Servidores da FIOCRUZ, INPI, C&T e Agências Reguladoras rejeitam propostas do MGI

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As propostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) foram amplamente rejeitadas pelos trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), pelas carreiras de Ciência e Tecnologia (C&T), e pelos servidores das agências reguladoras federais. A falta de aceitação por parte dessas categorias destaca o impasse nas negociações.

Fiocruz: Em 7 e 8 de agosto, trabalhadores da Fiocruz paralisaram suas atividades para exigir melhores reajustes salariais. As manifestações ocorreram em frente à sede regional do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. A proposta do MGI, que inclui reajuste zero para este ano e aumentos de 9% em 2025 e 4% em 2026, foi rejeitada pelos servidores, que apontam perdas salariais de 59% para o nível superior e 75% para o nível intermediário ao longo dos últimos 15 anos. Eles pedem reajustes de 20% para os próximos três anos.

Carreiras de Ciência e Tecnologia: O Fórum das Carreiras de Ciência e Tecnologia rejeitou a proposta do MGI, que foi vista como repetitiva e com novas distorções. Considerando que a proposta não traz ganhos significativos, o Fórum e o Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia (SindCT) estão formulando uma nova tabela salarial para apresentar ao governo.

INPI: Os servidores do INPI, em assembleia, decidiram rejeitar a proposta do MGI, mantendo a Operação Padrão, com publicações nas Revistas da Propriedade Industrial (RPIs) 2798 e 2801. Entre as deliberações estão a demanda por implementação das tabelas salariais de 2025 e 2026, aumento dos salários de entrada para cargos de nível superior e o reconhecimento de novas habilidades através da Retribuição por Titulação.

Agências Reguladoras: Os servidores das agências reguladoras federais também rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. Em uma assembleia realizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), a proposta foi rejeitada por 99% dos votantes, com 1.587 votos contrários e apenas oito favoráveis. A proposta incluía um reajuste de 14,4% para o Plano Especial de Cargos e 23% para a carreira, a ser implementado em 2025 e 2026. O Sinagências considerou a oferta insuficiente, pois não aborda questões cruciais de fortalecimento e valorização das agências reguladoras.  Uma nova rodada de negociações entre o governo e o Sinagências está marcada para 13 de agosto. Além disso, os servidores das agências reguladoras aprovaram uma paralisação geral de 72 horas, prevista para ocorrer entre os dias 12 e 14 de agosto, como forma de pressionar o governo e chamar a atenção da sociedade para suas demandas.

A rejeição quase unânime das propostas do MGI evidencia a insatisfação generalizada e a necessidade de uma revisão nas negociações para atender às demandas dos trabalhadores dessas importantes categorias.

Fontes: ASFOC, REPRESENTAÇÕES DOS SERVIDORES DO INPI, SINAGÊNCIAS e SINDCT @ – @ disponíveis na internet 9/8/2024 

10 Comentários

  1. IMPRESSIONANTE A FALTA DE TATO E RESPEITO COM AS ÁREA PRIMORDIAIS DE C&T.
    SE TODOS UNISEMOS AS NOSSAS FORÇAS NUMA SÓ PROPOSTA E PARECEM DE FICAR DIVIDINDO PROPOSTAS DA FIOCRUZ, INPI, C&T e OUTRAS ENTIDADES E BATESSEMOS OS PES NUM ÍNDICE UNICO PORQUE TODOS OS SERVIDORES DO PODER EXECUTIVO TIVERAM PERDAS SALARIAIS CORROÍDAS POR ANOS DE FALTA DE UMA PROPOSTA QUE UNIFICASSEM AS CARREIRAS PORQUE ENTRA GOVERNO E SAI GOVERNO OS INTERESSES SÃO OS MESMOS DE QUEM TEM O PODER DE BARGANHA. POLICIA FEDERAL, TCU, PODER LEGISLATIVO, STF, TRIBUNAIS FEDERAL, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA QUE TIVERAM AUMENTOS DE 18% LIMPINHO A PARTIR DE 01 DE JANEIRO 2023 E O RESTO ESSA GUERRA PARA CONSEGUIR ESSA MIXARIA DE 9%. ELES ESTÃO DE SACANAGEM COM OS VERDADEIROS CARREGADORES DE PIANOS QUE SÃO OS FUNCIONÁRIOS CONCURSADOS. TEMOS QUE NOS UNIR E PARAR O BRASIL CHEGA DE TANTA MALDADE.
    AS FORÇAS ARMADAS TIVERAM TUDO NO GOVERNO BOLSONARO E NOS DO EXECUTIVO NADA. SE OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO EXECUTIVO FICAREM NESSA GUERRA DE BRAÇO NÃO VAMOS CHEGAR A LUGAR NENHUM. E VIVA A FARRA DO DINHEIRO PÚBLICO COM AS EMENDAS POLITICAS e COM AS VERBAS DE BILHÕES PARA OS PARTIDOS POLITICOS EM ANO ELEITORAL.

    VIVA A SURUBA COM O DINHEIRO PÚBLICO

  2. O que o governo ofereceu para as carreiras de ciência e tecnologia é tão ofensivo que além de uma proposta melhor o pessoal merecia um pedido de desculpas. Na proposta inicial do governo, os pesquisadores novatos terão os salários literalmente congelados.

