Geração Z: Cinco coisas que você não deve fazer em uma entrevista de estágio

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Profissionais sentem dificuldade em trabalhar com a geração Z, segundo pesquisa do ecossistema Great People e GPTW. Foto: Nuthawut/Adobe Stock
Especialistas em carreiras e recrutamento apontam comportamentos comuns que não são bem vistas durante processo seletivo

A geração Z, o grupo de nascidos entre 1995 e 2010, enfrenta desafios para se sair bem em entrevistas de estágio, que são a principal porta de entrada para um trabalho remunerado durante a graduação. A falta de um repertório profissional impacta o preparo dos candidatos mais jovens.

Para evitar deslizes durante um processo seletivo de estágio, confira quais comportamentos os recrutadores não veem com bons olhos e como melhorar o seu desempenho nas entrevistas.

1. Não se atrase

Quando a entrevista é presencial, não é recomendado chegar em cima da hora ou atrasado porque isso já é avaliado pelo recrutador. Para a diretora de People e Strategy da Start Carreiras, Roberta Saragiotto, aparecer entre 10 e 20 minutos de antecedência é bom para estudar ou revisar pontos-chave sobre a empresa.

Além disso, a especialista em carreiras e liderança Jaqueline Garutti diz que a pontualidade demonstra o comprometimento do candidato, ainda mais em um processo seletivo. “Chegar antes pode até possibilitar ouvir uma música, um mantra e fazer uma meditação, porque toda entrevista gera um ponto de nervosismo, o que é supernormal”, afirma.

2. Não se descuide da postura

Quem pensa que o recrutador não repara na postura do entrevistado durante a entrevista está enganado. De acordo com Jaqueline Garutti, esse é um ponto que às vezes é subestimado pelos candidatos.

Para isso, o jovem deve estar atento ao contexto. “Sente-se de maneira mais adequada. Afinal, você não está na sala da sua casa nem conversando com seus amigos em uma mesa de bar ou em um café com um colega. Você está sendo entrevistado, então, a todo momento, está sendo analisado”, ressalta a especialista em carreiras e liderança.

Pontos destacados como diferenciais por Garutti são sentar-se reto na cadeira, fazer contato visual, cumprimentar o recrutador ou o gestor da vaga com um aperto de mão.

3. Não deixe de pesquisar sobre a empresa

As especialistas indicam que não é incomum encontrar jovens sem conhecimento prévio sobre a empresa da vaga para a qual se candidataram. “O recrutador vai entender que você não tem interesse, porque não pesquisou sobre a empresa em que quer trabalhar”, afirma Jaqueline Garutti.

Apesar de os recrutadores entenderem que os entrevistados participam de vários processos seletivos, não é bem visto demonstrar desconhecimento. “As pessoas vêm despreparadas, sem saber exatamente sobre a empresa e a vaga”, comenta a analista de recrutamento e seleção do Nube Vitoria Ribeiro.

4. Não use celular

A geração Z é associada à tecnologia, por ter nascido já entre smartphones e tablets. Contudo, em um processo seletivo, usar o celular mostra falta de foco, o que não é avaliado de forma positiva pelos recrutadores.

“Principalmente nos processos remotos, em que os jovens acreditam que nós não vemos, notamos essa falta de atenção e de dedicação no momento da entrevista”, conta Vitoria Ribeiro.

“Já ouvi de recrutadores que a candidata estava fazendo um vídeo de TikTok falando que faria a entrevista, e, claro, isso foi visualizado de maneira muito inadequada, porque não era o ambiente para fazer aquilo”, relata Jaqueline Garutti.

5. Não use gírias e se comunique bem

Para além das hard skills, o recrutador também está de olho nas soft skills, como a comunicação. Por isso, na hora da entrevista, é importante lembrar que a conversa não é informal. Não use gírias ou palavrões.

Além disso, o recrutador está em busca de alguém que se destaque, o que pode acontecer pela trajetória pessoal do candidato que demonstre maior interesse e proatividade.

“Se você não trouxer a sua história e torná-la interessante, vai ser apenas mais um. Ele (o recrutador) sempre está tentando entender o que tem por trás daquela pessoa. Então, está nas mãos da pessoa cativar esse entrevistador da maneira como ela consegue”, aponta Roberta Saragiotto.

Segundo Jaqueline Garutti, a comunicação é essencial para trazer confiança, empatia e conexão entre o recrutador e o entrevistado. “A comunicação é a base para todo e qualquer sucesso de entrevista e demonstra maturidade”, ressalta.

Caso o nervosismo seja um fator que atrapalhe a fluidez na comunicação, uma dica é simular uma entrevista em frente às câmeras. Essa estratégia ajuda a tornar a fala mais natural e diminuir possíveis ansiedades. Outro ponto interessante é pensar nas perguntas que podem ser feitas pelo recrutador durante o processo seletivo.

Crédito: Anna Scabello / Sua Carreira no Estadão – @ disponível na internet 25/6/2024

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