do grupo, Zinho ficava encarregado da contabilidade e da lavagem do dinheiro oriundo das atividades ilegais.

O primeiro dos irmãos Braga a entrar para a milícia foi Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes. A adesão foi durante a expansão dos domínios dos paramilitares pela região que lhe rendeu o apelido, quando traficantes começaram a trocar de lado, passando de rivais a aliados. Três Pontes virou uma espécie de braço direito do então chefe da quadrilha, o ex-PM Toni Ângelo. Pouco depois, Ecko e Zinho também entraram para o bando.

Atualmente, segundo estimativas da polícia, Zinho arrecada apenas na área que engloba a maior parte dos bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Paciência uma quantia que varia de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões mensais. O maior volume das cifras milionárias movimentadas vem do transporte alternativo.
Só com cobrança de taxas de motoristas de vans, a milícia recebe de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões por mês, de acordo com investigações. Entre negócios explorados pelos grupos paramilitares estão ainda a venda clandestina de sinal de TV a cabo e a cobrança de taxas de segurança.

Danilo Dias Lima, o Tandera

Danilo Dias Lima traz tatuado no peito o Olho de Tandera, símbolo dos Thundercats, seriado de animação que fez sucesso no Brasil em meados dos anos 80. Além dele, de acordo com informações obtidas pela polícia, seus principais aliados fizeram o mesmo desenho na pele.

Antigo parceiro no crime de Ecko e Zinho, Tandera rompeu com o grupo e, ao lado dos próprios comparsas, passou a invadir territórios sob domínio dos ex-chefes, passando a controlar regiões de cidades como Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu, todas na Baixada Fluminense. O paramilitar é conhecido pelo estilo bélico e pela brutalidade com que busca perpetuar suas atividades criminosas.

Em denúncia do Ministério Público do Rio (MP-RJ) contra a milícia comandada por ele, foram incluídos vídeos, imagens e relatos da extrema violência. Entre os registros, há cenas de decapitação, assassinatos a tiros, amputação, humilhação e zombaria diversas das vítimas.

Uma outra apuração do MP-RJ revelou que a quadrilha de Tandera lava dinheiro por meio de operações financeiras com criptomoedas. Um pente-fino nos negócios de Marcelo Morais dos Santos, o Grande, acusado de ser uma espécie de braço direito de Tandera, detectou uma série de transferências para uma empresa especializada em transações com criptoativos.

Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha

Único traficante entre os três bandidos citados por Castro, Wilton Carlos Rabello Quintanilha é um dos membros mais importantes, fora da cadeia, da cúpula da maior facção fluminense. Não foi sempre assim, porém: ele saiu pela porta da frente do Presídio Vicente Piragibe, no Complexo do Gericinó, em julho de 2021, mesmo tendo um mandado de prisão pendente expedido em seu nome. O episódio deflagrou uma crise em diferentes órgãos da segurança pública do estado.

Três dias antes de deixar a cadeia, a unidade em que Abelha se encontrava recebeu três tortas de uma famosa panificadora, seis embalagens de cortes de frango fresco, salgadinhos em “quantidade razoável”, uma caixa grande de cigarros e oito bolos pequenos. A data — 24 de julho, um sábado — coincidia com o aniversário de 50 anos de Wilton, que teria dado uma festa dentro do Vicente Piragibe, o que motivou uma investigação da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio e o Ministério Público do Rio (MPRJ).

O traficante é considerado foragido desde então. Ele teve a prisão decretada em processo no qual é réu pelo homicídio de Ana Cristina Silva, de 25 anos, baleada durante a invasão do bando dele ao Morro de São Carlos, no Estácio, no dia 26 de agosto de 2021. O caso ganhou repercussão à época porque a jovem, que acabou atingida na cabeça por um tiro de fuzil, se curvou para proteger o filho de 3 anos.

O bando de Abelha esteve envolvido em diferentes frentes de confronto no passado recente, em especial em bairros da Zona Oeste. Só a favela da Gardênia Azul, por exemplo, foi palco de dez tentativas de invasão em um período de pouco mais de um mês, entre o fim do ano passado e o início de 2023. Neste contexto, Wilton chegou a firmar acordos com grupos milicianos rivais aos paramilitares que ele combate, ampliando ainda mais a disputa entre quadrilhas na região.

Ônibus queimados em represália à morte de miliciano em Santa Cruz — Foto: Reprodução/TVGlobo

Crédito: O Globo – @ disponível na internet 24/10/2023

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor, insira seu comentário!
Por favor, digite seu nome!