Greve no INSS: entre trocas de farpas e negociações, atritos criam empecilho para fim da mobilização

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Não é de hoje que há um atrito entre os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os representantes do governo federal.

Em parte, há um ressentimento sobre acordos firmados e não cumpridos integralmente, por outro, a crítica de que falta estrutura, pessoal e incentivo.

Em meio a negociações controversas, os servidores deflagraram uma greve, iniciada há dois meses, que ainda não dá sinais de que vai finalizar.

Na última sexta-feira, as conversas entre sindicalistas e governistas foi encerrada sem acordo. A grande preocupação da categoria é que o orçamento para 2025 deve ser enviado pelo governo nas próximas semanas, podendo ficar de fora um possível reajuste.

Serviços: números apontam impactos

Desde o início da greve, o número de pedidos de reconhecimento inicial de direitos saltou de 1.353.910 para 1.506.608 em todo o país, um aumento de 11,27%.

Além disso, foram remarcadas quase 4.000 perícias médicas presenciais e cerca de 100.000 pessoas deixaram de ser atendidas nas 1.572 Agências da Previdência Social.

Moacir Lopes, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos da Previdência aponta que o movimento não está perto de ser finalizado.

– O governo vem se esquivando das principais pautas – aponta.

Judicialização levou negociações a impasse

Diante do impacto, o INSS já acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a força de trabalho seja restabelecida, com a exigência de 85% dos servidores em atividade, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.

Rolando Medeiros, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Seguro Social, afirma que o INSS e o Ministério da Previdência estão em uma encruzilhada.

– O fim do programa de bônus para diminuição da fila causou medo e insatisfação na categoria.

Diálogos levaram a acordo com médicos peritos

Na quinta-feira, os médicos peritos do INSS fecharam acordo com o governo federal, onde foi firmada a reestruturação dessa carreira específica. Quanto às outras categorias, nada está certo.

Procurado para falar a respeito dos atendimentos e das negociações com os funcionários do instituto, o INSS não se manifestou até o momento de publicação desta reportagem.

Crédito: Gustavo Silva / EXTRA – @ disponível na internet 19/8/2024

3 Comentários

  1. e uma vergonha do dois lado só quem sofre e quem precisa, da coisa seria que muitos não tem. aposentado ganha uma merreca e os servidores ganha muito bem.

  2. O serviço prestado pelo INSS é um dos piores possíveis. Permeado de corrupção com a anuência de servidores (lá se vão mais de 30 anos da Georgina), vamos de empréstimos fraudulentos até peritos que emitem laudos favoráveis para quem não precisa e desfavoráveis para os que necessitam. Portanto, se o INSS está em greve com os servidores fora das agências, não há tanta diferença de quando eles estão em outros momentos, dentro das agências. “O pobre morre na fila do INSS”.

  3. Precisão da correção salarial mas se fosse da área privada já estariam trabalhando em condições semelhante a setor privado com todas as mordomia do setor privado.

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