  3. Só para refrescar a minha memória…
    Qual foi mesmo a decisão dos servidores do INMETRO?
    Ah… Lembrei…
    Aceitamos qualquer esmola que o desgoverno do “pai dos pobres” quiser nos dar.

    • É compreensível que não se lembre da decisão dos servidores do INMETRO, já que, pelo que me consta, o senhor nunca participou das assembleias do nosso ASMETRO. Talvez o senhor também tenha esquecido que o governo anterior não ofereceu “esmola” alguma, nem para o senhor, nem para os demais servidores públicos federais. Inclusive, nós, aposentados, fomos realmente esquecidos naquela ocasião.
      Sérgio Ballerini

      • Meu caro Ballerini, saudações.
        Infelizmente não participo das assembléias porque resido no interior da Bahia e, por algum motivo que desconheço, elas não são realizadas de forma virtual também.
        Mas, como um dos membros fundadores da ainda ASMETRO, lembro que éramos mais incisivos na defesa dos nossos direitos.
        Hoje, vejo o nosso sindicato sendo muito mais “diplomático” (para não usar outra expressão) do que combativo. Embora a diplomacia tenha o seu papel, chega uma hora em que é ineficaz e medidas mais contundentes devem ser tomadas.
        Não estou defendendo NENHUM governo, muito menos o anterior, mas pergunto-lhe: Até que ponto a culpa do descaso do governo do “Bozo” não é por conta da nossa impassividade?
        Agora, depois de tantos anos de salários congelados (exceto por aqueles 9%), aceitamos com “alegria” apenas a esmola de um reajuste do auxílio alimentação.
        Como bem sabe, os aposentados não têm esse “auxílio” pois, talvez, não tenham a necessidade de se alimentar.
        Quanto perdemos e quanto ainda vamos perder?
        Sabemos bem que dinheiro não falta a este e aos governos anteriores, afinal, somos nós que os sustentamos com os nossos impostos escorchantes sem que a população, de modo geral, se beneficie (com excessão dos vagabundos sustentados por “auxílios” pagos por quem trabalha).
        Quanto o INMETRO arrecada para o desgoverno federal?
        Há alguns anos eu li que, em certo período, foi responsável por 40% da arrecadação em multas administrativas. E em outros setores de atuação do INMETRO? E quanto ao desenvolvimento de vários setores, que geram renda (ou evitam perdas)?
        E o que vemos quanto à valorização desses servidores?
        Uma esmola no “auxílio alimentação”.
        Estou cansado dessa palavra (auxílio). Não queremos esmolas!!!
        Queremos a retribuição justa pelo desempenho daqueles que estão na ativa e daqueles que, no passado, contribuiram para que o INMETRO chegasse aonde chegou.
        Comparando o que recebíamos no passado e o que temos hoje, vemos o quanto perdemos.
        Só para exemplificar, um colega que se formou comigo e trabalhava na iniciativa privada ganhando bem menos, que se aposentou na mesma época que eu mas pelo INSS, hoje recebe mais do que eu.
        Para encerrar, meu caro, eu contribuo mensalmente com o sindicato para que ele me represente e lute pelos meus interesses como trabalhador que sempre fui e não apenas para ganhar um peru no Natal.

        • Agradeço pelo seu retorno e entendo sua frustração. A distância realmente dificulta a participação presencial, e compreendo que as assembleias virtuais seriam uma alternativa mais inclusiva. Esta última AGE já foi transmitida pela plataforma ZOOM, o Senhor participou?.
          Em relação à defesa dos nossos direitos, saiba que o ASMETRO-SI continua trabalhando de maneira firme e incansável para garantir melhorias para todos, tanto ativos quanto aposentados. A diplomacia, apesar de parecer menos contundente, é uma estratégia necessária em muitos momentos para que possamos avançar nas negociações sem prejudicar a categoria. Porém, isso não significa que não estamos prontos para ações mais enérgicas quando necessário.
          Sobre o reajuste salarial, compartilho da sua insatisfação com o índice baixo, mas é importante ressaltar que essa foi uma conquista depois de muitos anos sem nenhum reajuste, fruto de muita luta e negociação. Estamos cientes das perdas salariais que enfrentamos e continuaremos a buscar melhorias, inclusive para os aposentados.
          Quanto ao KIT de Natal, entendo que, para alguns, possa parecer um gesto simbólico, mas ele também tem o propósito de promover a união e a confraternização entre os colegas e suas famílias, algo que acreditamos ser importante. É uma maneira de demonstrar reconhecimento e valorizar o vínculo entre todos que fazem parte da nossa comunidade, ativos e aposentados.
          Por fim, reitero que o sindicato não se limita a ações como essas. Continuamos a lutar pelos interesses de todos os nossos filiados, e agradecemos sua contribuição mensal que nos fortalece nessa batalha. Esteja certo de que todos nós, seus colegas, estamos unidos em prol de melhorias para a nossa categoria, incluindo você.
          Estamos sempre à disposição para ouvir e discutir soluções que beneficiem a todos. A sua voz é importante para o ASMETRO-SI, e sua experiência como membro fundador é um legado que buscamos honrar todos os dias.
          Sergio Ballerini

        • Não é verdade que o governo anterior deixou 9% para reajuste dos servidores, o que o governo anterior deixou era apenas 5% para servidores civis e militares, e o governo atual de forma acertada não de nada para os militares pois os mesmos já tinham recebido restruturação em suas carreiras e com isso deu 9% a todos os servidores civis, da ativa e para os aposentados.

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