Reunião do Inmetro com o Sindipeças: Setor de peças automotivas prevê receita líquida de R$ 202,7 bilhões para 2024

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Inmetro recebe representantes do Sindipeças para tratar do ambiente de negócios no setor de peças automotivas
 
O encontro com a classe foi realizado nesta terça-feira (20/2), no Campus do Instituto em Xerém no Rio de Janeiro
 

O presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Márcio André Brito, recebeu nesta terça-feira (20/2), no Campus do Instituto em Xerém, Rio de Janeiro, representantes do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Atualmente, o Sindipeças representa cerca de 500 empresas brasileiras do setor produtivo, reunindo empresas de pequeno, médio e grande porte.

Durante a reunião, o Sindipeças apresentou ao Inmetro, dados sobre o setor de peças automotivas no país, bem como mostrou a preocupação com a atuação do mercado de e-commerce, que vem comercializando peças manufaturadas e recondicionadas, sem atender a legislação do Inmetro.

Segundo o diretor de tecnologia do Sindipeças, Gabor Deak, as vendas nas plataformas digitais de e-commerce vêm crescendo gradativamente e prejudicando o mercado formal.

“Existe hoje no mercado de vendas de peças, no que se refere as vendas em plataformas on-line, a comercialização de produtos com uma segunda vida para uso, o que vem prejudicando o bom andamento do mercado formal, que trabalha sob as normas de qualidade do Inmetro, com selo de conformidade”, informou Gabor Deak.

O presidente do Inmetro ouviu atentamente as demandas dos representantes setor de peças automotivas, e iniciou desdobramentos junto a diretoria do Inmetro em busca de soluções para as problemáticas apresentadas pelo comitê da Sindipeças durante a reunião.

“O Inmetro atua como órgão facilitador, que busca através da aproximação com o setor produtivo, demandar soluções para as necessidades que surgem, inclusive com a modernização das relações de consumo. Realizamos um trabalho que vem dando certo, através de monitoramento de mercado de forma mais eficiente, com avanços para a indústria e segurança para o consumidor final”, pontuou Brito.

Participaram da reunião, também o diretor de Avaliação da Conformidade (DConf) do Inmetro, João Nery; Marcelo Monteiro, diretor substituto da DConf; e o Chefe de Gabinete, Alexandre Pereira.

INMETRO 22/02/2024

@reprodução inmetro

As novas projeções do Sindipeças para 2023

Setor prevê receita líquida de R$ 202,7 bilhões este ano, com alta de 6,1% sobre 2022

Sindipeças atualizou em seu site oficial os números de 2022 e as projeções do setor para 2023. A receita líquida da indústria de componentes automotivos totalizou R$ 191 bilhões no ano passado, com alta de 8,5% sobre o anterior (R$ 176,1 bilhões). A estimativa para este ano é chegar a R$ 202,7 bilhões, com novo crescimento interanual, na faixa de 6,1%.

O indice é um pouco maior do que o projetado anteriormente, de 5,5%, mas a base de 2022 foi revista para cima, ou seja, o faturamento acabou sendo maior do que o estimado. As montadoras devem responder por 66,1% das vendas das autopeças, ante índice de 65,1% em 2022, e também o mercado de reposição tende a ter participação ampliada, de 18,4% para 19,4%.

Os negócios intrasetoriais serão responsáveis por 4,5% das transações da indústria de autopeças, ante índice de 4,2% em 2022, enquanto a fatia das exportações deve cair de 13,5% para 10,1%.

Pelas projeções do Sindipeças, as vendas externas chegarão a US$ 8,5 bilhões, crescimento de 6,3%, e as importações ficarão próximas de US$ 17,5 bilhões, decréscimo de 12,1%. Com isso, o défici comercial será reduzido em 24,4%, baixando de US$ 11,9 bilhões para US$ 9 bilhões.

Outro dado positivo refere-se ao quadro de mão de obra no setor. Houve expansão de 4,2% ano ano passado, para 277,7 mil colaboradores, e a aposta é de continuidade nas contratações, com pequena alta de 0,5% para 279,1 mil trabalhadores.

Vale lembrar que a Anfavea, que representa as montadoras, estima crescimento também modesto para este ano, na faixa de 2,2% e 3% na produção e no mercado interno, respectivamente. A Fenabrave, por sua vez, acha que no máximo haverá estabilidade no número de emplacamentos.

Os investimentos, segundo as últimas projeções, serão um pouco menores em 2023, girando em torno de US$ 1,1 bilhão, ante o total de US$ 1,3 bilhão do ano passado.

A entidade já havia explicado anteriormente que os aportes de 2022 contemplaram a mudança da tecnologia Euro 5 para a Euro 6 nos caminhões produzidos por aqui, razão do decréscimo previsto para 2023. O investimento de 2021 foi de US$ 1,14 bilhão, ou seja, próximo ao estimado para o atual período.

Crédito: Alzira Rodrigues / SINDIPEÇAS – @ disponível na internet 22/02/2024

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