“Este será o primeiro acordo de livre comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Essa integração fortalece os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, criando oportunidades para maior diversificação das exportações e investimentos”, afirmou o vice-presidente, durante abertura da 63ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, que precede a reunião de chefes de Estado desta quinta-feira.
Alckmin mencionou ainda a adesão da Bolívia ao bloco, que também deve ser efetivada na quinta. Segundo ele, a entrada do país criará um espaço ainda mais significativo de integração regional e de possibilidades de desenvolvimento compartilhado.
“Como sabemos, o mundo está globalizado, mas o comércio continua a ser principalmente regional”, afirmou, citando números do comércio intrabloco na União Europeia (60% do total), na USMCA, antigo Nafta (quase 50%), na Asean (25%). “No Mercosul, é de apenas 10%. O comércio intrabloco tem crescido, mas precisamos mudar esse quadro”.
O ministro ressaltou a importância do Mercosul para a neoindustrialização dos países membros, lembrando que 80% da pauta comercial é relativa a produtos manufaturados ou semimanufaturados.
“Isso também significa também dizer que devemos desenvolver uma indústria verde, inovadora e inclusiva, que aproveite as potencialidades da região e estabeleça sinergia entre as estruturas produtivas complementares.”
Ainda de acordo com ele, tão importante quanto baixar tarifas e harmonizar padrões e sistemas é prover os meios físicos para garantir as trocar comerciais. Para isso, defendeu avançar na infraestrutura conjunta do bloco, melhorando rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, fortalecendo o intercâmbio energético, o escoamento da produção e favorecendo o turismo.
Mercosul – União Europeia – Alckmin ressaltou os avanços importantes nas negociações entre os dois blocos e os compromissos de ambos “em prol de um entendimento equilibrado no futuro próximo a partir das bases sólidas” construídas nos últimos meses.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços 07/12/2023
BNDES capta R$ 8,5 bilhões com o Banco do BRICS para transição energética
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia de assinatura, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do NDB, a ex-presidenta da República Dilma Rousseff.
Já aprovadas pelo Senado Federal, as captações têm garantia soberana da União. Os recursos podem ser usados pelo BNDES para financiar investimentos dos setores público e privado em todo o território nacional, ampliando a capacidade do Banco de apoiar a transição para a economia de baixo carbono e a agenda do clima.
A captação para investimentos em infraestrutura sustentável (US$ 1,2 bilhão) poderá contemplar projetos de energia renovável, transporte e logística, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC) e infraestrutura social, com foco em educação e saúde. Com prazo de 24 anos, a operação prevê que até 30% dos recursos sejam utilizados pelo BNDES para financiamento de debêntures nos setores definidos.
Já os projetos referentes à agenda de redução de emissões de gases do efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas (US$ 500 milhões) serão voltados a áreas como mobilidade urbana sustentável, resíduos sólidos, energias renováveis, equipamentos eficientes, cidades sustentáveis e florestas nativas. Nesse caso, o prazo para utilização dos recursos é de 11 anos e seis meses.
Nas duas captações, os projetos apoiados deverão seguir as políticas operacionais do BNDES e serão avaliados com base em indicadores como redução de emissões de CO2 equivalente e quantidade de pessoas beneficiadas com acesso a saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura social.
Sobre o NDB – Criado em 2014, a instituição tem como países fundadores Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). Posteriormente, foram incluídos Bangladesh, Egito, Emirados Árabes e Uruguai, que ainda figura como prospective member até o depósito definitivo do instrumento de adesão.
Desde a fundação, o NDB aprovou 98 projetos com valor superior a US$ 32 bilhões. O total de ativos da instituição é US$ 26,3 bilhões, dos quais US$ 14,4 bilhões são empréstimos concedidos (até 31/12/2022). A carteira de projetos no Brasil, em 31/12/2022, somava US$ 5,7 bilhões, distribuídos em 19 projetos.
Fonte: BNDES /MDIC – @disponível na internet 07/12/2023