Os servidores da Receita Federal realizam, nesta quinta-feira (dia 17), uma paralisação de 24 horas, com a possibilidade de uma nova greve a ser avaliada na semana seguinte. A ampliação do movimento será discutida na próxima semana, com a possibilidade de uma nova greve caso o governo não sinalize para a instalação de uma mesa de negociação.
Essa mobilização surge após a última greve, que se estendeu por mais de 80 dias e foi encerrada em fevereiro deste ano, quando os auditores-fiscais aceitaram uma proposta do governo federal, considerada “razoável” pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal.
Na ocasião, a categoria optou por não ter reajuste nos vencimentos básicos em 2024, aceitando apenas correções nos benefícios, como auxílios alimentação, saúde e creche. A reestruturação de carreiras foi deixada para mesas de negociação específicas, mas os servidores afirmam que não tiveram espaço para discutir suas demandas.
Jackson Campos, especialista em comércio exterior, apontou que uma greve da Receita Federal no Brasil impacta diretamente as operações nos portos e aeroportos.
– O movimento causa atrasos na liberação de mercadorias nos portos e aeroportos, resultando em aumento de custos logísticos, acúmulo de cargas, prejuízos para empresas exportadoras e importadoras, além de comprometer prazos de entrega e contratos internacionais, afetando a economia. Quanto mais tempo uma greve durar, maior será o impacto.
Crédito: Gustavo Silva / EXTRA – @ disponível na internet 18/10/2024