Em quase um ano e sete meses, o governo Lula (PT) assinou 20 termos de acordo com categorias de servidores do Poder Executivo federal. Sem reajuste salarial previsto para 2024 para a maioria das categorias, os termos assinados garantem reestruturação de carreiras e índices de correção nos anos de 2025 e 2026 e se somam ao reajuste linear de 9% concedido em 2023 e ao reajuste nos auxílios em 2024 — esses dois últimos firmados na Mesa Central de Negociação.
Os mais recentes termos assinados foram os com as entidades representativas dos servidores da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última quarta-feira (17/7).
Outro acordo emblemático resultante das mesas específicas e temporárias de negociação foi o com servidores da educação superior, assinado no fim de junho, depois de meses de greve que paralisou universidades e institutos federais de todo o país.
O governo tem ressaltado que todas as categorias terão, nos quatro anos do atual mandato do presidente Lula, reajustes acima da inflação projetada para o período, que varia de 15% a 18%.
“Nenhuma categoria terá perdas referentes à inflação projetada para este governo e ainda haverá reposição de parte das perdas das gestões anteriores. Precisamos ressaltar também a recuperação de um espaço democrático para diálogo”, afirmou o secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI),
É o MGI da ministra Esther Dweck que toca as negociações com o funcionalismo público, ao lado de ministros das áreas, como, por exemplo, Camilo Santana, da Educação, no caso do acordo com professores universitários e técnicos-administrativos da área.
A primeira categoria a firmar acordo com o governo federal, ainda em 2023, foi a dos servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
No ano passado, o governo federal também atendeu demandas de forças de segurança, como delegados e peritos criminais da Polícia Federal (PF), agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF?) e policiais rodoviários federais (PRF).
Veja abaixo os termos de acordo assinados, por ordem cronológica:
- Carreiras da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai);
- Carreiras da Agência Nacional de Mineração (ANM);
- Analistas Técnicos de Políticas Sociais (ATPS?);
- Analistas em Tecnologia da Informação (ATI?);
- Delegados e Peritos Criminais da Polícia Federal (PF);
- Agentes, Escrivães e Papiloscopistas da Polícia Federal (PF?);
- Policiais Rodoviários Federais (PRF);
- Agentes Federais de Execução Penal — Policiais Penais Federais (PPF)?;
- Auditores-Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal (RFB?);
- Especialista Federal em Assistência à Execução Penal e Técnico Federal de Apoio à Execução Penal (PPF);
- Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil (BC);
- Plano de Carreira dos Cargos de Atividades Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Federal Agropecuária (PCTAF);
- Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFA);
- Magistério Federal (Proifes Federação);
- Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) / PECs setoriais — Fazenda, Cultura, entre outros;
- Planos Correlatos e da Previdência Saúde e Trabalho (PST) / Carreiras do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) / Agentes de Combates às Endemias;
- Magistério Federal (Andes-SN / Sinasefe);
- Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE);
- Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG);
- Carreira do Ciclo de Gestão (CVM / Susep); e
- Analistas de Comércio Exterior (ACE).
A listagem dos termos de acordo foi passada à reportagem pelo Ministério da Gestão.
Todas as mesas instaladas
Na semana passada, foi concluído o processo de instalação das mesas de negociação específicas, com a abertura da mesa dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Durante a reunião, representantes do Ministério da Gestão receberam a proposta das entidades sindicais representativas dos servidores.
O secretário Feijóo destacou que o governo vai elaborar uma oferta oficial, a ser apresentada em nova reunião ainda no mês de julho, para conclusão do processo negocial.
Havia sido firmado compromisso com as entidades representativas dos servidores públicos de instalação, até julho deste ano, de todas as mesas específicas de carreiras que ainda não tinham sido abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
Como o Metrópoles vem mostrando, há vários processos de negociação empacados, como o dos servidores ambientais, que seguem com algumas áreas em greve, apesar de decisão judicial, e também de funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que impacta o “pente-fino” nos benefícios para liberação de espaço no orçamento.
Crédito: Flávia Said/ Metrópoles -@ disponível na internet 20/7/2024
Alguém tem informações sobre a carreira de C&T??? ( Ciência e Tecnologia)
Até agora não vi nada ….
Enquanto isso SERVIDORES DA SAUDE FEDERAL Rj, há mais de 60 duas em greve por conta de DESCUMPRIMENTO DO GOVERNO de um acordo ASSINADO,seguem sendo IGNORADOS!Tentaram judicializar,mas claro seriam derrotados,pois DESCUMPRIRAM ACORDO!Ignoram nossos apelos por tomar as rédeas da rede Federal que sofrem com abandono,onde faltam até algodão para preparo pós morte!Faltam fraldas para troca no banho,faltam lâminas para biópsias (médico residente compra para não perder os anos que deveriam ser de aprendizado), funcionários compram fita para preparar material para esterelizar! Saúde é publica, porém não é gratuita!É nosso dinheiro!E agora querem usar para abastecer eleição de aliados!Querem refastelar bolsos de empresários para gerenciar um patrimônio da brasileiro com dinheiro do GOVERNO!Querem contratar ao invés de concurso!Querem sucatear cada vez mais as relações trabalhistas,pois o pobre do contratado abaixa a cabeça para tudo pois precisa de sustento e quando menos espera perde seu posto de trabalho com salários atrasados e todos direitos ignorados.
Os funcionários do executivo, INSS, principalmente aposentados e pensionistas, apesar de todas as perdas salariais, tem que se contentar com o aumento de 2023, vindo do PPA de 2022. Enquanto isso os funcionários do legislativo e judiciário que já ganham um ótimo salário, tem os seus reajustes salariais normais. Pensávamos que tudo ia mudar com o novo governo, mas na realidade nada de bom aconteceu e continuam apenas promessas .
Enquanto isso, não vejo nem falar em reajuste, para os funcionários ativos e aposentados da ex Sucam (Funasa). Tantos anos de perdas salariais e temos que nos contentar com 9% em 2023: um total descaso com a categoria, que tanto lotou anos e anos!…
E nós aposentados federais de universidades federais tecnos adeministravos e professores não teremos nada de aumento.
Não estamos nesses acordos?
Dilva, Amanhã na AGE vc terá informações sobre a nossa mesa, compareça