Os servidores federais da Saúde lotados no Rio de Janeiro promoveram uma série de manifestações entre a segunda-feira (dia 22) e a terça-feira (dia 23) para cobrar correções salariais, melhorias das condições de trabalho e maior diálogo das categorias com o governo federal. O movimento foi iniciado após, na semana passada, a União conceder um aumento salarial de 60% aos policiais penais.
A principal pedida desses funcionários é a retirada do “congelamento dos soldos”. As entidades que representam esses agentes elaboraram uma proposta de reajuste salarial a ser entregue à União. Na contraproposta ao incremento proposto pelo governo, a ser dado em 2025, os sindicalistas consideram dois blocos de percentuais de reajuste (29,49% e 18,30%) a serem divididos em três anos (2024, 2025 e 2026).
O motivo
Há uma semana, o governo federal assinou um acordo com a a Polícia Penal Federal para conceder recomposição salarial da categoria. A partir das mudanças, a categoria terá uma média salarial de R$ 20 mil, aos cerca de 1.600 servidores que atuam nas penitenciárias federais. Hoje, esses agentes ganham R$ 13 mil, em média.
Nas tratativas, também foram acertadas a necessidade de nível superior para vagas na carreira e reestruturação da carreira. Os dois itens serão apreciados via projeto de lei a serem enviados ao Congresso Nacional na volta do recesso, em fevereiro.
Foram realizadas cinco reuniões do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) com os servidores, antes da assinatura do acordo.
Secretário do governo vê acordo como reforço necessário
Segundo José Lopez Feijóo, secretário do MGI, a pasta conseguiu construir um bom acordo com a categoria
– Era preciso firmar uma tabela remuneratória que fizesse jus ao trabalho específico que realizam. Eles têm a responsabilidade de atuar em presídios de segurança máxima do governo federal, o que significa que detentos são de alta periculosidade e isso representa um perigo à categoria ao lidar com a pressão conter o crime organizado – avaliou.
Sindicato celebra mudanças
Presidente da Federação Nacional dos Policiais Penais Federais, Gentil da Silva afirma que a data do acordo é mais importante da carreira desde a criação, em 2003. O último acordo da categoria com o governo ocorreu em 2015 e previu 10% de reajuste.
– É um divisor de águas. A regulamentação transforma o cargo de agente federal de execução penal para policial penal federal e isso nos dará muito mais segurança jurídica para trabalhar – disse.
Crédito:Gustavo Silva / Extra – @ disponível na internet 24/01/2024